Crítica de Álbum | Selena Gomez – Revival

Anderson Vidal

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24 de outubro de 2015

Desde o final prematuro da era Stars Dance que eu venho aguardando um futuro lançamento de inéditas de Selena Gomez, foi com esse álbum que virei fã e passei a acompanhar o seu trabalho, com isso, passei o ouvido na discografia dela com The Scene, curtindo várias músicas.

E agora com Revival, eu fico muito feliz em poder ter acompanhado esse processo, e muitíssimo feliz com o resultado de um álbum maravilhoso. É claro que eu esperava uma vibe bem parecida com as canções de Stars Dance, um pop bem farofa que ela soube carregar muito bem no algum inteiro, mas desde o lançamento de The Heart Wants What It Wants eu já imaginava que ela seguiria um caminho diferente.

Revival fala sobre uma nova Selena Gomez, aquela que, por mais que ninguém saiba ou não acredite, passou por situações complicadas em sua vida nos últimos anos, desde o conturbado relacionamento com Justin Bieber até o cancelamento da turnê de Stars Dance por causa do lúpus. Revival fala do amadurecimento de uma cantora que saiu da gravadora e do mundo que pertencia a Disney e quer mostrar que ela pode e consegue mais, tanto nas músicas, quanto nos vocais, que cresceram absurdamente nesse novo projeto, ainda mais depois de ser bastante subestimada.

Esse é o seu ótimo renascimento.

1 – Revival – A faixa que dá nome ao álbum é uma das melhores desse trabalho. Selena canta sobre sua auto restauração, o momento em que ela pode parar e analisar o caminho em que ela quer seguir, o que quer fazer, onde quer chegar. E logo de inicio já percebemos a diferença vocal em comparação com os trabalhos anteriores. Sua voz está muito mais limpa, mais melodiosa, sem alterações.

2 – Kill ‘Em With Kindness – O assovio inicial já nos prepara para uma faixa super descontraída e dançante. Kill ‘Em With Kindness me ganhou ainda mais pela sua letra, que diz que o mundo pode ser um lugar desagradável, que ela sabe e que a gente também, só reforçando o quanto ela deve ter sofrido nos últimos anos, mas em vez dela reunir um exercito e atacar, ela prefere atacar com bondade. Um tapa em quem tem como lema o ‘olho por olho, dente por dente’.

3 – Hands To Myself – Ao meu ver, uma das mais fracas do álbum, porém, possui um refrão maravilhoso. Mas curto muito a voz da Selena mais sussurrada, mais grave.

4 – Same Old Love – Parece que narra um pouco do desgaste que foi o relacionamento com Justin Bieber, será? Same Old Love remete a uma canção antiga, assim como o Old Love que ela já não aguenta mais. Gosto muito da vibe da canção e não ficaria triste se ela seguisse essa caminho nos próximos trabalhos. Assista ao clipe

5 – Sober – Alguns fás dizem que essa canção também seria direcionada para o Justin. Mas independente disse, Selena canta sobre um homem que não sabe a amar quando está sóbrio. Quem nunca passou por isso? Quando nos dedicamos mais do que recebemos. E Sober se torna mais um tiro certeiro com bondade.

6 – Good For You (feat. A$AP Rocky) – O primeiro single do Revival se mostrou, pra mim, a mais fraca do álbum, é claro que isso não quer dizer ser ruim. Mas entre todas, Good For You é lembrada apenas por ser o primeiro single. Porém ela da um toque diferencial do álbum por se tratar de ser mais sexual, desde o ritmo mais melodicamente erótico até na letra, em que ela canta fazer de tudo para que ele fique com ela, em ser boa para ele.

7 – Camouflage – Uma das mais belas letras em Revival. Selena consegue por uma emoção tão grande no inicio da canção, que nos transportamos para a pele dela e sentimos tudo o que ela canta. Camouflage é uma das mais fortes e emotivas que chega a nos causar tristeza, de tão bonita que é.

8 – Me & The Rhythm – Levantando o ritmo do álbum, Me & The Rhythm funciona para mim para dançar, esquecer os problemas, assim como Selena canta, ‘não toque uma música sobre amor quando eu estiver dançando, eu não tenho que falar sobre nada’.

9 – Survivors – O refrão dessa música é muito bom! Tanto por sua letra quanto pelo ritmo aplicado, que mesmo em uma música não dançante, nos causa vontade de dançar, porque todos somos sobreviventes de uma selva.

10 – Body Heat – Puxando um pouco do ritmo latino, sua origem, Body Heat é o ponto alto para quem quer dançar e para quem sente saudades da era Stars Dance. Body Heat daria um ótimo single e um clipe bem trabalhado.

11 – Rise – Continuando com um pouco de ritmo latino, Rise fala sobre estima, sobre poder se levantar mesmo quando todos querem te derrubar, sobre sempre permanecer sorrindo e não se deixar abater. Uma mensagem linda, assim como Who Says.

12 – Me & My Girls – Finalizando a latinidade dentro de si, Selena nos entrega uma canção que poderia facilmente se encaixar em Stars Dance, e que também faz todo o sentido aqui. Agora ela não quer mais se importar com nada e nem com ninguém, só quer se divertir com as garotas, e que voltará para casa com quem ela veio. Me & My Girls é a mais forte do álbum, porém não a minha preferida. Funcionaria perfeitamente como single.

13 – Nobody – Eu lembro que quando o Revival lançou e a primeira vez que ouvi Nobody, o repeat ficou eterno. A canção é linda, tem uma letra forte, sincera, sensível, e para mim naquele momento era a melhor do Revival.

14 – Perfect – Até chegar Perfect. A dor da canção nela saber que p rapaz é apaixonado por outra que é perfeita, é muito palpável. Selena se entrega na canção e quando ela canta ‘Maybe I should be more like her’, da pra sentir a agonia dela realmente querendo ser igual aquela que é perfeita. Não há outro adjetivo alem de perfeita para a canção. A minha preferida.

15 – Outta My Hands (Loco) – Outra canção descontraída e gostosa de se ouvir, parece que entrou aqui para poder quebrar um pouco da tensão entre musicais sentimentais, e funcionou bem.

16 – Cologne – Finalizando esse ótimo álbum, Cologne nos dá um ar de esperança que alguma coisa boa acontecerá. Talvez por dessa vez ela está se sentindo segura e aquecida, como canta.

Revival não poderia ter sido melhor. Em alguns momentos eu prefiro o Stars Dance, mas só por achar que ela seguiria esse mesmo caminho, porém Revival possui musicais mais profundas, musicas que nos identificaremos ao longo de nossas vidas, e não com um intuito apenas de arrasar nas pistas de dança como foi o seu antecessor. Revival nos faz refletir, algum dos casos e amores e imperfeições narrados ao longo das 16 músicas, iremos nos agarrar em uma e dizer que foi feita pra gente.

music-selena-gomezA produção do álbum também evoluiu, tendo o dedo da Selena em todas as canções, resultando a refrãos ótimos. Todas as músicas tem aquele refrão que gruda, que nos faz voltar e ouvir novamente, nos faz cantarolar mesmo depois que a canção acaba.

Revival foi uma aposta certa que Selena Gomez fez em sua carreira, tanto que, sendo lançado no dia 9 de Outubro, o álbum já chegou em #1 na Hot 100 da Billbord, a parada de música mais importante dos EUA. Portanto, aproveite esse ótimo trabalho de uma cantora que só tende a crescer mais e mais.

Anderson Vidal

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