Crítica de Filme: Tinker Bell – Fadas e Piratas
Anna Cecilia Fontoura
Tinker Bell – Fadas e Piratas é o quinto filme da bem-sucedida franquia Disney Fadas. O novo longa, que é a sequência de “O Segredo das Fadas” (2012), é da mesma diretora Peggy Holmes.
Bom, como é de costume, a qualidade da animação é perfeita. A fotografia encantadora envolve ainda mais com o poder do 3D… Destaque para o belíssimo Festival das Quatro Estações e toda a beleza da Primavera (que é a época do ano que se passa a história), sem contar, é claro, com o lindíssimo e já conhecido Refúgio das Fadas. A única ressalva é que o navio dos piratas não tem aspecto sujo e a Skull Rock não parece sombria. Mas, isso é perdoável já que não se trata de uma animação de terror, não é? Pelo contrário, nem seria cara da Disney, que sempre se propôs a levar às telonas a magia de poder sonhar… E realmente nesse objetivo o novo “Tinker Bell” é vitorioso!
Nos últimos quatro filmes Tinker Bell era conhecida por ser curiosa, questionadora e até transgressora, o que provocava normalmente a aventura em que se metia, mas no final aprendia sua lição. Dessa vez, Sininho é praticamente coadjuvante no início do longa, já que Zarina acaba roubando a cena. A animação começa focada em mostrar como a fadinha guardiã dos pozinhos se tornou uma capitã pirata. É interessante! Mas, foi necessário para isso mandar Tinker, nesse primeiro momento, para o segundo plano. Após a transformação moral de Zarina acontecer, aí sim vemos Tinker Bell novamente como protagonista. Mas,o foco não é exclusivamente em Sininho, ela compartilha a todo momento seu papel principal com um grupo de fadinhas. Elas lutam para salvar o Refúgio das Fadas, no melhor sentido da expressão, trabalhando em grupo. Fora que ainda precisam exercitar a adaptação quando Zarina troca o poder de todas elas…
Mesmo com Tinker Bell sofrendo mudanças significativas na sua personalidade (já que ela amadureceu, ao invés de fazer besteiras, ela soluciona a besteira alheia e ainda é capaz de demonstrar compaixão) e, por vezes, sendo coadjuvante em seu próprio filme, considero o roteiro muito bom. Ótimos valores são passados, é engraçado em seu desenrolar, e termina de forma bonita.
Quanto a trilha sonora, a música-tema “Who I Am”, que foi gravada em português pela brasileira Mayra Arduini (do College 11 que já está com a Disney há 2 anos), é muito boa! A jovem tem uma bela voz. Além disso, a qualidade da canção casa perfeitamente com a animação em si, afinal é uma versão da música em inglês feita para o filme. Mas, nem tudo são flores na trilha sonora do novo “Tinker Bell”. Confesso que ouvir os piratas (leia-se dubladores dos personagens) cantando uma música chatíssima em português foi irritante… Foi apenas uma cena, mas parecia que nunca mais acabaria… Como se não bastasse durante os créditos finais, é claro, essa faixa ainda volta…
Tinker Bell – Fadas e Piratas estreia amanhã (07/03) nas telonas brasileiras.
BEM NA FITA: Ah! É mais uma bela animação da Disney que traz o ecológico e encantador mundo das Fadas. Bom roteiro. Música-tema bonita…
QUEIMOU O FILME: A horrorosa canção dos piratas… Chata e com vozes piores! Tinker Bell ser coadjuvante em seu próprio filme pode ser levado para o negativo, além de sua repentina maturidade, mas na prática isso não prejudica o filme …
FICHA TÉCNICA:
Gênero: Animação
Direção: Peggy Holmes
Roteiro: Peggy Holmes
Elenco: Christina Hendricks, Mae Whitman, Tom Hiddleston
Produção: Jenni Magee-Cook, John Lasseter
Duração: 78 min.
Ano: 2014
País: Estados Unidos