CRÍTICA | Com muita ação, ‘Capitão América: Guerra Civil’ inicia Fase 3 da Marvel

Adolfo Molina

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27 de abril de 2016

O primeiro filme da terceira fase do Universo Cinematográfico da Marvel foi anunciado no fim de 2014. Ele seria responsável por unir heróis antes apresentados em seus filmes de origem e usar um dos cânones mais famosos das histórias em quadrinhos. Atrelado, você têm talvez um dos heróis, se não, o herói mais querido do universo Marvel. Mas necessitaria de um grande evento ou condição social para uni-vos. E esta é a importância vital de Capitão América: Guerra Civil.

Os heróis estão em evidência. Em consequência, seus atos – que muitas vezes são baseados em operações militares e de espionagem – e os tristes resultados e situações após as operações. A propósito, o início do filme constrói um interessante panorama de investigação silenciosa, antes de ter a primeira cena de luta. Quando um destes atos causa uma tragédia significativa no oriente africano, o governo dos Estados Unidos põe em xeque a condição da prática do heroísmo/vigilantismo ilimitadamente. O secretário de Estado Ross, juntamente com apoio de Tony Stark/Homem de Ferro, decidem que é melhor haver o registro dos heróis e seres aprimorados, usando o Tratado de Sokovia (Sokovia foi a cidade onde houve o caos e a batalha final em “Vingadores: Era de Ultron”).

Steve Rogers/Capitão América é veementemente contra o registro, alegando que isso inibirá a ação dos heróis e trará uma seletividade em relação aos casos de ação dos mesmos. De imediato, vê Stark apoiando e incentivando aos outros membros da equipe dos Vingadores que se registrem e assinem o tratado. Claro que, averiguando previamente as divergências dos principais heróis deste universo, fica claro que entrarão em combate e conflito. E em paralelo, começam a ocorrer atentados terroristas realizados sob a suspeita de Bucky/Soldado Invernal, agravando a situação.

Nitidamente, Capitão América: Guerra Civil foi regido sob a ótica mais prática e imediata dos conflitos, se abstendo de entrar na filosofia política. Os atentados e as ações dos personagens começam a trazer dubiedade em relação às suas próprias visões das atitudes e responsabilidades. Há uns que ganham notoriedade e espaço, como o Príncipe T’Challa/Pantera Negra.

O roteiro diverge alguns núcleos e trabalha majoritariamente Bucky-Rogers-Stark. O primeiro cresce absurdamente e praticamente é o grande centro de ignição de muitos personagens, sendo um deles, Heinrich Zemo/Barão Zemo, o vilão do filme que, apesar de sua narrativa ser inconstante e fundada em motivações superficiais, vertigina parte dos heróis.

A direção de Anthony e Joe Russo se mostra correta, só que mais acelerada. As cenas de ações e luta são os pontos altos técnicos. Bem coreografadas, continuadas sem cortes abruptos ou mudanças de ângulos desproporcionais espacialmente, causam fluidez e impacto. Como se passa em diversas localidades, a fotografia é diversa, alterando em tons frios, quentes e neutros, esse último, especialmente em instalações militares ou bases, caracterizando o ambiente fechado e imponente.

As cenas do aeroporto, onde ocorre a batalha principal, têm suas irregularidades. No mesmo instante que brinda aos fãs com as aparições dos heróis e especialmente, a inserção de Peter Parker/Homem-Aranha, deixam os embates estranhos com inserção de recursos gráficos e não-práticos, além de exagerar na comicidade. Mas vale talvez relevar devido a grande parte delas vir de Parker.

Sua breve inserção, aparição e recorrentes diálogos com Stark molda o ponto máximo que Capitão América: Guerra Civil poderia chegar. Há uma identificação natural e orgânica com seu arquétipo e nota-se que ele automaticamente se torna o protegido de Tony.

Assim como todo filme-encontro da Marvel, a cautela em preparar os futuros heróis que irão adentrar ao universo é a regência do mesmo. Obviamente que isto recai-se na utilização da fórmula padrão do estúdio cinematográfico e dos produtores por trás da montagem do quadro heroico, o que reduz a qualidade deste longa-metragem. No entanto, nota-se ineditismos e uma valorização maior das histórias e de análise de personagens. Visão e Feiticeira provavelmente serão um casal em definitivo, todavia, sua relação ainda não está totalmente esclarecida. Muito menos as intenções do herói criado à partir da tecnologia de Stark.

As expectativas agora ficarão por conta de como o estúdio irá conduzir a terceira fase de seu universo e como se dará o devido espaço de diversos heróis e seus respectivos centros cívicos. Todavia, isto se inicia de maneira pontual e não-tão-anedótica.

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
Título original: Captain America: Civil War
Direção: Anthony e Joe Russo
Estreia: qui, 28/04/2016
Gênero: Aventura/Quadrinhos
Ano de Produção: 2016
Distribuição: Disney/Marvel Studios
Duração: 147 minutos
Elenco: Chris Evans. Robert Downey Jr, Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Chadwick Boseman, Don Cheadle, Paul Bettany, Tom Holland, Elizabeth Olsen

Adolfo Molina

Jornalista hiperativo, estranho e que ama falar e escrever. Sou o que sempre busco ser. Comunicar e mudar as pessoas. Levar o bem através de tudo que amo!
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