Contra Corrente: Café Irlanda
Anna Cecilia Fontoura
Hoje é Dia de Saint Patrick, ou para nós brazucas, São Patrício. Mas, e aí quem foi o cara de verde? O que é de conhecimento geral é que ele é o Padroeiro da Irlanda e que o Trevo de Três Folhas é relacionado ao religioso porque era com ele que Patrick explicava sobre a Santíssima Trindade ao povo.
O dia de Saint Patrick é 17 de março porque foi o dia em que o bispo católico nasceu no ano 461. Há inúmeras comemorações pelo dia do santo pela Irlanda e EUA. Aqui no Brasil os festejos estão crescendo a cada ano que passa!
No Rio, quando o assunto é St. Patrick’s Day e Música Celta, não tem como não falar em Café Irlanda. A banda, criada em 2009, arrasta seu público cativo, com muita alegria, para uma imersão na cultura irlandesa. No repertório dos caras não pode faltar o Tema de Abertura de “Game of Thrones”, ‘Whiskey in The Jar“ e “I’m Shipping Up To Boston“.
O público, que vai até de chapéu verde e roupas de irlandês, não consegue ficar parado… Mesmo que seja sua primeira vez no show dos caras, dúvido que você não se anime a arriscar um passinho que seja de dança irlandesa. Alegria, cerveja e música celta de ótima qualidade, assim defino as apresentações do Café Irlanda, que longe da grande mídia, faz a felicidade dos seus fãs cativos…
O Blah Cultural entrevistou o Café Irlanda, que logicamente marcou presença na comemoração de St. Patrick’s Day ontem (16/03). O grupo se apresentou, no Espaço Acústica, na Festa St. Patrick’s Day Rio.
Blah Cultural –Como surgiu a ideia de montar uma banda de música celta?
Café Irlanda -Alguns membros já estudavam seus instrumentos há mais tempo e já tinham se envolvido em outros projetos diferentes, mas a ideia de montar uma banda nesse estilo veio naturalmente, de cada um dentro de seu próprio caminho enquanto músico, e graças às mais diferentes influências.
Blah Cultural– Como se conheceram? Sempre foi essa formação?
Café Irlanda -Na verdade tudo começou porque nosso flautista Daniel, na época moderador de uma comunidade sobre música folk agitou um encontro informal para músicos e admiradores de música irlandesa. Nesta session (nota: chamam-se “sessions” os encontros informais feitos por músicos para tocar música irlandesa) algumas pessoas se deram muito bem e gostaram da ideia de seguir tocando como um conjunto. Hoje a formação da banda já mudou, mas a maioria dos membros vem ainda daquela época.
Blah Cultural– Vocês acham que as comemorações de St Patrick’ Day estão crescendo no Rio? Caso achem, a que vocês atribuem esse aumento.
Café Irlanda -Sem dúvida as atenções tem se voltado cada vez mais para esta data. Talvez seja pelo fato de vivermos num mundo quase sem fronteiras, onde as pessoas tem mais conhecimento da data e do fato de ela ser comemorada por todo o mundo. Ou talvez a popularidade venha porque se trata de uma data que pede muita cerveja (algo que todo mundo ama!). Mas, brincadeiras à parte, nós tentamos fazer nossa parte, buscando divulgar a música e a cultura irlandesa de modo geral sempre que possível. Inclusive, sempre participamos, juntamente com outros músicos, da session regular que ocorre mensalmente na Casa MangoMango. A session é organizada pelo nosso violonista, o Kevin, e quem quiser saber mais pode acessar o grupo de facebook da session.
Blah Cultural– Hoje o Café Irlanda tem um público cativo. Como vocês conseguiram unir tantas pessoas que curtem música celta?
Café Irlanda -Na verdade a banda começou em 2009 e pasmem, foi graças à internet. =) O interessante desse estilo de música aqui no Brasil é que, apesar de poucas pessoas o conhecerem de verdade, quando assistem nosso show elas dançam sem parar e se divertem muito, passando a buscar mais coisas no estilo ou simplesmente voltando aos nossos shows. É uma música muito animada, pra cima, mesmo as instrumentais; talvez por isso as pessoas acabem se unindo, é uma questão de todos estarem juntos e se divertirem com algo que ainda não é muito popular em nosso país. Essa energia boa é um dos nossos objetivos, também. Por isso estamos muito felizes com nosso público e com nossos shows.
Blah Cultural– O Café Irlanda costuma se apresentar em Niterói e no Rio. O que vocês acham da cena? Há muita diferença entre o público dessas cidades?
Café Irlanda -A cena, de forma geral, não é das mais vastas, ainda está começando a se estabelecer. Como toda a cena musical do país, não há tantas oportunidades e ainda há muito a ser trabalhado na mente de produtores e contratantes no que diz respeito ao músico e sua profissão. Por outro lado, em relação ao público, não podemos reclamar de nada e não vemos a menor diferença entre Rio e Niterói, já que somos muito bem recebidos por todos, sempre nos animando de volta. É uma relação muito bacana. Um show do Café Irlanda tem um público cativo muito peculiar, muito específico e claro, divertidíssimo. Apesar disso, sempre que tocamos em eventos com público mais abrangente, nos surpreendemos com a receptividade do público geral, mesmo quando este nunca ouviu música irlandesa anteriormente. Mas não importa se o show é no Rio ou em Niterói, nosso público já é parte do show e nós os adoramos.
Blah Cultural– Vocês já possuem DVDs ao vivo. Quantos álbuns ou EPs o Café Irlanda já gravou?
Café Irlanda -Na verdade estamos na fase de finalização do DVD, que é de uma edição especial da festa Hey Joe que rolou no Teatro Municipal de Niterói. Por outro lado, temos um EP, que está sempre disponível para download gratuito no nosso site.
Blah Cultural– Há algum trabalho novo vindo por aí?
Café Irlanda–Sem dúvida. A galera pode aguardar feliz, porque ainda esse ano começamos o próximo trabalho, que será cuidadosamente elaborado tanto para quem já conhece a banda como para quem estiver chegando agora. Aguardem! 😉
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