Crítica de Filme: 300: A Ascensão do Império

Bernardo Sardinha

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7 de março de 2014

O primeiro “300” foi bastante memorável. Tinha um roteiro mais ou menos, possuía uma fotografia excelente e tinha homens sarados para as meninas se distraírem enquanto os rapazes se divertiam com a pancadaria. Ou seja, era um filme divertido, o que garantiu um certo sucesso nas bilheterias. E vocês sabem o que significa sucesso nas bilheterias para a atual Hollywood, não sabem? SEQUÊNCIAS! E se não dá para fazer uma sequência, temos outras opções como prequel (argh), spin off´s (pff) e remakes(vade retro). Temos agora as também re-imaginações, que é basicamente um remake com mais liberdade.

Frank Miller ainda está terminando de escrever a próxima HQ – Xerxes, mas como Hollywood tem pressa… Compraram os direitos e voilá! Nasceu o sidequel 300: A Ascensão do Império.

300 A ASCENSÃO DO IMPÉRIO 2

O General Temistokles (à esquerda), responsável pela morte do pai de Xerxes

O novo filme, que estreia nesta sexta 07/03/2014, começa mostrando uma Grécia dividida que, mesmo diante da ameaça estrangeira, não consegue resolver suas diferenças para repelir os invasores. Para enfrentar a enorme frota dos Persas, o General Temistokles (Sullivan Stapleton), responsável pela morte do pai de Xerxes anos atrás, vai pedir ajuda aos espartanos. Sem o apoio deles, Temistokles é obrigado a enfrentar sozinho a frota esmagadora persa que está sob o comando da vingativa Artemisia (Eva Green).

Apesar de 300: A Ascensão do Império ter sido adaptado de uma HQ chamada Xerxes, que em tese deveria contar a história de como o personagem do Rodrigo Santoro se tornou o temido Deus-rei persa, quem rouba cena é a personagem de Eva Green, a almirante Artemisia. Eva Green, apesar de fazer aquilo que já vimos ela fazer em outros filmes como “Sombras da noite” e “Cassino Royale”, possui mais força na tela do que qualquer outro companheiro de cena. Linda, ela lidera, mata e seduz, tudo com muita inteligência, sendo responsável pela maioria das ações do filme. O mesmo não pode ser dito por Sullivan Stapleton, que interpreta Temistokles como um herói genérico de filmes de ação ou pior, de um video-game.

Eva Green se destaca muito mais que Rodrigo Santoro

Eva Green se destaca muito mais que Rodrigo Santoro

Aliás, é evidente a influência dos jogos eletrônicos na película, tanto no movimento de câmera, quanto no posicionamento dos planos, a ponto de, as vezes, eu jurar que estava vendo um mini game do God of War. São os jogos eletrônicos prestando um desfavor à sétima arte.

Com um roteiro mais ou menos, a história segue o esperado, sem reviravoltas dignas de mencionar e sem muitos acenos ao predecessor, o que é algo bom.

300 – A Ascensão do Império diverte, mas não possui diálogos e cenas memoráveis e a falta de um protagonista forte faz com que o filme fique na sombra do primeiro filme.

BEM NA FITA: Eva Green e ação bem coreografada.

QUEIMOU O FILME: Personagens fracos e sem graça. Sangue feito em animação gráfica. 3D fraco.

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FICHA TÉCNICA:

Nome: 300: A Ascensão do Império (300: Rise Of An Empire)
Gênero: Ação
Direção: Noam Murro
Roteiro: Kurt Johnstad, Zach Snyder
Elenco: Andrew Pleavin, Andrew Tiernan, Ashraf Barhom, Ben Turner, Callan Mulvey, Christopher Sciueref, Evan Green, George Georgiou, Jack O’Connell, Mark Killeen, Peter Ferdinando, Rodrigo Santoro, Steven Cree, Sullivan Stapleton, Trayan Milenov-Troy, Yigal Naor
Produção: Bernie Goldmann, Deborah Snyder, Gianni Nunnari, Mark Canton, Thomas Tull, Zack Snyder
Fotografia: Simon Duggan
Duração: 103 min.
Ano: 2013
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estreia: 07/03/2014 (Brasil)
Distribuidora: Warner Bros
Estúdio: Atmosphere Entertainment MM / Cruel & Unusual Films / Hollywood Gang Productions / Legendary Pictures / Warner Bros. Pictures
Classificação: 18 anos
Informação complementar: Baseado na obra de Frank Miller

Bernardo Sardinha

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