Crítica de Série | Penny Dreadful (2ª Temporada)

Leandro Stenlånd

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19 de julho de 2015

Tramas com visual noir são sempre bem vindas. Enquanto descansava de algumas séries pelo seu season ter se esvaecido na famosa season-finale,  Penny Dreadful ressurgiu em seu segundo ano.

Não é nem será a primeira série que nos faz viajar numa viagem constante entre terror, suspense, investigação e fantasia. Temos Salem e Supernatural rolando por ai. Mas nada é tão belo e tão perene quanto o clima do seriado que é algo inteiramente especial. Um livro pode mudar a vida de uma pessoa, mas assistir Penny Dreadful, pode alterar sua percepção quanto ao que o terror pode proporcionar se for dinamicamente bem desenvolvido.

A segunda temporada começou de forma mais sombria e consequentemente mais densa. Os personagens são mostrados como são. enquanto na primeira temporada vimos mais ação. Como em aconteceu em Vikings, esta temporada focou em mostrar muito cada particularidade.

Pessoalmente, adoro séries de terror e que envolvem cenas de tensão, mas que venham a diferir do marasmo causado pelo rotor-caça-níquel eventualmente desenvolvido em Supernatural, que se iniciou de forma bem constante e assustadora e agora é mais comédia pastelão do que algo Supernatural e que cause algum amedronto. No inicio de Supernatural, a mesma mostrava um tom pesado, que hoje podemos sentir já em duas temporadas de Penny Dreadful, que é uma série pesada, no sentido de ter ambiente sombrio e cenas fortes (que nem todos aguentam).

103989.jpg-r_640_600-b_1_D6D6D6-f_jpg-q_x-xxyxxA formula criada para ser distinta, é onde mora a destacável produção impecável. É difícil não se maravilhar com os cenários, fotografia e a ambientação da série que consegue modernizar os mitos de monstros clássicos ao mesmo tempo em que resgata o clima dos antigos filmes de horror. O roteiro de John Logan também merece destaque por conseguir equilibrar em cena tantos personagens e seus backgrounds.

A base narrativa e técnica é um primor, e como outras séries por ai se destacando pela sua linda produção (especificamente séries da HBO e Netflix), podemos dizer que por ter um pezinho na HBO, o seriado tem seu pilar montado no sistema financeiro que investe cada dia mais em melhorar tudo para proporcionar ao espectador, algo que no mínimo tenha uma qualidade razoavelmente razoável. Eva Green carrega a narrativa, Eva Green carrega toda a temporada, assim como no primeiro ano também carregou. Não que Josh Hartnett não possua uma boa atuação, mas é que, depois de Xeque Mate, o que mais ele fez que teve um papel bom senão em Dália Negra? Há aquele visual noir de Dália Negra, todo um suspense policial macabro, que incita a assistir até o fim.

Penny Dreadful se torna uma linda paixão que te leva ao mundo do terror e suspense da forma mais cativante possível.

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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