cantor Cris Romagna

Cris Romagna e a beleza da impermanência

Wilson Spiler

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4 de março de 2022

O cantor e compositor Cris Romagna conta histórias que apaixonam e fazem pensar através de suas músicas. Embaladas por uma voz que é puro afeto, calor e paz. O artista é apaixonado pelas pessoas e suas histórias. Em 2021, inovou com o KitLeva, estratégia phygital (físico+digital) de lançamentos. Foi o modo encontrado de lançar seus singles e chamar a atenção de uma forma verdadeira durante a pandemia, já que não estavam acontecendo shows.

Às vésperas de lançar seu terceiro álbum de estúdio, o primeiro foi ISO, em 2015, sucedido por Sombra do Vento, em 2018, Cris passa por um novo momento de sua carreira, em que a liberdade criativa que o alimenta e permeia seu trabalho atualmente, pode ser vista no seu recente EP Cadê Você e nos singles “Te Prometo”, “Vírgula” e “Felicidade (Ha’evete)”.

Para falar sobre a vida, a arte e a carreira do cantor, batemos um papo com Cris Romagna.

Confira!

Quem é Cris Romagna? Como começou o amor pela música?

O Cris Romagna sou eu! Muito prazer! Eu comecei muito cedo e fui forjado pelo rádio dos anos 90. Meus pais trabalhavam à noite e o rádio ficava sempre ligado. Outra coisa que eu me lembro do início era de um acordeonista, amigo do meu pai. Eles se encontravam para tocar, mais por diversão. E eu adorava cantar as músicas. Mais tarde, meu irmão me apresentou às bandas de rock e eu realmente decidi que era isso que eu queria fazer.

Você acaba de lançar o single “Te Prometo”, que considera o seu melhor trabalho e fala sobre o amor na beleza da impermanência. Conte-nos mais sobre o significado da canção.

Uma promessa tem o poder de mover aquele instante de uma forma mais colorida. Ou seja, quando a gente promete coisas para o futuro, a gente pode colorir com mais intensidade o presente. Mesmo sabendo que, lá na frente, essa promessa pode não se cumprir. Tem uma frase da segunda estrofe que é “cruzei os dedos, como quem guarda o destino da ironia do eterno sim, até que não“.

Às vésperas de lançar o terceiro álbum, quais as expectativas? Pretende sair em turnê com o disco?

Sim. A ideia agora é cair na estrada com esse disco. Eu já preparei um show com uma logística simples. E como eu já trabalho há muitos anos com isso, sei o que é necessário para sair em turnê. O show cabe em teatros e em locais de médio porte. Então, a gente está planejando sair com esse espetáculo pelo Brasil e quiçá, pelo exterior.

O que podemos esperar de diferente de Cris Romagna depois de dois álbuns e três EPs para o disco que está por vir?

Esse álbum é uma coletânea das coisas que estão vindo. Vai trazer muitas músicas que vieram nos lançamentos anteriores e que a gente vai compilar. A ideia toda sempre foi o álbum no final. Então, a gente veio dando um caminho conceitual e estético desde o lançamento de “Casa“. A gente pode esperar que a canção que “puxa” o álbum (e que ainda não vou revelar o nome) dá a deixa do que vai vir nos próximos trabalhos. É uma música que tem uma sonoridade que mistura o que eu venho fazendo com algumas novidades. Eu tô bem ansioso.

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A estratégia de marketing para o lançamento do novo álbum está bem interessante. Como surgiu a ideia?

Ela surgiu quando a gente estava nesse momento da pandemia. E a gente queria saber como se destacar nesse mar de artistas bons que a gente tem por aí. Em quantidade e qualidade. As canções trazem muito do Cris ali, elas são praticamente autobiográficas em muitos aspectos. E a gente pensou: o que poderia ser uma estratégia diferente? Fizemos um brainstorming, até que veio a ideia. Eu sou apaixonado por café, eu sinto a estética, eu gosto de todos os momentos da criação. E dessa ideia surgiu o KitLeva, que promoveu esse jeito diferente de distribuir e lançar.

Em um período ainda cercado por incertezas por conta da pandemia, falar de amor é um escape para nossas almas tão sofridas?

Falar de amor é sempre falar da beleza. Então, essa música fala da beleza e da impermanência enquanto a gente tem que se reinventar. Porque o mundo corre e a gente precisa fazer um reinvenção. A alma ela é intacta. Na minha visão, ela não sofre. Quem sofre são os nossos corpos encarnados, porque ela é eternamente luz. Nesse sentido, falar de amor é um acalento para essa alma vir mais pra fora do corpo. E enxergar as coisas por esse viés do amor.

O cantor Cris Romagna (Divulgação/Facebook)

Você fez alguns covers em seu canal do YouTube de ritmos musicais bem diferentes. Quais as suas maiores influências?

Eu adoro essa pergunta. Porque são muitas influências, né? Eu gosto de fazer essa mistura entre os clássicos e os mais contemporâneos. Como eu tocava na noite, desde muito cedo, minhas influências são muito diversas. No entanto, os artistas que eu mais escuto são Pink Floyd, Skank, Rubel, Caetano (lógico). São inúmeras. Ah, eu gosto muito de Eros Ramazzotti. E para finalizar: muito obrigado pela atenção, pessoal! Seguimos juntos, prometo para vocês.

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Além disso, claro, o (a) cantor(a) ou a banda precisa ter algo gravado com uma qualidade razoável. Afinal, só assim conseguiremos divulgar o seu trabalho. Enfim, sem mais delongas, entre em contato pelo e-mail guilherme@ultraverso.com.br! Aquele abraço!

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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