Crítica de Filme | Pequeno Dicionário Amoroso 2

Michelle Andrade

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23 de agosto de 2015

“O amor é o que move o mundo”. Essa é a frase de Glória Pires ao fazer o papel de Bel emPequeno Dicionário Amoroso 2”. Se você nunca pensou que em 4 letras poderia caber um dicionário inteiro, no filme você vai entender todo o alfabeto amoroso.

Depois de 18 anos, o longa “Pequeno Dicionário Amoroso”, trouxe sua continuação, porém, “visita alguns tipos de relações contemporâneas”. Ao ser lançado em 1997, o filme era a cara da época, com personagens que eram os “queridinhos” do Brasil nas novelas. Traziam em seu enredo, situações vividas pelo momento atual, da época. Ao pensar em dar continuidade e ver o que acontece com o casal da trama, Sandra Werneck não falhou, porque ela pode tornar ainda mais envolvente o clássico que tem a cara do Rio. E hoje, o tema do filme gira mais a favor do século XXI, que retrata muito bem os tempos modernos.

Um filme pequeno, de aproximadamente uma hora e quinze minutos, produzido por Cineluz e Globo Filmes; coproduzido por Tele Cine e Paramount; dirigido por Sandra Werneck (Cazuza – O Tempo Não Para), co-direção de Mauro Farias, em parceria com o roteirista Paulo Halm (Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo), e Rita Toledo, uma impecável trilha sonora de Chico Buarque. Desta vez, além dos atores principais Andrea Beltrão, no papel de Luiza, e Daniel Dantas, no papel de Gabriel, a diva Glória Pires, como Bel, conta com a participação no enredo de Fernanda Vasconcelos, Fernanda de Freitas, Marcello Airoldi, Miguel Arraes, Eduardo Moscovis e Renato Goés.1408205805_961082_1408207831_sumario_normalCom uma equipe estrondosa de atores bons, maduros e experientes, que não necessariamente precisam seguir à risca o roteiro, eles também conseguem definir o que é bom e ruim para a produção do filme. Mas para isso, é necessário contar com o apoio dos diretores e roteiristas que também são eficazes no que fazem, e por assim dizer, dão uma certa autonomia para os atores. Algo muito bom do filme é o elenco jovem que, baseado em toda a energia da geração e seus desejos, conseguem se misturar ao clássico da trama, que é a vida do casal mais maduro. Isso mostra o sensacional elenco de atores e direção. E por falar em bons atores, Glória Pires, como Bel, e Fernanda Vasconcellos, como Alice, como sempre, se destacam em seus papéis e dominam tanto as novelas, como os filmes em que atuam.

Mas, poderiam ter um pouquinho mais de atenção ao posicionar a figuração do filme, pra não termos que olhar pra mesma cara de figurantes toda hora. Parece até cena de detetive.

Com um plano de fundo impecável, o filme rodou todinho no Rio de Janeiro, nos cantos mais rústicos e naturais que a cidade maravilhosa tem a oferecer. Assim, conseguiram trazer ao fundo, todo o cenário que encanta os moradores e turistas da cidade. Muita harmonia, foi destacado também um fundo musical clássico. Desta forma, foi possível mostrar um pouquinho o que se passa na cidade, e também, um pouquinho da cultura sexual que ronda os cantos do Rio.

“Uma comédia romântica que mistura amor, humor e emoção, de forma criativa e elegante, com um final que pode surpreender.”

FICHA TÉCNICA

Gênero: Comédia
Direção: Mauro Farias, Sandra Werneck
Roteiro: Paulo Halm, Rita Toledo, Sandra Werneck
Elenco: Andréa Beltrão, Camila Amado, Daniel Dantas, Eduardo Moscovis, Fernanda Vasconcellos, Glória Pires, Marcello Airoldi, Mônica Torres, Renato Góes
Produção: Bianca Canedo, Elisa Tolomelli
Ano: 2014
País: Brasil
Cor: Colorido

Michelle Andrade

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