Celia Cruz | Conheça a história da ‘Rainha da Salsa’, que hoje completaria 90 anos
Bruno Cavalcante
|21 de outubro de 2015
Hoje é um dia muito especial para todos os amantes da música latina, pois nesta data, se estivesse viva, a majestosa Celia Cruz completaria seus 90 anos de idade.
Úrsula Hilaria Celia de la Caridad Cruz Alfonso, mais conhecida como Celia Cruz, nasceu em Havana, Cuba, no ano de 1925. A filha de Simón Cruz e Catalina Alfonso, antes de entrar para a música, chegou a cursar magistério, porém sua verdadeira paixão sempre foi cantar.
Mesmo a contragosto de seu pai, Celia desde muito jovem já frequentava alguns dos concursos de rádio da época, onde geralmente davam oportunidades para artistas desconhecidos. E foi em um desses programas, mais precisamente no “La Corte Suprema del Arte“, que ela conseguiu seu primeiro prêmio, um valor modesto de 15 dólares interpretando o famoso tango “Nostalgia”.
Celia ao lado do grupo que a projetou, a orquestra Sonora Matancera
Alguns anos mais tarde, Celia se inscreveu no “Conservatorio Nacional de Música en Cuba” para poder aprimorar e completar seus estudos na área. A partir de 1950, a cantora ingressou na orquestra Sonora Matancera, e desde então passou a acompanhar o grupo em muitas apresentações pelo país.
No ano de 1960, quando já iniciada a Revolução Cubana, a Sonora Matancera havia recebido um convite para realizar concertos no México. Todavia, mal sabia Celia que jamais poderia retornar para seu país Natal. No entanto, sua carreira só iria crescendo cada vez mais. Em 1961, a artista viajou para os Estados Unidos onde chegou a realizar alguns shows como solista, sem a Sonora Matancera. No ano seguinte, Celia viria a se casar com o também músico Pedro Knight.
Celia e seu marido Pedro Knight, com quem esteve casada até o momento de sua morte
Em 1973 Cruz realizou um dos concertos mais emblemáticos de toda sua carreira no Carnegie Hall, em Nova York. Lá, ela interpretou sua primeira canção de salsa “La Gracia Divina“. Logo após, a artista não parou mais e continuou investindo nesse estilo. No ano de 1974, Celia gravou juntamente com o artista Johnny Pacheco o disco “Celia and Johnny”, que incluía músicas como “Toro Mata” e a famosa “Quimbara“. Esta última, inclusive, se tornou um dos maiores clássicos de salsa de todos os tempos.
Com o passar do tempo Celiz Cruz acabou se tornando uma lenda da música latina. Conhecida como a “La Reina de la Salsa“, chegou a gravar com muitos outros artistas de renome como Willie Colón, Angela Carrasco, Albita e a Rainha do Pop Latino Gloria Estefan, com quem interpretou a canção “Tres Gotas de Água Bendita”.
Celia, Ricky Martin e Gloria Estefan em uma apresentação no Grammy Latino de 2001
A artista faleceu no ano de 2003, em sua casa, na cidade de Fort Lee, Nova Jersey. Por desejo da mesma, seu corpo passou por Miami durante dois dias para que os fãs pudessem se despedir da cantora. Seu túmulo está situado no cemitério Woodlawn, em Nova York.
A verdade é que o legado de Cruz é inegável. Com uma faceta risonha, sempre transbordando alegria em seu modo de ser e principalmente em canções como no clássico “La Vida Es Un Carnaval“, Celia continua nos dando uma sensação de que para ser feliz não precisamos de muita coisa, apenas de bastante amor, energia, salsa e muito, mas muito AZÚCAAARRR!!!
“Quimbara” se tornou um dos clássicos da música latina.
“La Vida Es Un Carnaval” é um hino que celebra a vida e que não pode faltar em nenhuma festa latina.
Um reggaeton delicioso com uma pitada de Azúcar!
Celia recebendo seu último Grammy Latino pelo disco “La Negra Tiene Tumbao” em 2002 (me emociono com esse vídeo).
“Celia” é uma série televisiva colombiana que conta a história desta grande lenda. Ela está sendo exibida atualmente em alguns países como Estados Unidos, Colômbia e Chile.
Bruno Cavalcante
Meu nome é Bruno Cavalcante, sou formado em publicidade e propaganda, carioca, escorpiano, apaixonado pela vida e por cinema também. Meu gênero preferido é o terror, mas gosto e vejo de tudo um pouco.
