Crítica de Série | The Flash (Episódio Piloto)

Praticamente  englobando toda a audiência do dia, não foi surpresa nenhuma testemunhar a gigantesca audiência de Flash no seu episódio de estreia. Ainda que o famoso vazamento do episódio tenha tido boas críticas pela audiência. A série conseguiu bater todas as possíveis audiências, até mesmo de Arrow, Agents of Shield e The Vampire Diaries. Não deu pra ninguém!.
Todos que tiveram interesse pela série, por conta da infância e juventude, deveriam saber que o Flash faz parte da vanguarda de heróis da DC Comics, sendo um dos mais importantes por inúmeros fatores. No desenho da liga da justiça era a parte cômica do desenho enquanto vale lembrar que é um dos que possuem mais de uma versão, já que em 1940, Jay Garrick foi apresentado aos quadrinhos como o estudante que inalou vapores de água pesada e, com isso, desenvolveu essa  super velocidade. Após 16 longos anos, Gardner Fox e Infantino trouxeram ao público o mais famoso Flash: Barry Allen. A Série focará completamente sua narrativa neste personagem

O piloto da série passa uma imagem clichê: um cara normal com uma perda familiar no passado vive normalmente quando, de repente, algum evento o transforma, lhe dando poderes e elevando seu status de assistente de detetive forense a super-herói. Com onze anos, Barry era o típico menino da escola que sofria bullying; coincidentemente (não me diga), ele corria o mais rápido que podia para fugir dos outros meninos.
Também foi aos onze anos que o menino ganhou sua cruz a carregar: o assassinato de sua mãe. (Sempre seguindo essa mesmice, em Krypton, tudo explode, e Superman fica orfão, para o Batman, um bandido mata seu pai, em Homem Aranha seu tio Ben). Bom, aqui a coisa é diferente, enquanto em Homem Aranha 3, o vilão foi passivamente inventado para ser o Homem Areia, aqui não foi um assassinato qualquer, vocês verão e entenderão. Seu pai foi injustamente culpado e punido pelo crime que não cometeu. Este é o único fardo (pelo menos até o momento) apresentado pelo personagem.

Então (claro) somos apresentados ao cotidiano do já adulto Barry Allen. Um inteligente, engraçado e um tanto desajustado assistente de detetive que tem o costume de esbarrar em pessoas na rua durante sua corrida para chegar ao trabalho (Isso me faz lembrar outros heróis em seu ‘comodato’ de alter ego) — ou em qualquer situação. Quando é assistido em sua profissão, a reafirmação de que que realmente ele sabe o que faz é bem útil. Barry convive diariamente com Iris, sua melhor amiga (e esposa nos quadrinhos!) e Joe West, detetive e pai da garota. A partir do momento que ele assumir sua dupla personalidade, outros personagens farão parte de seu dia-a-dia. Mas um detalhe importantíssimo foi ter visto o Gorila Grodd já de cara antes mesmo de Barry ganhar seus poderes.
O piloto de The Flash exibido pela CW de forma oficial em 07 de outubro possui diferenças substanciais em relação ao piloto que vazou no meio do ano. E não apenas da parte de pós produção e efeitos visuais (algo que é óbvio, já que o piloto que vazou estava inacabado). As diferenças estão praticamente na estrutura do piloto em si, que está melhor amarrado, contando melhor como os acontecimentos da série começam, assim aquele piloto estaria inacabado e por isso não foi necessário alterar toda sua história.

No piloto inacabado, os acontecimentos que mostravam a construção do herói The Flash aconteciam em uma velocidade que não dava muita margem para que o telespectador criasse uma empatia com o herói. Além disso, apesar do primeiro vilão da temporada ainda estar presente no piloto (e isso ser algo um tanto quanto apressado, prejudicou e muito o processo de construção do herói na trama), sua presença passa a ter mais lógica com o replanejamento do piloto, o que considera-se um grande acerto. Se a temporada manter esse plano (mesmo com grandes chances de ser a série do ‘vilão do dia’), acho que a série tem grandes chances de sucesso ao longo da primeira temporada.

Flash difere sim, de outras séries, porque faz exatamente o que mais pedimos quando algum estúdio decide dar reboot em alguma franquia conhecida, ela não reconta a origem como se estivéssemos vendo pela primeira vez aquele personagem. Muito se dá pelo fato de já ser conhecido o Barry da série Arrow, mas também pela inteligência de Geoff Johns, que além de ser atualmente o Manda-Chuva da DC na TV, já foi responsável pelas histórias do corredor escarlate nos quadrinhos, entre outros.Aguardemos até o final da primeira temporada para mais detalhes. Por enquanto, é uma boa série para assistir.