Crítica de Série | Continuum (2ª Temporada)

Stenlånd Leandro

Continuum foi uma série que me agradou por demais no primeiro ano, seguindo a premissa onde a trama acompanhava Kiera Cameron (Rachel Nichols), que foi transportada do ano 2077 para 2012 com o intuito de perseguir um grupo de terroristas que voltam no tempo para escapar de suas execuções. Para conseguir alcançá-los, Kiera se junta à polícia e recruta a ajuda de um jovem gênio da computação (Eric Knudsen), que, na verdade, era ninguém menos que seu marido no passado.

A verdade, é que essa segunda temporada de Continuum está sendo um completo dejá-vu da primeira, onde tudo é quase letal psicologicamente. A série é excelente, não enrola muito, mas o ritmo é “devagar, quase parando”, e infelizmente não há para onde correr. As coisas demoram tanto pra acontecer que a gente prevê o que vai ocorrer justamente por causa disso (uma pena né?). As duas grandes reviravoltas da temporada, estavam completamente óbvias. Betty e a menina que o Alec estava saindo estão trabalhando para os supostos vilões. Amigos, eu afirmo que a Betty é suspeita desde a primeira temporada, e essa garota ruiva que está saindo com Alec tinha a palavra “suspeita” escrita no corpo inteiro da mesma. Um cego veria de que lado ela está. Uma pena, porque realmente estava torcendo pros dois como casal. Alec é muito estiloso pra ficar forever alone.
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Uma surpresa que o roteiro me mostrou foi Kiera contando a verdade para Carlos tão cedo na temporada, afinal, ele já estava desconfiando de que algo anormal acontecia com a protagonista. Gosto demais da interação dos dois, muito mesmo, mas sinceramente, não consigo vê-los como casal (ainda). Aliás, estava pensando que os episódios em si seriam um completo filler e não traria muita coisa pra trama, mas estava enganado. Além de Kiera contar toda a verdade pra Carlos, finalmente conhecemos o Esher, que por enquanto, não mostrou a que veio (nos primeiros episódios da série).
Outro fato que me surpreendeu foi na revelação do pai de Alec. Gostei muito, foi uma informação nova e interessante. E já quero ver mais da interação entre os dois. Os dois trabalhando pra construir uma máquina do tempo vai ser muito bacana, principalmente se a mesma funcionar.
Um ponto alto dessa temporada têm sido a divisão ideológica da Liber8. É legal ver os vilões brigando entre si! Lembro bem do penúltimo episódio do desenho da Liga da Justiça Sem Limites, onde os ‘capangas’ de Lex Luthor se digladiavam contra os vilões do gorila Grodd. Claro que tais cenas sempre rendem ótimos embates, é meio que cada um querendo ser mais inescrupuloso que o outro. Mas confesso que sem Kagame, eles estão bem perdidos. Afinal, qual o objetivo deles? Incentivar uma revolução? Sinceramente, não sei informar.
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O que posso dizer é que Kiera Cameron é simplesmente boa naquilo que faz, entretanto a série precisa agora tomar um rumo mais rápido e dinâmico, pois pode cansar o telespectador como me cansou em certos momentos, uma vez que essa temporada tem focado muito em Kiera e na humanização da personagem (alias, é sempre assim, né?). E tem dado certo. Acompanhar um pouco mais do passado e da vida dela tem sido interessante. Muitos reclamavam que a personagem era muito robótica, não podem mais dizer isso, certo? Ela tem sim sentimentos, vimos isso diversas vezes já de cara nos primeiros episódios do segundo ano.
O fato é que Continuum ainda tem ”futuro” e pode melhorar com o tempo e é tudo que desejo.

Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN