Crítica de Filme | 45 anos

Leandro Stenlånd

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29 de outubro de 2015

Terceiro e novo filme do diretor britânico Adrew Haigh, ”45 anos” percorre a história de uma casal juntos a quase meio século, do qual têm sua relação abalada quando um deles, mais especificadamente Geoff Mercer (Tom Courtenay) recebe a notícia de que seu antigo amor e ex-namorada é encontrada congelada no meio dos Alpes Suíços, isso tudo cinco dias antes da festa de comemoração que sua mulher Kate Mercer (Charlotte Rampling) havia organizado para os ditos quarenta e cinco anos que iriam se completar.

O triste fato acolhe Geoff em um desequilíbrio emocional, e planta no casal a semente da dúvida.

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E a disposição que o diretor escolhe para seguir seu filme é de um realismo somado a uma beleza em toda a simplicidade da construção deste (filme).

A passagem dos anos são seguidas por mensagens sobrepostas de uma contagem, e é somada à ótima química entre os atores e suas além de boas atuações, principalmente vinda de Charlotte Rampling, em seu possível melhor papel.

Não bastasse, estas características acompanham uma montagem que constrói um ritmo louvável, de um direção que aproveita e extrai beleza de planos comnus, mas de resultado estupendo, e assuntos de certa forma banais, como o dia a dia de um casal idoso que não possuem muitas atividades, mas instigando a curiosidade de seu progresso.

A escolha de um tom não ”obscuro”, triste ou melancólico, ajudou com que o longa não caísse numa mesmice de atos, ou fosse mais óbvio, na verdade, ele guarda sim surpresas, e não utiliza de clichês para criar sua obra.

”45 anos”, é um filme repleto de elogios.

Gênero: Drama
Direção: Andrew Haigh
Roteiro: Andrew Haigh
Elenco: Camille Ucan, Charlotte Rampling, David Sibley, Dolly Wells, Geraldine James, Hannah Chalmers, Kevin Matadeen, Max Rudd, Michelle Finch, Richard Cunningham, Sam Alexander, Tom Courtenay
Produção: Tristan Goligher
Fotografia: Lol Crawley
Montador: Jonathan Alberts
Duração: 93 min
 

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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