Crítica de Filme | Linda de Morrer

Gabriel Meira

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19 de agosto de 2015

Falar sobre comédias nacionais já se tornou extremamente repetitivo. Tirando a sinopse, poderíamos pegar as mesmas palavras com os mesmos argumentos, que serviria para praticamente todas. Seria surpreendente se Linda de Morrer se mantivesse fora disso, o que não acontece. A mesma fórmula, os mesmos estereótipo com os mesmos arquétipos. Mais uma vez subestimando o espectador brasileiro, o culpando por consumista de’’ besteirol’’, ao invés de alimentar a educação deste público.

 O longa conta a história de Paula (Glória Pires), uma cirurgiã plástica que testa em si mesma uma fórmula para combater a celulite e como consequência acaba morrendo. Ela consegue voltar a terra para tentar voltar como um espírito para tentar evitar que a fórmula chegue ao mercado.

Como sempre, idéias interessantes são misturadas em toda a receita que tem como título comedia nacional e se tornam filmes que a piada é o próprio filme. Piadas prontas, atuações exageradas com roteiro superficial está mais uma vez presente. O proposito da comédia na arte, e fazer criticas sociais, politicas e de qualquer cunho construtivo, se forma bem humorada, para que não afete os mais sensíveis de uma forma negativa. Não Somente no Brasil, como em todo o mundo a comedia em essência se perdeu. Porem o Brasil, mantém o foco de seu cinema, no besteirol-pastelão. Até mesmos estes, por vezes são necessários, mas fazer parte da grande parte das produções é alarmante.Linda-de-Morrer-Angelo-Paes-Leme-Glória-Pires-e-Antonia-Morais-Credito-Paprica-Fotografia_0-1Linda de Morrer carrega em seu nome o que já podemos esperar do filme, mesmo por pequenos momentos tentando construir uma critica a indústria farmacêutica, foram feitas de forma aleatória somente para dizer o estar fazendo, criando mais superficialidade ainda ao roteiro. Atrizes nacionais com o nível de Glória Pires poderiam estar fazendo dramaturgia nas maiores esferas do cinema. Mas se prendem a fazer apenas novelas, até quando estão na tela de cinema.

Mais uma vez vemos um zorra total dentro do cinema. Um filme igual aos outros , uma receita com um nome diferente para o mesmo produto. Que venham mais comedias , dramas filmes de qualquer gênero no nosso cinema. Mias que a essência do mesmo não se perca. Onde o espectador saia diferente de como entrou.


FICHA TÉCNICA
Gênero: Comédia
Direção: Cris D’amato
Roteiro: Carolina Castro, Marcelo Saback
Elenco: Ângelo Paes Leme, Antonia Morais, Emilio Dantas, Glória Pires, Pablo Sanábio, Priscila Marinho, Stella Miranda, Susana Vieira, Vivianne Pasmanter
Produção: Iafa Britz
Fotografia: Nonato Estrela
Montador: Eduardo Hartung
Trilha Sonora: Tatiana Noritomi

Gabriel Meira

Formado em cinema e apaixonado por todo tipo de arte, assiste de tudo, mas tem suas preferências pelos filmes que trabalham com o psicológico. Acredita na evolução do cinema nacional, assim como sua influência na educação.

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