Crítica de Filme | Corações de Ferro

Leandro Stenlånd

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3 de fevereiro de 2015

Durante o final da Segunda Guerra Mundial, um grupo de cinco soldados americanos é encarregado de atacar os nazistas dentro da própria Alemanha. Apesar de estarem em quantidade inferior e terem poucas armas, eles são liderados pelo enfurecido Wardaddy (Brad Pitt), sargento que pretende levá-los à vitória, enquanto ensina o novato Norman (Logan Lerman) a lutar. Assim é  Corações de Ferro.

O longa é um trabalho que se justifica e tem seu máximo valor nas ótimas atuações que vemos em meio a um caos de cenas sangrentas que já vimos em diversos outros filmes do gênero. O longa que foi lançado lá fora há algum tempo atrás, rebaixou para o segundo lugar o filme que era esperado para ser o favorito nas bilheterias norte-americanas: “Garota exemplar”, com Ben Affleck, que obteve US$ 17,8 milhões inicialmente.

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– Abril de 1945 – . Enquanto os Aliados fazem sua incursão final na guerra pela Europa, um sargento do exército endurecido pela guerra chamado Wardaddy (Brad Pitt) é responsável pelo comando de um tanque Sherman e uma equipe com cinco homens em uma missão mortal atrás das linhas inimigas. Em menor número, com pouco armamento, e lidando com um soldado novato em seu esquadrão, Wardaddy e seus homens encaram inúmeras adversidades em suas tentativas heróicas de atacar o coração da Alemanha nazista.

Estudar a Segunda Guerra Mundial e seus filmes adaptados tem se tornado um marasmo ínfimo e infinito. Os anos passaram, e o objeto de pesquisa mudou a paixão pelos fatos que permaneceram aos amantes do formato e consequentemente decepções neste emaranhado de loucuras tentando explicar cada vez mais (ou menos) o que se passou naquele momento conturbado vieram à tona. Estranhamente, quase nenhum filme fala da primeira guerra mundial.

O diretor e produtor David Ayer teve a idéia de tentar misturar o gênero de guerra com a ação característica dos seus filmes policiais urbanos. Posso afirmar que em termos deu até certo, em outros momentos não. Tentando sair um pouco do gênero que o consagrou com este drama de guerra, o cineasta entrega um trabalho competente e digno de admiração, mas Corações de Ferro infelizmente não chega a ser uma obra primorosa.

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Cada análise é sistemática e por isso, e fácil ver o filme como uma história de como a guerra transforma homens em monstros. Mas ele é bem mais complicado do que isso. É inegável toda a pesquisa histórica por trás do filme. O retrato cinzento dos últimos dias da guerra é chocante. Os enforcamentos organizados contra os “traidores” (aqueles que se negavam a lutar no Volkssturm) e os suicídios coletivos retratam muito bem o desespero que tomou conta dos nazistas antes da queda final. Se filmes memoráveis de guerra ​​significam alguma coisa para o leitor, abra o livro em uma nova página e adicione Corações de Ferro à lista. É lá que ele pertence, pois é muito tocante a forma como tudo se encaixa.

Com muita habilidade e coração, Ayer captou perfeitamente os sentimentos enterrados de homens em combate. Logan Lerman que dá vida ao soldado novato que é jogado no meio de toda aquela brutalidade do combate, se destaca perfeitamente e – para o público ter com quem se identificar, claro! – o mesmo entrega um trabalho excepcional e lapidado, comprovando que é um dos melhores atores da atual geração e que não está para brincadeira.

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O religioso Bible (Shia Lebouf) também é uma amostra à parte, recriando a névoa da guerra com o fervor de uma oração enquanto seu pescoço passa a ser um alvo talvez.

A película atípica, não empolga tanto assim pela história, afinal, já estamos cansados de filmes de guerra com foco na segunda guerra, mas, resolve focar nas trincheiras sangrentas e convence público por suas atuações. Os personagens recebem uma entrega invejável de seus respectivos intérpretes.

BEM NA FITA: A atuação gloriosa de cada ator que fez deste filme que poderia ser mediano, se tornar um bom filme. 

QUEIMOU O FILME: O Roteiro não é tão bom e a mesmice não ajuda muito, mas os atores acabam salvando.

FICHA TÉCNICA:

Título original: Fury
Gênero: Ação
Direção: David Ayer
Roteiro: David Ayer
Elenco: Alicia von Rittberg, Anamaria Marinca, Brad Pitt, Brad William Henke, Christopher Maleki, Daniel Betts, Edin Gali, Jason Isaacs, Jim Parrack, Jon Bernthal, Kevin Strom, Kevin Vance, Laurence Spellman, Logan Lerman, Michael Peña, Scott Eastwood, Shia LaBeouf, Xavier Samuel
Produção: Bill Block, David Ayer, Ethan Smith, John Lesher
Fotografia: Roman Vasyanov
Montador: Dody Dorn
Trilha Sonora: Steven Price
Duração: 134 min.
Ano: 2014
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estreia: 05/02/2015 (Brasil)
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Columbia Pictures / Crave Films / Grisbi Productions, Le / Huayi Brothers Media / LStar Capital / QED International

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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