Crítica de Série: Witches of East End

Anderson Vidal

Olá queridos leitores do BLAH CULTURAL, eu estou a bastante tempo querendo escrever sobre essa série, porém todas as outras séries que acompanho não permitiram, mas agora estamos aqui e vamos falar sobre Witches of Eart End, novo show de fantasia do Canal Lifetime.

Até agora saíram três episódios, e como estou em dívida, assisti todos e comentarei sobre eles aqui.

Pra começar: 1×01 – Pilot

A história conta a vida de Joanne Beuchamp (Julia Ormond), uma bruxa com muitos anos de vida e esconde esse segredo de suas duas filhas, Ingrid (Rachel Boston) e Freya (a linda Jenna Dewan-Tatum), devido a uma maldição que carrega consigo. Toda a família possui uma maldição, e a de Joanne é ver suas filhas serem mortas por usar a bruxaria, nascer e morrer novamente – uma maldição muito tensa e cruel. E com isso, nessa vida, ela decide que não vai deixar mais isso acontecer, não conta para a suas filhas que são bruxas e vai levando a vida da melhor maneira possível.

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Eis então, que Freya está noiva e tem um sonho com um homem estranho, compartilha desse sonho com a irmã Ingrid, que é a racional e não acredita nessas coisas, apensar de estudar historicamente sobre bruxaria, e ignora a irmã. A partir dai a trama começa.

Na festa de noivado de Freya coisas acontecem e o rapaz de seu sonho aparece, deixando-a confusa. E o rapaz, Killian (Daniel DiTomasso) nada mais é que o irmão de seu noivo Dash (Eric Winter), despertando em Freya um sentimento estranho.

Paralelamente a isso, um metamorfo que utiliza a aparência de Joanne está causando assassinatos na cidade e usa feitiços para retirar um homem, o ex-namorado de Freya, de dentro de um quadro. O rapaz atormentava Freya em alguma de suas vidas passadas e ela o trancou dentro do quadro. Agora com o homem livre, o metamorfo quer que ele a mate, para se vingar.

Daí, Wendy (Mädchen Amick), a irmã que Joanne não falava há décadas – e que vira um lindo gato preto com 9 vidas – aparece, a prevenindo que forças do mal colocam em risco a sua família. E uma dessas forças, que foi libertada pelo metamorfo, vai atrás de Freya. Fazendo-a pagar pela mesma moeda, o ex-namorado a joga dentro de um quadro com o objetivo de mata-la, uma vez que elas são imortais, então dentro do quadro que seria um “outro mundo”, ela seria mortal.

O episódio piloto apresentou muitos pontos positivos e negativos, alguns eu sinceramente espero que com o passar dos episódios vá melhorando, como a edição – que me atrapalhou demais. Neste primeiro episódio houve cortes muito brutos de uma cena para a outra, tornando o entendimento muito confuso. Em determinados momentos, nos sentimos perdidos com o terminar de uma cena e depois, do nada, a cena seguinte já é outro dia, meio doido.

Junto com a edição apressada, houve outra pressa em nos apresentar os personagens, no início não ficou claro para mim que elas não sabiam se eram ou não bruxas, isso só foi “revelado” na segunda metade do episódio – que foi a metade melhor e mais tranquila. Jogaram mil histórias pra cimas das personagens e pra cima do espectador, que em momentos eu me senti perdido de tamanha a informação. Dessa primeira metade do episódio houve muita correria, inúmeras descobertas e tudo muito enlouquecedor.

Já a segunda metade, as coisas começaram a se endireitar, conseguimos apreciar a trama muito melhor, nos fazendo até ficar aflitos com o que estava rolando na tela.

Witches of Eart End teve um episódio piloto muito misterioso, intrigante e nos apresentou ótimos personagens. Gostei muito da Ingrid, o carisma da atriz fez com que ela se destacasse entre as outras. Joanna também me agradou muito. Foi bastante convincente em tudo que nos passou. Já Freya não me agradou tanto assim, apesar de gostar muito da atriz, isso não foi o suficiente para Freya me conquistar, achei a menina muito perdida, muito confusa. Mas eu entendo que isso pode ser da personalidade dela. E a tia Wendy é um charme de pessoa, curti ele e espero que a série aproveite muito bem a personagem.

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Agora o noivo de Freya, Dash, achei ele muito estranho. Esse amor todo que ele tem pela jovem é bastante suspeito, não confiei nele. E o seu irmão, Killian é outro misterioso, porém me conquistou mais – e é mais bonito também.

A história nesse Piloto, como um todo, foi muito bem amarrada, apesar da correria inicial. No final do episodio, conseguimos respirar e ligar todos os pontos que foram apresentados e perceber que a série tem um futuro imenso – isso se os roteiristas souberem trabalhar nessa história. Foram abertos vários leques que podem render muita coisa interessante. E o roteiro é simples, mas interessante, às vezes meio bobo, por ser uma série teen, mas não tem um roteiro vazio e cheio de furos.

O vilão da trama também é um grande destaque. Quem é? É claro que já não teríamos essa resposta tão rapidamente, mas sabemos que é alguém se passando por Joanna para incriminá-la, e todas as cenas que mostraram com a Joanna má foram muito boas e curiosas, e a mesma vilã que “mata” a adorável Wendy.

Destaque para a bruxaria em si, ao longo do episodio tivemos alguma coisa revelada, como as “palavras mágicas”, os feitiços, me convenceu bastante. E Joanna e Wendy utilizando as cartas foi outra cena muito bem feita.

1×02 – Millicent Fenwick, R.I.P.

