Crítica | ‘Chicuarotes’
Alvaro Tallarico
|28 de agosto de 2019
De início, vemos dois jovens vestidos de palhaços, Cagalera (Benny Emanuel, atuação razoável) e Malacote (Gabriel Carbajal quase cria empatia), tentando ganhar uns trocados a partir de piadas num ônibus. Da mesma forma que tantos juvenis brasileiros param em frente a um semáforo com as caras pintadas e fazem malabares pedindo dinheiro.
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A saber, Chicuarotes (segundo a Wikipedia significa pimenta malagueta ou teimoso, desagradável) são como são chamados os habitantes de San Gregorio, um bairro pobre da enorme Cidade do México.
CHICUAROTES’, DE GAEL GARCÍA BERNAL, MOSTRA RETRATO LATINO
Inclusive, o diretor Gael García Bernal mostra um pouco da cultura mexicana, bem semelhante ao Brasil. Claramente é um retrato de muitos locais da América Latina. Sem dúvidas já conhecemos a história de um bairro pobre latino com muita criminalidade, poucas perspectivas, alcoolismo e violência. Quantos filmes assim você assistiu?
De certo modo, aí está o que a película é: mais do mesmo. Ou seja, não introduz novidade alguma em toda a exibição.
Um filme que, a princípio, parece ter potencial, dando a impressão que pode apresentar algo relevante, entretanto, acaba decepcionando.
Em síntese, há poucos momentos que funcionam, sendo um deles a já citada abertura no ônibus e a corrida dos garotos pelas ruas de muros grafitados.
Certamente tem alguma química na interação da dupla principal de Emmanuel e Carbajal. Contudo, o roteiro de Augusto Mendoza é raso e sem graça e Gael falha na condução do longa-metragem.
::: TRAILER
https://www.youtube.com/watch?v=w6D2hbJ96Fc
::: FICHA TÉCNICA
Título: Chicuarotes (Original)
Diretor: Gael García Bernal
Elenco: Benny Emmanuel, Gabriel Carbajal, Daniel Giménez Cacho, Dolores Heredia
Distribuição: Supo Mungam Films
Data de estreia: qui, 05/09/2019
País: México
Gênero: Drama
Ano de produção: 2019
Alvaro Tallarico
Jornalista vivente andante (não necessariamente nessa ordem), cidadão do mundo, pacifista, divulgador da arte como expressão da busca pela reflexão e transcendência humana. @viventeandante
