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‘A Grande Voz’: entrevistamos os campeões da terceira temporada

Ultraverso

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2 de março de 2022

Com ótimos índices ótimos, a terceira edição de A Grande Voz foi um verdadeiro sucesso e O ULTRAVERSO teve a honra de entrevistar os grandes campeões.

Além disso, nosso site acompanhou a competição e já publicou aqui um dossiê sobre a última temporada do maior torneio online de canto do Brasil.

Mas agora chegou a vez de conhecermos e conversarmos um pouco com os grandes campeões da terceira edição de A Grande Voz.

Por isso, iniciamos nosso bate-papo com a cantora campeã Lola Borges, mulher, negra, moradora de comunidade do Rio de Janeiro e dotada de muito talento.

Em seguida, conversamos com Breno Lima, mais um dos campeões da terceira edição de A Grande Voz, desta vez, na categoria técnico. Ele, que ainda levou o segundo lugar com Tiago Boca.

Enfim, confira nossas entrevistas exclusivas com os campões da terceira edição de A Grande Voz. Quem sabe você não pode ser o (a) próximo (a)?

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Campeões da 3ª edição de A Grande Voz: cantora Lola Borges

Lola Borges, a campeã da terceira edição de A Grande Voz, concedeu uma entrevista especial para o site ULTRAVERSO. Vamos conhecer um pouco mais sobre a campeã?

ULTRAVERSO: Lola Borges, ‘a campeã que ninguém calou’! Primeiramente, meus parabéns pela vitória nesta edição da Grande Voz. Olhando toda sua trajetória coroada por esse triunfo, o que você pode afirmar que mudou em sua vida no pós-Grande Voz?

LOLA BORGES: Primeiramente, muito obrigada! Mudou toda a perspectiva que eu tinha sobre a minha carreira musical. Antes eu não queria de jeito nenhum me arriscar, e hoje eu sinto que posso ganhar o mundo com o meu talento.

Em uma live de A Grande Voz você diz que chegou a ficar afastada da música durante um tempo. Quando e por que aconteceu esse hiato?

LOLA BORGES: Foi dos meus 12 anos até os 14 pra 15 anos. Parei porque eu tinha um companheiro, que era meu paizinho, e quando eu fiz 12 anos 3 meses depois ele veio a falecer e eu não quis mais. Porém, aos 14, vi que não conseguiria ficar sem a música na minha vida.

Você mora em uma comunidade considerada muito violenta no Rio de Janeiro. Como artista e como uma pessoa que vivencia diariamente as mazelas típicas de uma favela, de que maneira você pensa que seja possível mudar esse cenário? Se você tivesse a chance de empreender algo em âmbito social, em que você se empenharia e por quê?

LOLA BORGES: Olha, é tão difícil falar sobre esse assunto porque eu tenho milhões de coisas na minha cabeça, mas acredito que falta oportunidade para as pessoas da favela e muitas vezes não são todas. Infelizmente, os jovens acabam indo pro caminho mais fácil.

Quais foram os maiores obstáculos que você encontrou em seu percurso da Grande Voz?

LOLA BORGES: Foram alguns (risos), mas o maior foi quando eu peguei uma gripe fortíssima e tinha que enviar o vídeo na mesma semana (no vídeo do “Killing me Softly”). Eu cantava e a voz não saía, foi muito difícil. Houve também uma semana em que minha filha adoeceu e quase perdi o prazo. Pensei em desistir, mas o Lohan me incentivou a superar esse obstáculo… e deu tudo certo no final!

Conta pra gente alguma curiosidade que você vivenciou na Grande Voz, seja em relação a alguma interação nos grupos do concurso, seja no preparativo para a gravação de algum vídeo seu etc. Enfim, que seja algo inédito, que ninguém até então saiba do ocorrido.

LOLA BORGES: Na fase a capella a gente precisava gravar um vídeo de no máximo 1 min e 30 segundos. Eu gravei o vídeo em 1 min e 30 mesmo, de primeira, sem repetir e fiquei chocada comigo, porque foi o vídeo que eu mais senti segurança (risos). Cantei “Além do Rio Azul”.

Sobre Breno Lima e Marlon Fonseca, seu técnico e assistente técnico na Grande Voz, o que tem a dizer? Qual foi o maior aprendizado que você pode dizer que adquiriu com eles?

