Crítica de Filme: Minhocas

Danielle Meniche

O cinema de animação brasileiro está emergindo para a superfície, assim como as minhocas. Por falar nisso, Minhocas é o nome dessa aventura baseada em um curta-metragem homônio, vencedor de 11 prêmios no Brasil, incluindo Animamundi e Festival de Gramado.

O longa conta a história de Júnior, uma minhoca pré-adolescente e mimada, que tem todos os medos típicos com relação à aquilo que encontrará se um dia for a superfície. Será que servirá de isca de peixe? Ou quem sabe uma águia o sequestrará para leva-lo no almoço para seus filhos? Além disso…

Como todo pré-adolescente, ele procura de todas as maneiras impressionar os amigos, seja no minhocobol (jogo com um tatu-bola), ou aceitando os desafios impostos pelos minhocões do condomínio que roubam até suas tortas de terra.

382_1856-cabelo

Anderson Silva é Cabelo.

Justamente no momento em que ele realizava nova de chamar a atenção da turma, é acidentalmente levado ao mundo exterior onde terá que enfrentar os perigos da superfície e um vilão megalomaníaco, BigWig da Terra de Ninguém. É interessante. O objetivo do vilão é dominar todas as minhocas e construir um novo mundo onde os tatus-bola serão os manda-chuvas, se ele estivesse sob a superfície não passaria de um brinquedo para minhocobol.

Nessa jornada arriscada para retornar à seu lar, Junior aprenderá o poder da verdade, da auto-confiança e o significado da amizade. É um bom filme, traz valores importantes embutidos em suas cenas em stop-motion e será diversão na certa para pais e filhos.

Com relação a aspectos técnicos, assisti ao curta metragem e, com certeza, os recursos utilizados neste filme ajudaram a diminuir aquela pausa entre um frame e outro, típico das animações em stop-motion, porém, ainda dá para perceber sutilmente.

É muito divertido ouvir vozes conhecidas na pele de minhocas como Rita Lee, Anderson Silva, Daniel Boaventura e até uma ex-participante do “The Voice Brasil”, Jullie (Juliana Vasconcelos). O longa estreia dia 20 de dezembro nos cinemas.

E vocês, vão emergir até o cinema mais próximo?

BEM NA FITA: A diversão, os valores como amizade, solidariedade e questões de cidadania que o filme transmite.
QUEIMOU O FILME: Dá para perceber sutilmente a pausa entre um frame e outro, típico dos filmes em stop-motion.
[embedvideo id=”3ph7Tx8_ds8″ website=”youtube”]
Confiram o curta-metragem que deu origem ao filme:
[embedvideo id=”iQRK43GP1LI” website=”youtube”]
FICHA TÉCNICA:
Diretor: Arthur Nunes e Paolo Conti.
Elenco: Vozes de Daniel Boaventura, Rita Lee, Anderson Silva, Juliana Vasconcelos, Mica Rocha, Antonionni Tripoli e Isabela Fiorentino.
Produção: Arthur Nunes, Paolo Conti, Mayra Lucas e Paulo Boccato.
Roteiro: Marcos Bernstein, Melanie Dimantas, Thomas LaPierre e Romeu di Sessa.
Fotografia: Klaus Schlickmann e Philippe Arruda.
Duração: 82 min
Ano: 2013
País: Brasil
Estréia: 20 de dezembro

Danielle Meniche

Danielle Meniche Cruz nasceu em São Paulo em 27 de maio de 1983 e é formada em Propaganda e Marketing. Em outubro de 2011 lançou seu primeiro livro de crônicas, Palavras que Tocam o Coração (Clube de Autores), que reuniu textos publicados no Blog da Meniche. Publicou o conto O Guarda-Roupa em 2012. Em 2013 participou das antologias Livre para Voar (Andross Editora), Palavra é Arte (Cultura Editorial), Mulheres e Ponto (Litteris Editora) e O Tempo Não Apaga (Celeiro de Escritores). É colunista dos sites Blah Cultural, Arca Literária e Página Cultural, além de colaborar com outros portais. A literatura é seu propósito de vida. Este ano lançará o livro Breves Coisas da Vida pela Chiado Editora.
NAN