A internet parou.
Foi aquele chororô mundial.
Após uma semana ainda era incontrolável a angústia da população. Médicos tentavam ajudar. Psicólogos tentavam entender. Filósofos tentavam explicar.
No fim, ninguém conseguiu.
Então nos acostumamos.
Começamos a ler livros durante o tempo ocioso. Passamos a valorizar encontros, reuniões, rolezinhos, bares, botecos, festas, farras. Os assuntos surgiam muito mais facilmente do que antes, porque agora nós éramos interessantes, agora nós compartilhávamos as nossas leituras, as nossas reflexões, os nossos impulsos, as nossas opiniões, os nossos anseios. Agora nos preocupávamos com o outro. Agora a qualidade da nossa vida era tão grande que ninguém comemorou no Facebook quando a internet voltou.
A verdade é que ninguém foi conferir.
A Internet parou
Marcus Di Bello
A internet parou.
Foi aquele chororô mundial.
Após uma semana ainda era incontrolável a angústia da população. Médicos tentavam ajudar. Psicólogos tentavam entender. Filósofos tentavam explicar.
No fim, ninguém conseguiu.
Então nos acostumamos.
Começamos a ler livros durante o tempo ocioso. Passamos a valorizar encontros, reuniões, rolezinhos, bares, botecos, festas, farras. Os assuntos surgiam muito mais facilmente do que antes, porque agora nós éramos interessantes, agora nós compartilhávamos as nossas leituras, as nossas reflexões, os nossos impulsos, as nossas opiniões, os nossos anseios. Agora nos preocupávamos com o outro. Agora a qualidade da nossa vida era tão grande que ninguém comemorou no Facebook quando a internet voltou.
A verdade é que ninguém foi conferir.