LOLA BORGES: Olha, falar deles é algo muito difícil porque eles têm milhões de qualidades! A coisa que eu mais aprendi com eles foi o cuidado para escolher uma boa canção pra apresentação, a atenção nas notas que pra mim eram fáceis, mas analisando bem tinha que ajeitar de alguma forma. Eles me ensinaram a ter mais zelo pelas escolhas, sabe? E sempre muito atenciosos e incentivadores.

Na terceira edição de A Grande Voz você passeou pelo gospel, R&B, Soul e pop. Na final interpretou também uma canção da sambista Alcione e chegou a receber um comentário do crítico musical Juarez Fonseca dizendo achar que seu partido é o samba. Lola, você se considera uma cantora eclética? E se hoje você tivesse que escolher um nicho musical para seguir e investir no mercado fonográfico, qual seria a sua onda?

LOLA BORGES: Sou muito eclética. Hoje, analisando o mercado e considerado muito da minha origem também, eu escolheria o samba/pagode com certeza.

Na final, você ficou em primeiro lugar em três rankings, sendo dois deles muito simbólicos – o do seu técnico e o da última campeã da Grande Voz. Como você enxerga esse cenário avaliativo da final? Você acredita que a regularidade possa ter sido um fator primordial para sua vitória ou houve algum outro pulo do gato, na sua opinião?

LOLA BORGES: Cada jurado tem o seu ponto de vista em relação à voz, o que um achou MASSA o outro já não gostou tanto e assim vai. Acredito que alguns rankings foram justos, mas outros confesso que fiquei em choque (risos). A final é como um concurso novo, tudo pode acontecer, como foi visto no sobe e desce dos rankings!

Do que você vai sentir mais saudade da Grande Voz?

LOLA BORGES: Dos desafios e do frio na barriga pra descobrir se tinha passado pra mais uma fase ou não (risos).

Quais são os seus planos relacionados à música de agora em diante?

LOLA BORGES: Produzir muita coisa e investir com força total na minha carreira musical.

A primeira edição de A Grande Voz foi vencida por um jovem rapaz que cantava nas ruas e metrôs – Kelvin Bruno. Hoje, você recebe a coroa de Poly Pimpão, artista LGBTQIA+ e que foi muito representativa em sua edição também pelo fato de valorizar muito a música brasileira. Você, uma jovem mulher preta, mãe e moradora de uma favela do Rio de Janeiro, assume também um posto de representatividade muito forte nesse hall de campeões. Por ser quem você é, pelas lutas do seu cotidiano, pela sua ancestralidade, por ter superado perdas muito simbólicas (como a do seu pai) e por ter tido sua voz e seu modo de cantar questionado por muitas pessoas. Como você enxerga essa sua relevância paralela à música e que mensagem você deixa aos próximos inscritos de uma nova edição da Grande Voz?

LOLA BORGES: Eu enxergo como uma superação! Tudo o que a gente vive acaba influenciando em nossa arte. Aos próximos candidatos, eu digo pra acreditarem em si, as pessoas não podem ter o poder de nos parar, ninguém tem o poder de nos calar! Tenham fé e perseverança em tudo. E como aprendi com meu time, tenham cuidado na hora de escolher o repertório. Perseverança e inteligência é a dica essencial.

Campeões 3ª edição de A Grande Voz: técnico Breno Lima

Em seguida, nas entrevistas com os campões da terceira edição de A Grande Voz, o ULTRAVERSO conversou com o técnico Breno Lima. Ele atua na competição desde a 1º edição e, pela primeira vez, conquista seu título. Vamos conhecer um pouco mais sobre ele?

Breno, primeiramente meus parabéns pela vitória como técnico na terceira edição de A Grande Voz. O que essa vitória representa para você? E qual maior aprendizado você julga ter conquistado nesse lugar de técnico da Grande Voz?

BRENO LIMA: Obrigado. Essa vitória é coletiva. Eu e Marlon quebramos muito a cabeça com escolha de repertório, com estratégias, com pareamentos, com as eliminações e todo o trabalho duro valeu a pena. E nada seria possível sem os candidatos. São eles que ensaiam, gravam e colocam a cara a tapa, e nós tivemos a sorte de ter um grupo extremamente trabalhador, esforçado e unido. A troca entre eles era incrível.

