Crítica de Filme | Pixels

Leandro Stenlånd

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22 de julho de 2015

Quando entrei na sala de cinema para assistir a versão 3D do longa da Sony, Pixels, eu imaginei que veria um filme extremamente louco. Se a história é ou não louca? Devo dizer que sim, é! Mas um louco fascinante, divertido, engraçado. Pixels é uma comédia de ficção científica que conta a história de um ataque alienígena à Terra, em resposta a um vídeo de um campeonato de arcade lançado no espaço nos anos 80. A investida extraterrestre se dá por meio de jogos virtuais no mundo real. Cabe a Brenner (Adam Sandler), Ludlow (Josh Gad), Eddie (Peter Dinklage), Cooper (Kevin James) e Violet (Michelle Monaghan), os Arkaders, salvarem a Terra.

Assistir um filme 3D, utilizando aqueles óculos desconfortáveis, principalmente para mim que usa óculos de grau, tem que ser uma experiência válida. O filme cumpriu essa exigência. A direção de Chris Columbus (“Gremlins (1984)”, “Esqueceram de Mim (1990)”, “Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001)” entre outros) não trabalha em função do 3D, porém não se limita à sensação de profundidade como alguns longas atuais (Marvel, cof!). Brincadeiras à parte, a mistura dos elementos virtuais no mundo real, as cores, os movimentos, criam um ambiente visual muito bonito com o efeito 3D. Se existe algum preconceito quanto à atuação de Adam Sandler, deixe-o de lado. Não é digna de Oscar, como era de se esperar, mas funciona perfeitamente no enredo. Não é só Adam que tem um bom papel, mas todos os personagens na trama. Contudo, há de se destacar positivamente Josh Gad, que rendeu muitas risadas!

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Foi louvável a dedicação da Sony em colocar diversos elementos da cultura nerd dos anos 80 e 90 em seu filme. Star Wars, Smurfs, Gálaga, Joust, Space Invader, Centipede, Akanoid, Q*bert e Pacman. Alias, além do Pacman, apreciamos também Toru Iwatani (interpretado por Denis Akiyama), o criador do próprio monstrinho amarelo, e que rende uma cena hilária. Duck Hunt e Donkey Kong, dois clássicos da Nintendo, também aparecem no filme, o segundo com papel mais marcante que o primeiro, ambos cortesia da Nintendo. Não são apenas os games e seus personagens que trazem um sentimento nostálgico nos filhos das décadas de 80/início de 90. As gírias e as piadas usadas nos diálogos remetem ao passado de muitos adultos atuais, muito mais próximos da essência do termo “nerd” do que o significado popular que a palavra assumiu nos dias de hoje. Ainda assim, mesmo aqueles que não viveram em tal época não perdem a continuidade da história e muito menos suas tiradas. O filme é para todos.

O roteiro é previsível? Sim. Mas, sinceramente, quem liga quando se está divertindo? Alias, é essa a proposta da película: ser divertido, engraçado. E Pixels faz isso muito bem. Facilmente a melhor comédia e um dos melhores blockbusters do ano. Ótimo programa que vale o ingresso no cinema para você e sua família. A estreia do filme no Brasil acontece no dia 23 de Julho de 2015.

FICHA TÉCNICA:

Título Original: Pixels
Elenco: Adam Sandler, Kevin James, Michelle Monaghan, Peter Dinklage, Josh Gad, Matt Lintz
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Tim Herlihy, Timothy Dowling
Produção: Adam Sandler, Michael Barnathan, Chris Columbus, Allen Covert, Mark Radcliffe
Música: Henry Jackman
Edição: Peck Prior, Hughes Winborne
Idioma: Inglês
País: Estados Unidos
Gênero: Comédia/Ação/Ficção Científica
Duração: 1h 45min.

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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