Crítica de Álbum: Katy Perry – Prism

Anderson Vidal

Katy Parry está de volta, e desta vez numa era Prism. Após anunciar num vídeo que estaria deixando a fase brincalhona e animada queimando sua peruca azul, e voltar atrás dizendo que Prism não seria sombrio, eis então que o Álbum, que foi disponibilizado pela própria Katy em sua conta no SoundCloud, já está disponível para audição.

Vamos comentar música por música:

1 – Roar – Primeiro single da era, Katy começa o seu novo Álbum com uma música divertidíssima, tanto em letra, quando em ritmo e batida. Aqui ela canta “’Cause I am a champion and you’re gonna hear me roar”, e a ouviremos sendo campeã e rugir em alguns momentos de seu Álbum. Uma faixa muito boa em ouvir, merece um repeat com certeza nos players.

2 – Legendary Lovers – A temperatura cai nessa segunda faixa. Enquanto Roar começa com um ritmo mais agitado e animado, Legendary Lovers é uma baladinha com uma sonoridade ótima. Parece música tema de algum filme, com uma batida indiana muito bem aplicada na faixa enquanto Katy canta um pré-refrão bonitinho “Take me down to the river, underneath the blood orange sun. Save my name like a scripture, keep my heart beating like a drum”. Uma das melhores do Álbum.

3 – Birthday – Com o nome da música se chamando Birthday, logo imaginei que seria uma música animada sobre celebração, e é exatamente o que a faixa é. A canção não me causou interesse, talvez a mais fraca do Álbum. Não houve uma batida diferenciada, ou algo que chamasse a atenção, é apenas o mais do mesmo, certamente será pulada ou ignorada quando o CD estiver tocando.

4 – Walking On Air – Seguindo a mesma tendência de BirthdayWalking On Air começa animada, mas logo vai tomando um ritmo personalizado, se distanciando da faixa anterior e sendo uma música agradável e que certamente terá ótimos remixes.

5 – Unconditionally – A faixa já foi confirmada como próximo single da era Prism, e me lembrou muito Wide Awake, do CD anterior. A música é linda, a letra é linda, certamente terá um clipe lindo e poderá ser uma de suas melhores músicas. “I will love you unconditionally”, repete Katy enquanto amamos a música.

6 – Dark Horse (feat. Juicy J) – A música começa de uma forma que não me agradou muito bem, mas após chegar o refrão, ela se torna muito boa. A batida é ótima e acredito que se não tivesse os vocais de Juicy J seria melhor, não me agradou o featuring nessa música.

7 – This Is How We Do – Mais uma faixa divertida, assim como a letra despretensiosa e a batida bem molecona, me lembrou muito Last Friday Night  (T.G.I.F.), outra canção de seu CD anterior. This Is How We Do é boa, mas parece estar no Álbum para preencher, como se fosse pra estar no Álbum anterior, mas deixaram pra encaixar neste.

8 – International Smile – Geralmente curto quando músicas falam nomes de países ou cidades, em especial quando mencionam Brasil ou alguma cidade nossa. International Smile conta a trajetória de uma menina viajante, e em algum momento Katy fala: “From Tokyo , to Mexico, to Rio”, e é nítida as boas recordações que ela tem do show que ela realizou na cidade maravilhosa apenas pelo tom de sua voz. A faixa me agradou bastante, uma das melhores de Prism.

9 – Ghost – Mais uma baladinha. A faixa é muito boa e harmônica aos ouvidos, mas tendo Undconditionally apenas algumas casas antes, Ghost se perde no meio CD.

10 – Love Me – Seguindo a caminhada das baladinhas, Love Me é igual à Ghost. Possui uma letra bonitinha e um refrão mais poderoso do que anterior, mas também se encontra perdida no CD.

11 – This Moment – Saindo das baladas e se jogando na fase conceitual, This Moment se iguala a Walking on Air, possuindo uma batida bem única e um refrão muito bom e animador, é o tipo de música que você ouve quando está querendo se animar ou quer ter aquele momento seu, é ótima para se ouvir com amigos na praia.

12 – Double Rainbow – A canção é muitíssimo parecia com a anterior, só que menos animada. Double Rainbow me agradou mais do que This Moment. Tem aquela vibe de você estar ouvindo a música sozinho com fones de ouvindo e caminhando pela cidade sem se desconectar da música. É muito boa.

13 – By The Grace of God – Essa faixa é complicada, avaliando de dois ângulos diferentes ela é muito boa e muito ruim. Olhando pelo lado dela não estar na tracklist do Álbum Prism, ela é ótima, uma música que certamente estaria no repeat do meu Smartphone durante um bom tempo, uma letra linda com uma sonoridade calma e tranquila. Mas olhando pelo lado dela estar na tracklist do Álbum, é muito ruim, porque não se enquadra com as outras canções, assim, se enquadra com as outras baladas, mas By The Grace of God é lenta, as outras eram baladas sempre com uma batida não deixando as faixas virarem o que essa é. A música é incrível, mas apenas quando é ouvida separadamente.

14 – Spiritual – Começando as faixas que só se encontram na versão Deluxe, Spiritual faz jus a estar apenas na versão Deluxe. É uma canção comum, não que seja ruim, é apenas normal demais, porém boa em se ouvir e tem uma orquestra linda, não é o tipo de música enjoativa.

15 – It Takes Two – Trocaria essa faixa por BirthdayIt Takes Two se encaixa muito mais no Álbum Prism do que algumas músicas que se encontram na versão Standard. Assim como Spiritual, possui uma orquestra linda e é uma das minhas preferidas.

16 – Choose Your Battles – A canção encerra Prism de uma boa maneira. Choose Your Battles tem a sonoridade semelhante a It Takes Two, e com isso me agradou também. A faixa possui uns vocais secundários lindos, dando emoção final ao Álbum, só não curti o modo fade out que a música termina, mas tirando isso, a canção é um acerto em Prism.

Prism não chega a ser um Álbum fraco, mas também não é uma obra-prima. Apesar de conter músicas muito boas, o CD me decepciona em animação, em nos divertir. Parece que ela não quis se igualar a era Teenage Dream, na qual era brincalhona e jogava-se na animação, e quis criar algo mais cool, tentando ser mais conceitual e madura, por mais que às vezes escorrega entre canções conceituais e outras altamente semelhantes ao seu antecessor.

Falando em maturidade e conceitual, é algo que notamos uma hora ou outra em Prism, parece que o Álbum foi dividido em duas partes: uma em que Katy tenta ser levada a sério, com músicas mais interessantes melodicamente e outra em que Katy faz o que sempre fez, se divertir com muito barulho e muita festa. E no final, as duas partes se juntam e é formado o Prism.

O Álbum será lançado oficialmente na próxima terça-feira, dia 22. E certamente será um sucesso de vendas e nas paradas como Itunes e Billboard, pela quantidade de fãs que a cantora carrega ao redor do mundo.

Obs: Veja bem, o Prism não é um Álbum ruim, é muito bem produzido e contém boas músicas como RoarUnconditionallyInternational SmileThis Moment e It Takes Two, apenas não agradou tanto quanto achei que fosse agradar no conjunto como um todo.

Anderson Vidal

NAN