Crítica de Filme | A Entidade 2

Leandro Stenlånd

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3 de setembro de 2015

Com o intuito de assistir A Entidade 2 e gerar a crítica, basicamente fui ‘forçado’ a assistir o primeiro capítulo da franquia. A entidade possui uma característica que prezo muito: Possessões. Sejam elas no estilo do filme Invocação do Mal (Até hoje, ao meu ver, o melhor filme de possessão já criado) ou estilo Exorcista, que para muitos caiu num buraco sem fim, onde diversos fãs, hoje, nem o endeusam mais.

A sequência do filme de 2012 é leve e assusta bem menos que outros filmes do gênero. Apesar de muito aguardado por alguns cultuadores do estilo presente na película, a mesma simplesmente afunda no oceano no quesito aterrorizar. Não é qualquer um que consegue fazer um filme de terror atual ter aquela consistência onde há sim, aquele calafrio na espinha, onde a cena de alguém sozinho em um recinto, cause tamanho pânico sem precedentes.

O filme tem como foco as tais crianças (tanto as vivas quanto as mortas). Para quem se (não) se lembra, nos crimes, há sempre uma criança “sobrevivente”, que possui aquele olhar sombrio, pele angelical e que também causa um certo medo. É uma opção acertada do roteiro já que, ao mesmo tempo em que liga Sinister 2 com o primeiro filme, apresenta um fato novo em meio à literatura criada pela franquia.sinister1

O roteiro é bem mais que clichê, caindo em todas aquelas armadilhas sem tentativa de reinventar. O enredo não encontra um caminho digno e acaba não empolgando, assim como a tensão, facilmente dispersada (se é que ela existe em algum momento). Não é imperdível, porém, pelo menos, destaca-se entre os terríveis filmes de terror que andamos vemos por aí, como o reboot de Evil Dead que foi um sincero fracasso.

O Longa gera uma referência ao clássico Colheita Maldita (1984), adaptação cinematográfica do romance de Stephen King. A cena de abertura mostra o assassinato de três pessoas pelo fogo, no qual as vítimas estão pregadas em cruzes em meio a um milharal.

Sem mais delongas, A Entidade 2 não é um filme ruim,alias, está bem longe disso, mas é inferior ao original no quesito de dar medo e nos fazer dormir de luzes acesas por semanas. O longa abusa de clichês para aplicar seus sustos e num ano em que o gênero parece sofrer com a falta de grandes obras (Poltergeist então nem se fala), a obra dirigida por Ciaran Foy se garante apenas como uma opção e não uma obrigação para os amantes do cinema de terror.

FICHA TÉCNICA

 Gênero: Terror

Direção: Ciarán Foy
Roteiro: C. Robert Cargill, Scott Derrickson
Elenco: Caden M. Fritz, Dartanian Sloan, Delphine pontvieux, Jaden Klein, James Ransone, Jose Santiago, Laila Haley, Lea Coco, Lucas Jade Zumann, Nicholas King, Nicole Santini, Olivia Rainey, Robert Daniel Sloan, Shannyn Sossamon, Tate Ellington
Produção: Brian Kavanaugh-Jones, Jason Blum, Scott Derrickson
Fotografia: Amy Vincent
Montador: Ken Blackwell

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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