Crítica de Filme: Las Acacias

Stenlånd Leandro

Confira a nova crítica feita por Diego Cárcano, o colaborador argentino do BLAH CULTURAL.

PORTUGUÊS

Um caminhoneiro é encarregado de transportar madeira do Paraguai até Buenos Aires. Em uma das viagens, seu chefe lhe incumbe de levar uma mulher que busca trabalho na capital argentina. O que ninguém avisa ao caminhoneiro é que a estranha traz consigo sua filhinha, um bebê de apenas dois meses, e todos os incômodos que isso implica para um homem solitário como ele.

Apesar de já ter estreado há algum tempo e conquistado importantes prêmios (ganhador da Câmera de Ouro no Festival de Cannes e premiado no San Sebastián, Londres, Biarritz e Bratislava, entre outros), o filme passou totalmente despercebido no circuito comercial argentino. Mesmo sendo uma produção local, tremendamente intimista e sem nenhum ator renomado no elenco (não, Darín não atua), foi ignorada pelas grandes salas multinacionais. É uma vergonha, semelhante joia, só ter sido exibida em algum festival de cine-arte elitista.

Poucas vezes assisti um filme tão simples e complexo ao mesmo tempo. Uma valorosa aposta deste novo diretor  por contar uma pequena grande história bem concreta, linear e longe da arte-ensaio em que poderia ter caído. E assim vai: Apenas três personagens (mais que personagens) compõem o elenco principal de Las Acacias, que se passa quase todo dentro do caminhão. Porém, os personagens não estão sós. A rota é uma entidade viva a mais, que apresenta poucas paisagens belas, pelo contrário, bem pobres e hostis, embora seja um filme “de viagem”. Poucos diálogos. São os silêncios, as expressões faciais e atitudes corporais que falam. Pouco e nada sabemos dos protagonistas, mas podemos intuir como se os conhecêssemos a vida inteira. As ações, aparentemente triviais, no fundo evidenciam o conflito interior desses seres. Em suma, é difícil levar adiante um produção assim, mantendo o interesse durante 85 minutos de duração. Economia de recursos total e um brilhante resultado. Destaque para Pablo Giorgelli, que sem dúvida é uma  grande promessa do novo cinema nacional ( nota da tradutora: argentino).

Las Acacias não é para qualquer tipo de espectador. Quem está acostumado e gosta só da dinâmica do cinema comercial atual, os efeitos especiais digitais e a pretensiosa pós-produção, ficará tremendamente aborrecido e achará uma perda de tempo. Esta obra é para apreciar tranquilamente e se possível bebendo um bom chimarrão.

BEM NA FITA: As interpretações dos atores (incluindo o bebê) são muito naturais. As atitudes cotidianas são as mais difíceis de interpretar, sobretudo, em primeiro plano.

QUEIMOU O FILME: Em relação ao filme: nada! Apenas a má distribuição e difusão. Uma pena…

FICHA TÉCNICA: 
Nome: Las Acacias
Direção: Pablo Giogelli
Países: Argentina e Espanha
Ano: 2011
Duração: 85 min.
Gênero: Drama
Elenco: Germán de Silva (Rubén), Hebe Duarte (Jacinta), Nayra Calle Mamani (Anahí)
Roteiro: Pablo Giorgelli y Salvador Roselli
Produção: Ariel Rotter, Verónica Cura, Alex Zito y Pablo Giorgelli
Fotografia: Diego Poleri
Montagem: María Astrauskas.
Designer de Produção: Yamila Fontán.
Figurino: Violeta Gauvry y Laura Donari.
Distribuição: Festival Films. 
Classificação: Livre

blahculturallasacacias2fotodivulgação

ESPAÑOL

Un camionero se encarga de transportar madera desde Paraguay hasta Buenos Aires. En uno de sus viajes, su jefe le encarga llevar con él a una mujer, que busca trabajo en la capital argentina. Lo que nadie le avisa al hombre es que la mujer lleva consigo a su hijita, un bebé de unos meses de edad, con todas las molestias que esto implica para un solitario empedernido como él.

La película, a pesar de haberse ya estrenado hace un tiempo y cosechado importantes premios (ganadora de la Cámara de Oro en el último Festival de Cannes y premiada en San Sebastián, Londres, Biarritz y Bratislava entre otros), pasó totalmente desapercibida en el circuito de cine comercial argentino. Siendo un film local, tremendamente intimista y sin un solo actor de renombre (no, no actúa Darín) fué ignorada por las grandes salas multinacionales. Una vergüenza que semejante joya solo haya sido visible en algún festival de cine-arte elitista.

Pocas veces he asistido a un film tan simple y complejo a la vez; muy valorable apuesta de este nuevo director por contar una pequeña gran historia bien concreta, lineal, lejos  del arte-ensayo en el que podría haber caído. Y a eso voy: Solo tres personas (mas que personajes) componen el elenco principal, y casi toda la película están adentro de la cabina del camión. Pero no están solos, la ruta es una entidad viva más, que presenta poco paisaje bello, antes bien pobre y hostil, a pesar de ser una película “de viaje”. Pocas líneas de diálogo, son los silencios, los gestos faciales y actitudes corporales los que hablan. Poco y nada sabemos de los protagonistas, pero lo intuímos como si los conociésemos de toda la vida. Las acciones, totalmente triviales por fuera; es en el interior de estos seres que se libra el conflicto. Es sumamente difícil llevar adelante una producción así, manteniendo el interés durante los 85 minutos de duración. Economía de recursos total y un resultado brillante. A no perder de vista a Pablo Giorgelli, sin dudas una  gran promesa del nuevo cine nacional.

Las Acacias no es para cualquier tipo de espectador. Quien esté acostumbrado y guste solo  de la dinámica del cine comercial actual, los efectos visuales digitales y la postproducción pretenciosa, la encontrará tremendamente aburrida e intrascendente, una pérdida de tiempo. Esta obra es para apreciar tranquilo, y si es posible, cebándose unos buenos mates (Nota para el traductor: “bebendo cimarrao”).

LO BUENO: Las interpretaciones actorales (el bebé incluído). Muy naturales, sin ninguna afectación. Las actitudes cotidianas son las mas difíciles de plasmar, sobretodo en primeros planos.

LO MALO: De la película, nada. Solamente la mala distribución y difusión. Una pena.

Película: Las Acacias
Dirección: Pablo Giorgelli
Países: Argentina y España
Año: 2011
Duración: 85 min
Género: Drama
Interpretación: Germán de Silva (Rubén), Hebe Duarte (Jacinta), Nayra Calle Mamani (Anahí)
Guion: Pablo Giorgelli y Salvador Roselli
Producción: Ariel Rotter, Verónica Cura, Alex Zito y Pablo Giorgelli
Fotografía: Diego Poleri
Montaje: María Astrauskas
Diseño de producción: Yamila Fontán
Vestuario: Violeta Gauvry y Laura Donari
Distribuidora: Festival Films
Calificación por edades: Apta para todo público
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Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN