Andy Garcia fecha a primeira noite da CCXP

Fábio

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4 de dezembro de 2020

Encerrando a primeira noite da CCXP Worlds, a Paramount Pictures fechou o evento com chave de ouro ao levar Andy Garcia, para falar sobre O Poderoso Chefão – Parte III. A saber, seu papel como Vincent Mancini, o filho bastardo de Sony Corleone, lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor ator coadjuvante em 1991.

Ademais, para celebrar os 30 anos do lançamento do filme que encerra a trilogia O Poderoso Chefão, o diretor Francis Ford Coppola lançou uma versão remasterizada e com algumas alterações que estreou em algumas salas no Brasil. A partir do dia 8 deste mês, o filme estará disponível para alugar por streaming.

Andy Garcia

Entrevistado por Marcelo Forlani, Andy Garcia brincou ao ser questionado se receberia uma indicação novamente ao Oscar. “Não acredito que serei nomeado novamente não (risos)”. Para ele, a nova versão não foi tão surpresa. Garcia sabia que Coppola tinha que terminar o filme logo por causa do estúdio.

“Se não me engano eles queriam lançar o filme no Natal e Francis não teve tempo de montar do jeito que ele queria na época. O título era esse mesmo que chegou agora os cinemas (O Poderoso Chefão – Desfecho: A Morte de Michael Corleone). Mas acho que o título foi mudado pelo estúdio porque acredito que eles queriam que, a princípio, a história continuasse. Chefão 3, Chefão 4, Chefão 5 e assim por diante.

Mudanças

As mudanças, segundo Andy Garcia, em suma melhoraram a participação do seu personagem e permitiu que Coppola fizesse as correções que queria, do mesmo jeito que ele fez em Apocalypse Now. “Vincent é apresentado mais cedo. O arco dele na família Corleone tem um arco mais linear nesse ínterim. Tem uma cena que não foi exibida na época em que eu me reunia com a Connie (Talia Shire) e mostrava que ela tinha, afinal, dado a ordem ao Vincent para matar Joey Zasa (Joe Mantegna). Olha eu dando um spoiler aqui”, brincou.

Emoção

Andy Garcia revela que viu o filme em uma sessão exclusiva com Coppola, Al Pacino e Diane Keaton. “Ficamos muito emocionados, foi muito bom poder reviver tudo aquilo novamente”. Para ele, o papel foi muito importante para a sua carreira como ator. “Vincent mudou completamente minha carreira. Foi uma bênção para mim e melhorou minhas perspectivas para o futuro”.

Trabalhar com o Coppola

Para Andy Garcia, trabalhar com Coppola foi uma ótima experiência. “Francis veio do teatro. Ele ensaiava o filme como se fosse um espetáculo. Ele tem tempo para trabalhar com atores, criar cenários, deixar improvisar… Infelizmente é o tipo de produção que não temos mais hoje em dia. Nós ensaiávamos como se estivéssemos fazendo uma montagem e não um filme. Duas vezes por dia. O filme inteiro. Uma grande experiência”, celebra.

Al Pacino

Para ele, trabalhar ao lado de Al Pacino foi, em suma, outro mérito. “Foi ótimo, uma grande alegria, Ele era uma inspiração para mim e continua sendo. Um ator extremamente generoso, um homem que também era do teatro, que se importa com o trabalho dos seus colegas, bem como ama muito o seu público.

Por fim, ele devolveu com estilo a brincadeira proposta por Forlani. O criador do Omelete perguntou qual de três lemas da saga Corleone ele gostaria de levar para a sua vida:

  • Nunca deixe saberem o que você está pensando.
  • Mantenha seus amigos próximos e seus inimigos mais próximos ainda.
  • Quando eles vierem te pegar, eles vão pegar aquilo que você mais ama.

Numa tacada de mestre, Garcia finalizou que escolheria a primeira. Assim, ele jamais teria que contar para Forlani o que ele realmente estava pensando

Fábio

Santista de Nascimento, flamenguista de coração, paulistano por opção. Jornalista, assessor de imprensa viciado em cinema, série, HQ, música, games e cultura em geral.
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