Nesta 3ª edição de A Grande Voz você não só foi campeão com Lola Borges como também ficou em segundo com Tiago Boca. O que mudou esse ano?

BRENO LIMA: Eu e o Marlon adotamos duas táticas. A primeira era se aproximar verdadeiramente do time e das suas necessidades. Ser amigo mesmo. E a segunda era ser objetivo, sem dar tanto espaço para emocionalismo. É claro que as pessoas nos emocionavam durante o processo da competição e isso era levado em conta, mas nós fomos muito sóbrios com as nossas escolhas, e sempre tentávamos pensar um passo a frente.

Quais foram os maiores obstáculos que você enfrentou nessa temporada?

BRENO LIMA: O maior obstáculo para mim foi conseguir conciliar a vida com a competição. Eu trabalho muito, Marlon também, os participantes também, então era muito corrido (risos) mas valeu a pena. Também tivemos um problema de desistência no meio da competição que quase prejudicou o time, além da competitividade com os outros times, pois eram todos muito bons. Então nós ficávamos de olho, pois vinha pressão de todos os lados.

Conte para nós alguma curiosidade que você vivenciou na terceira edição de A Grande Voz.

BRENO LIMA: O Marlon não queria que eu colocasse o Ninguém me Tasca na Lola, e quase me convenceu a colocar no Otavio Cillo (naquela ocasião nós não conhecíamos os participantes ainda, só ouvíamos a voz…e a versão do Otavio para “I’m Still Standing” era fenomenal mesmo). Mas aí depois de muita ponderação (inclusive minha esposa foi decisiva para isso – risos – ela amou muito a Lola), eu resolvi lançar na Lola mesmo, que acabou vindo a ser a campeã pelo meu time.

Você disse na live da final, após o anúncio da campeã, que Lola Borges foi a maior voz não só da terceira edição, como também de toda a história de A Grande Voz. Você reafirma isso?

BRENO LIMA: Eu reafirmo sim. Acho que a Lola é a cantora que melhor uniu técnica, performance e carisma até hoje no programa. Nós tivemos grandes candidatos, e essa minha posição é completamente subjetiva, mas é como as coisas são para mim.

Em seu ranking pessoal nesta final, você elenca o Tiago Boca em quarto lugar. Como funciona o seu critério para a montagem de rankings e qual é o peso dessa responsabilidade?

BRENO LIMA: O Boca era o melhor candidato da competição para mim. Entre os homens, ele era soberano. Na final, eu não gostei tanto da música livre dele, mas amei a da homenagem ao Carlos Colla. Com isso e levando em conta o histórico dele, ele ficou em quarto no meu ranking. Sahra Stamm e Mari Junges (a segunda e terceira do meu ranking) também tinha bom histórico, e duas apresentações muito boas na final. Se o Boca tivesse feito uma coisa mais simples na música livre (e aqui, tem a minha responsabilidade como técnico também. no ensaio eu não achei tão over quanto vendo o vídeo), ele provavelmente teria ido para o top 2 do meu ranking.

Ainda nesta premissa da avaliação, o que achou do corpo de jurados dessa final?

BRENO LIMA: Acho que o corpo de jurados é um diferencial do programa. São muitas visões diferentes e isso dá uma segurança maior de que os vencedores precisarão encontrar um lugar comum entre tantos olhares. E os jurados da final, sem comentários. Só gente incrível e que sabe do que estava falando.

Acredita que esse olhar mais abrangente em relação à música seja um ponto favorável e fundamental para a vitória nesta 3ª edição de A Grande Voz?

BRENO LIMA: Não sei se foi fundamental, mas acho que quando mais opções de repertório alguém tem. melhor. Isso pode ter ajudado.

Como artista e professor de canto / mentor artístico pela Arte.Vox, quais são seus planos daqui para frente? Alguma novidade a caminho no campo profissional?

BRENO LIMA: Eu vou gravar mini-cursos de canto que em breve estarei soltando. E TALVEZ, prepare um EP para o ano que vem. Vamos ver no que isso vai dar (risos).

Que mensagem você deixa a todos aqueles que sentem à vontade de se inscrever e participar dessa aventura em uma oportunidade futura?

BRENO LIMA: A Grande Voz é um lugar extremamente fértil. Todo mundo que quer crescer, aprender bastante e ter a oportunidade de uma troca INCRÍVEL com outros artistas precisa se inscrever!

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