Code Vein

‘Code Vein’ | REVIEW

Leandro Stenlånd

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12 de novembro de 2019

A Bandai Namco finalmente apresentou o tão aguardado Code Vein. Herdeiro direto de títulos J-RPG, ele é, na verdade, a nova geração e evolução do gênero. Com um formato para lá de diferenciado, emendando partículas de seus antecessores, o mesmo chega ao Brasil apenas com legendas em português. Não é para menos, pois jogos fabricados no país do sol nascente raramente chegam aqui com suporte à nossa língua de forma dublada.

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O título chega à terra tupiniquim convivendo com os títulos antecessores da publicadora ainda fadigando nos moldes arcaicos do RPG. Em Code Vein, vemos coisas mudarem para melhor. Assim, ao invés daquele formato enfadonho por turnos, entra o famoso Action RPG, porém, com sua própria identidade. Na verdade, não há diretamente um gênero no qual possamos agregá-lo, visto que o jogo se parece muito com God Eater, outro game da publicadora. A assimilação inicial pode ser explicada pelo fato de a equipe de God Eater 3 ter trabalhado no desenvolvimento deste aqui.

O visual do jogo ainda é quadradão e não foi tão inspirado assim na geração atual dos Actions RPG. Basta reparar na qualidade gráfica, bem como em seus polimentos, e verá que com estes gráficos o título deixa a desejar um bocado. Há aquelas passagens mais estreitas onde chegar, por exemplo, próximo a uma parede, e vai perceber o outro lado dela sem nada.

O visual anime de Code Vein é um dos aspectos mais empolgantes, mas esse está longe de ser seu único predicado. Além das belíssimas animações, elas diferem-se dos demais Soulslike – principalmente dos Soulsborne, da FromSoftware – graficamente falando.

https://www.youtube.com/watch?v=QzcIde3GDKk&t=2654s

A TRAMA

Já na trama, em um futuro não tão distante, um desastre misterioso acabou com o mundo como o conhecemos. Arranha-céus imponentes, outrora símbolos de prosperidade, agora são túmulos inabitados do passado da humanidade perfurados pelos Espinhos do Julgamento.

Assim, no centro da destruição, está uma sociedade oculta de Aparições, chamadas Vein. Essa fortaleza final é onde os poucos que restaram lutam para sobreviver, abençoados com Dádivas de Poder em troca das suas memórias e uma sede de sangue. Ceda ao desejo por sangue completamente e arrisque virar um dos Perdidos, monstros cruéis desprovidos de qualquer humanidade.

Vagando sem rumo em busca de sangue, os Perdidos não pararão por nada para satisfazer sua fome. Monte sua equipe e embarque em uma jornada aos confins do inferno para liberar o seu passado e escapar do seu pesadelo vivo em Code Vein.

DETALHES IRRITANTES

Em Code Vein, por exemplo, assim como diversos jogos japoneses, há sempre algo que irrita: o protagonista não interage com voz. Muitos desses padrões narrativos de animes estão presentes. O protagonista escolhido guiado por uma garota misteriosa – e que raramente esboça reação. Também é bem corriqueiro que líderes de grupos que são inicialmente rivais acabem se tornando aliados mais para frente. Já está batido isso e, ao meu ver, não é tão mais funcional.

Exatamente os reis da tecnologia mundial que, vira e mexe, chegam ao mercado com novidades, ainda definham com este tipo de conto tão piegas. Tudo bem que, pela primeira vez, se assim pensarmos, há essa opção de que o formato se reinventa de certo modo.

UM SOUSLIKE JAPONÊS

A história se desenvolve na maior parte do tempo com cutscenes, que duram muito tempo (como podem ver no gameplay acima). Decerto é, algo que também irrita. Esse conto de ‘pesadelos’ em modo anime que complementam o plot, e de um time de personagens secundários com histórias, fazem a diferença.  As opções de armamentos em Code Vein é considerável e, assim, oferecem especiais dependendo do código de sangue que o jogador usar, o que lembra direta e vagamente Bloodborne.

Os códigos de sangue funcionam como classes e, ao alternar entre eles, o jogador pode mudar drasticamente sua experiência com o jogo. Cada um dos códigos de sangue oferecem ainda Dádivas diferentes que funcionam basicamente como especiais e que vão lhe conceder uma outra forma de enxergar o título. Combinando esta técnica com o armamento e a vestimenta certa, abre-se ainda mais opções de combos.

VEREDITO

Code Vein chega às prateleiras em duas versões: Deluxe e Standard. Os preços falam por si só: é um jogo de pelo menos 10 horas de duração. Com a versão Standard chegando aos R$ 249,00, fica claro que terá bastante tempo de jogo pela frente, o que não garante necessariamente entretenimento. Ademais, apesar do formato ser inovador para o gênero, pouco visto no Japão, é possível que o fã mais old school queira de volta para si um RPG por turno.

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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