O episódio apresenta melhoras técnicas comparadas ao primeiro. Como a edição. Por ser um episódio que trás as consequências de seu primeiro, o ritmo deste é muito mais tranquilo, sem aquela pressa que mencionei lá em cima.

Tudo aqui flui com mais calma, até no desenrolar da história, com Freya presa no quadro e Ingrid que, após a prisão de sua mãe no episódio anterior, fica perdida tendo que encarar a verdade que é uma bruxa e ter que salvar a irmã, sozinha.

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Ao encontrar o baú que sua mãe lhe orientou, com toda a verdade ali dentro, ela utiliza o livro de feitiços para achar algo que possa salvar Freya, e então, encontra o feitiço da ressurreição, e tem a “brilhante” ideia de trazer Wendy de volta à vida, mas sem saber que a tia é um gato e possui 9 vidas e que voltaria a existência após algumas horas, ela usa o feitiço, fazendo então a tia voltar antes da hora, e com isso, mudando o equilíbrio. E como já temos a consciência de que toda magia vem com um preço, uma vida foi trazida de volta, outra vida terá que partir. E isso faz com que Ingrid fique com medo durante todo o episódio.

E percebemos que Freya será aquela personagem que sempre trará problemas e terá que ser salva. Isso não me agradou, gostaria que a série focasse mais na união, que as fizessem fortes, mas está sendo teen demais.

Apesar disso, Millicent Fenwick foi muito mais consistente que o Piloto, amarrando mais a personalidade das personagens, mostrando que elas possuem medo com tudo o que foi revelado, obviamente. Voltando a amarrar as pontas e sendo um ótimo segundo episódio. E gostaria de vê-las preparadas, ajudaria a Joanne a enfrentar o que estiver pela frente, mas veremos como isso será apresentado.

É evidente que ainda precisa crescer e melhorar muito, a edição só ficou melhor em comparação ao primeiro episódio, mas não está perfeita. A qualidade da série precisa ser melhorada também, tem muitas coisas que soam de forma muito bobas ainda. Mas se seguir esse mesmo caminho, aposto que Witches of Eart End terá um bom futuro.

1×03 – Today I Am a Witch

Today I Am a Witch não foi melhor e nem pior que o seu antecessor. Manteve a mesma linha, em tudo. Em termos de qualidade, de edição, da história e de ritmo.

Gostei muito que Wendy começou a ensinar magia para Freya e Ingrid, como comentei anteriormente, a melhor maneira delas enfrentarem tudo é serem fortes e ficarem unidas. Portanto, desaprovei quando Joanne não quis que as meninas encarassem tudo isso, mentindo, mais suma vez, para as filhas.

É incrível como algumas séries, falando em geral, não especificamente sobre Witches of East End, enrolam antes de irem para o óbvio, isso torna alguns episódios chatos e cansativos, talvez até inúteis, sem contar o lenga lenga que vai se arrastando. Mas felizmente aqui isso durou apenas alguns minutos, e no final do episódio, quando Joanne viu que as forças do mal é realmente poderosa, concordou em ensinar as meninas.

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Gostei muito do flashback utilizado nesse episódio. Foi bacana saber que Joanne, que hoje em dia é tão boa e santa, não foi sempre assim, portanto a lista de inimigos é imensa e carregar anos e mais anos de maldade. As três histórias contadas foram muito legais e gostaria que Witches of Eart End recorresse mais a isso.

Freya continua não me agradando, ela parece ser aquela menina boba, mimada que se revolta quando as coisas não acontecem do jeito que ela quer, e isso é chato. Espanta-me que ela ainda não tenha contato para alguém sobre ser bruxa, e acredito que ela fará isso em breve, e sofrerá as consequências, porque tanto Dash quanto Killian certamente tem algum pezinho na bruxaria. Killian em alguns momentos acho que ele é uma espécie de protetor da Freya, mas ainda não confio nele.

A história dos irmãos Dash e Killian me intrigou, e me lembrou bastante a de Stefan e Damon de The Vampire Diaries, certamente o desenrolar poderá ser o mesmo, uma vez que The Vampire Diaries e Witches of East End são adaptações de livros.

Ingrid me decepcionou nesse episódio. Se mostrando sempre tão racional e inteligente, eis que ela tenta fazer um feitiço próprio, sabendo que é bruxa há apenas alguns dias. Esperaria uma atitude assim de Freya, mas como a bruxa encontra-se com medo do feitiço da ressurreição, acho que até eu teria feito algo parecido.

No final foi revelado quem é o metamorfo, mas ainda não sabemos quem realmente é, só sabemos que é um homem careca com alguma deficiência pelo rosto, mas não sabemos seu nome, ou o que ele é, e o que Joanne fez contra ele. Mas espero que elas se preparem para isso, já que Joanne deu carta verde para elas treinarem, quero que isso seja realmente trabalhado.

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Continuarei acompanhando Witches of East End, apesar de ser muito teen, mas tenho fé que a série vá melhorar, em termos de qualidade e história, e se tornar um bom potencial. Tem conteúdo pra isso, espero que eles saibam usar o feitiço corretamente.

Em termos de audiência a série está indo bem, a Serie Premiere obteve 1.93 milhões, ocupando a segunda posição no domingo. O segundo episódio se manteve com os 1.93 milhões, também ocupando a segunda posição. E o terceiro episódio teve uma pequena queda, 1.69 milhões, ficando na quarta posição.

Vale lembrar que o Canal Lifetime é a cabo, portanto, a audiência que a primeira vista parece ser baixa comparada a outras séries, é uma boa audiência em canais a cabo. Ainda não se tem notícias sobre renovação ou cancelamento, mas pela audiência, sugiro que a segunda temporada encontra-se garantida para Witches of East End.

Anderson Vidal

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