7 Curiosidades sobre 2001: Uma Odisseia no Espaço

Leandro Stenlånd

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7 de novembro de 2018

A jornada para tornar o projeto 2001: Uma Odisseia no Espaço – Edição histórica de 50 anos uma realidade continua a todo vapor (veja ele aqui). Mas levando o assunto para os cinemas, contamos aqui 7 curiosidades sobre o filme 2001 que exploram os bastidores do universo criado por Arthur C. Clarke e Stanley Kubrick. Afinal, o monólito alienígena não foi o único mistério que ganhou forma na cultura pop há 50 anos.

1 – Nome imortalizado

A inspiração para o título do filme, hoje reconhecido nos quatro cantos do mundo, veio de Odisseia, poema épico atribuído a Homero que narra a jornada de Odisseu em sua volta para casa após a Guerra de Troia. Segundo Kubrick, enquanto os gregos do passado lidavam com os mistérios do mar, sua geração dava o mesmo sentido para os elementos desconhecidos do espaço.

2 – Teoria da conspiração

Você sabia que 2001: Uma Odisseia no Espaço foi o último filme que encenou homens na Lua antes da chegada de Neil Armstrong e Buzz Aldrin ao nosso satélite natural, em 16 de julho de 1969? Para completar, há teóricos da conspiração que não acreditam que isso seja coincidência. Para eles, a chegada do homem à Lua foi apenas uma encenação dirigida por Kubrick que, inclusive, reaproveitou trechos do seu próprio filme para construir a “farsa” espacial.

3 – Kubrick e a descoberta de vida extraterrestre

Embora seja blasfêmia falarmos isso, até hoje o homem não fez contato com vida inteligente extraterrestre (uhum, sabemos). Porém, às vésperas do lançamento de 2001 nos cinemas em 1968, Stanley Kubrick tinha receio de que uma possível descoberta de vida fora da Terra ofuscasse sua obra (muito pautada nos mistérios do espaço). Assim, o cineasta tentou fazer, sem sucesso, uma apólice de seguros que o protegia contra possíveis prejuízos da obra gerados por esse cenário.

4 – Números estelares

Entre os números do filme, dois se destacam: primeiro, de acordo com o produtor Douglas Trumbull (da equipe de efeitos especiais), o conteúdo bruto das filmagens rendeu um material 200 vezes maior que o corte final do filme. Já em relação à narrativa, o primeiro diálogo em cena ocorre aos 25 minutos e 38 segundos, e a ausência absoluta de fala também se destaca nos 23 minutos finais da trama (desconsiderando os créditos). Isso resultou, ao lado de segmentos mais curtos, num filme com 88 minutos sem diálogos.

5 – O enigma HAL 9000

Talvez após “Desculpe, Dave. Receio que não posso fazer isso”, a frase mais citada pelos fãs de HAL seja “Bom dia, Dave”. Porém, essa fala não é dita pela máquina em nenhum trecho do filme.

Já no universo conspiratório, muitos acreditam que o nome da inteligência artificial seja uma referência à IBM. O motivo? No alfabeto, quais letras vêm depois de H, A e L, respectivamente?

6 – Filme cabeça?

Embora extremamente cultuado hoje, o filme não agradou ao público no dia da estreia. O motivo? “Alguém pode me dizer que diabos é isso?”, gritou o ator Rock Hudson ao se levantar no meio da sessão, igual a centenas de convidados presentes. Mesmo assim, Arthur C. Clarke explicou que o maior objetivo do filme era trazer perguntas, e não respostas. Por outro lado, o escritor também reconheceu a complexidade de alguns arcos do filme, levando-o a construir com maiores detalhes (ou explicações) a trama adaptada para o seu livro.

7 – Um convite ao pai dos mangás 

Durante a produção do longa, Kubrick queria que Osamu Tezuka, considerado o pai dos mangás e criador de famosos personagens da cultura oriental (como Astro Boy), assumisse parte da direção de arte. Porém, o convite foi recusado pelo mangaká em razão da dificuldade de se deslocar do Japão até os centros de filmagem. O interessante é que após assistir ao filme, Tezuka confessou ao diretor o seu amor pela obra, revelando que gostava de ouvir sua trilha sonora enquanto trabalhava.

A ODISSEIA CINQUENTENÁRIA

Com lugar de destaque na história do cinema e absoluto entre as maiores obras da ficção científica, 2001: Uma Odisseia no Espaço ganhou vida a partir das mentes criativas de Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke. E enquanto o diretor norte-americano buscava construir – como ele mesmo dizia – “um tema de grandeza mítica”, o escritor inglês enxergava a chance de expandir a aventura em um romance, sua grata especialidade.

Este ano marca os 50 anos do livro e do filme , em uma trajetória tão impactante quanto o primeiro encontro do homem pré-histórico com o enigmático monólito alienígena, e não podíamos deixar que esse evento cósmico passasse em branco.

A IDEIA MONOLÍTICA

Em parceria inédita com o artista e ilustrador brasileiro João Ruas, pensamos em algo que fosse mais que uma edição de aniversário. 2001: Uma Odisseia no Espaço – Edição histórica de 50 anos é um projeto que vai além do próprio livro e faz o leitor ser parte da saga espacial, experimentando literatura, arte e ficção científica de um jeito único. Histórico.

Porém, a publicação dessa edição só seria viável a partir do Catarse, plataforma que ajuda a tornar realidade os mais variados tipos de propostas. Esta é a nossa chance de dar vida a esta edição, um projeto ÚNICO e EXCLUSIVO para o Catarse, que não será comercializado em livrarias, sites, eventos e Feiras Intergalácticas.

A TRÍADE ESPACIAL

2001: Uma Odisseia no Espaço – Edição histórica de 50 anos é formado por três itens que foram pensados para destacar elementos icônicos do enredo e transformar a experiência do leitor frente à obra máxima de Clarke:

A CAIXA

Projetada por João Ruas e Marcelo Roncatti (Estúdio Colletivo), a caixa traz uma releitura do HAL 9000, o robô sociopata que entrou para a história da cultura pop como um dos grandes vilões do sci-fi. A dualidade com a ilustração do osso na parte de trás constrói um diálogo entre duas ferramentas criadas pela humanidade.

O LIVRO

Carro-chefe do projeto, o livro todo preto, em capa dura e com pintura trilateral preta, foge dos padrões tradicionais e assume a aparência do emblemático monólito. Tivemos o cuidado de reproduzir a obra na proporção original do monólito que é descrito no livro: 1:4:9.

Uma homenagem ao artefato alienígena que ainda hoje aguça nossa curiosidade e guarda dentro de si os mistérios mais inquietantes do universo.

O romance de Clarke é dividido em seis partes, e nesta edição cada uma delas recebe uma ilustração exclusiva assinada por João Ruas. O artista fez uma releitura das passagens mais marcantes da épica odisseia e construiu um imaginário que nos remete nostalgicamente ao filme de Kubrick, mas que ao mesmo tempo traz uma identidade nova, única. As artes foram feitas à mão e finalizadas no computador, em duas cores: preto e laranja.

O OSSO

Por fim, a tríade espacial se torna completa com o objeto que marcou o encontro entre o homem pré-histórico e o monólito: um osso. Para ser o mais fiel possível à peça vista no filme, a editora consultou o biólogo Adriano Marques, que analisou o objeto das telas e constatou que se tratava da ulna e do rádio que ficam na pata dianteira da anta. A partir disso, ele e sua equipe projetaram um modelo do osso, produzido em resina. As peças são feitas uma por uma e pintadas manualmente.

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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