Crítica de Álbum: Rebecca Ferguson – ‘Freedom’
Anderson Vidal
Rebecca Ferguson é uma cantora inglesa, que se tornou vice-campeã da sétima temporada do programa The X Factor, em 2010. Em 2011 lançou seu primeiro disco, Heaven. E agora, em 2013, ela está lançando o seu segundo trabalho: Freedom.
Até o lançamento desde, eu não conhecia absolutamente nada sobre a carreira de Rebecca, então ouvi o Álbum completamente neutro, apenas apreciando um novo trabalho de uma nova artista. E me encantei.
De acordo com pesquisas que fiz, Rebecca admitiu ter influências de Aretha Franklin, Kings of Leon e Amy Winehouse, e seu primeiro Álbum foi trabalho nessas influências. E aqui, em Freedom, percebo que ela ainda carrega sua inspiração, o que é ótimo. Ela se inspira em grades artistas para se tornar uma, então nada mais justo do que manter o mesmo gênero do primeiro disco que foi tão bem aceito pela crítica e pelo público.
Música a música:
1 – I Hope – Com uma pegada Soul, Freedom inicia de uma forma magnífica com o primeiro single deste Álbum. I Hope possuía uma letra muito poderosa. O instrumental da música é simplesmente arrebatador, e as vozes de fundo ao tempo todo cantarolando “I Hope, I Hope…”, da uma sensação de ser algo do outro mundo.
2 – Fake Smile – Foi paixão a primeira ouvida. Não sei explicar. Apenas é a melhor música do Álbum. A letra de Fake Smile é de qualquer um se identificar, talvez a minha paixão possa ter começado por ai, juntando com o tom de voz aveludada de Rebecca e um saxofone incrivelmente bem aplicado, se transformou em uma das melhores faixas que ouvi neste ano. O que me agradou bastante também, é que Rebecca eleva o seu tom de voz para o agudo sem soar irritante ou falso, ela sobe na maior naturalidade e nos conquista.
3 – Bridges (feat. John Legend) – Na única música sem sua autoria, Ferguson divide o vocal com o incrível John Legend – que assina a composição da música. Bridges parece ser uma daquelas músicas que você ouve na rádio de madrugada, junto a outros clássicos. Funciona de forma 100% o vocal dos dois.
4 – My Best – Não é o seu melhor desde Álbum, mas My Best anima, é pra cima, com uma letra positiva e encorajadora. Possui arranjos bons e um coral bacana. Apenas. Não se destaca, mas também não cai no esquecimento.
5 – All That I’ve Got – Esta possui um instrumental levemente parecido com Fake Smile, mas se distancia em letra e mensagem. All That I’ve Got é mais otimista, tem um refrão belíssimo e assim como I Hope, possui segundas vozes em toda a música, fazendo ser gostosa de ouvir.
6 – Hanging On – “No Hanging on, no hanging on, no hanging on” gruda na mente. A música é ótima, apenas fraca em sua letra – Se for compare com o restante do Álbum. Mas anima, é divertida e o vocal de Rebecca absorve a gente.
7 – My Freedom – Aqui começa a sua liberdade para seja lá o que a esteja prendendo. Um relacionamento, talvez? Então “And I can do anything, anything, anything, anything I want” Rebecca deixa o recado. Como ela diz, se a pessoa vive com medo do passado e isso vá atrapalhar qualquer relação futura, é a hora de se libertar!
8 – Beautiful Design – Na letra mais romântica do Álbum, Rebecca nos apresenta um amor cheio de esperanças, cheio de promessas, com confiança e amor. Mais uma letra linda – e sobre o amor em construção. Diferentes das outras letras que tratavam sobre perda, desilusão ou qualquer outro motivo para se compor uma música triste desacreditado do amor. Beautiful Design é uma canção de amor que funciona.
9 – Wonderful World – Voltando as terras da esperança no amor, Wonderful World é mágica. O refrão é interessante. Diferentes das demais, que sempre elevam o tom neste momento, Wonderful World simplesmente abaixa o tom em seu refrão para se encaixar melhor com o encanto da letra. Música maravilhosa.
10 – We’ll be Fine – Rebecca reservando as músicas boas para o final. Prendendo-nos. We’ll be Fine é mais uma preciosidade deste trabalho. Aqui temos uma sonoridade que funcionaria muito bem nas rádios, por exemplo. Bastante comercial.
11 – I Choose You – Depois de Fake Smile, I Choose You é a minha preferida. A situação inverte na letra desta música. Diferente das outras que ela não estava contente ou queria se afastar, aqui ela encontrou o cara certo, mas não deu certo. Destaque para o tom calmo da música, que apensar de ser mais uma música triste, consegue trazer paz e nos prepara para o incrível final.
12 – Freedom – Finalizando a versão Standard do Álbum, Freedom termina com liberdade. A música narra essa liberdade, literalmente. “I am free, I am free. It’s the sound of peace”. Rebecca se libertando como se fosse um pássaro, cantando em como ela é livre, e terminando numa a capela lindíssima.
Freedom é um Álbum incrível, encantador, apaixonante. Com melodias lindas e tristes, que nos identificaremos em meio a uma dúzia de relacionamentos diferentes, tem algum que vai fazer você se identificar. E no final, teremos a nossa liberdade, seja ela com alguém ou não, podemos ter a nossa liberdade interior, momentânea ou completa.
Rebecca Ferguson me conquistou, apresentando um trabalho melhor do que muitos que foram lançados esse ano. Freedom merece um destaque pela sua qualidade, pela potencia vocal de uma cantora que prova que, apensar deste ser apenas seu segundo disco, ela é muito boa e pode ser grandiosa. E cabe a nós aproveitarmos.
COLOCO NO REPEAT: I Hope, Fake Smile, Bridges, Hanging On, Beautiful Design, Wonderful World, I Choose You e Freedom.
RETIRO DO PLAYLIST: My Best.
Freedom foi lançado oficialmente no dia 2 de Dezembro e conta com uma versão Deluxe com a música Rollin’ e as versões Live de I Hope, Fake Smile, All That I’ve Got e Freedom. Não tem nenhuma previsão de lançamento no Brasil, e acredito que não teremos este maravilhoso Álbum por aqui. Mas podemos encontrar sua copia pela internet, Itunes ou Amazon e desfrutar de uma ótima artista e de boa música. Torcendo por Freedom!