CRITICA | ‘Orange is the New Black’ continua cômica e aponta graves falhas do sistema penitenciário em sua 5ª temporada

Everton

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30 de junho de 2017

O presídio feminino de Litchfield continua como palco principal da quinta temporada da série que retrata o cotidiano das prisioneiras em Orange is the New Black.

A quinta temporada de Orange is the New Black continua exatamente de onde termina a quarta temporada, onde Daya está com a arma apontada para a cabeça do oficial ‘Trepada’ e ambos estão encurralados por diversas detentas. A decisão de Daya gera o estopim para uma rebelião na prisão e esse fato precede na trama dessa continuação. O foco dos personagens continua bem variado e apesar das temporadas anteriores retratarem Piper e Red como principais protagonistas. Nessa temporada, os holofotes estão bem divididos e voltados principalmente para os problemas e falhas do sistema penitenciário de Litchfield. Ainda assim, a série continua com toda a sua pegada cômica e hilária, e continua reforçada com personagens cativantes, tais como Suzanne e Taystee.

O roteiro mantém as sessões de flashbacks que auxiliam a explicação do passado de algumas das personagens, embora alguns flashbacks não tenham se mostrado tão necessários, fazendo com que, à medida em que a série avança, alguns desses personagens acabem perdendo sua relevância nos momentos derradeiros. Isso acaba deixando uma questão no ar: 13 episódios são realmente necessários? Um bom exemplo é o caso da personagem Alison Abdullah, que até se mostra bastante presente na série, mas que, na tentativa de expor um lado religioso das detentas, acabou sendo mal explorada.

Mas deixando de lado a parte cômica, a dramatização da quinta temporada veio com um ótimo tom e, mesmo em meio as maluquices hilárias e bizarras, a mensagem por de trás da trama é explícita. A série converge entre a comédia e o drama e expõe problemas que vão além de detentas que estão pagando por seus crimes contra a sociedade, mas demonstra que essas mulheres são seres humanos antes de qualquer sentença. De fato, esse é um tema que divide muitas opiniões. Há quem discorde deste ponto de vista por se tratarem de criminosas, ainda assim, as críticas embutidas à série expõem tanto a corrupção quanto a busca por lucro por parte das pessoas que deviriam prover os itens de necessidade básica para sobrevivência e recuperação dessas pessoas no sistema prisional.

Esses problemas que apontei não atrapalharão a sua diversão, pois Orange is the New Black continua numa levada muito interessante e merece estar na sua lista de recomendações da Netflix. São 13 episódios que o farão rir e refletir sobre problemas que precisam ser levados a sério, mesmo que contados de uma forma voltada apenas ao entretenimento. Também vale lembrar que a Netflix renovou a série para mais duas temporadas.

Aprecie sem moderação.

TRAILER:

FICHA TÉCNICA:

Ano: 2017

País: EUA

Criador: Jenji Kohan

Diretores: Andrew McCarthy, Constantine Makris, Phil Abraham, Nick Sandow, Phil Abraham, Andrew McCarthy, Uta Briesewitz , Michael Trim, Erin Feeley, Laura Prepon , Wendey Stanzler, Mark A. Burley, Jesse Peretz.

Elenco: Taylor Schilling como Piper Chapman, Laura Prepon como Alex Vause, Kate Mulgrew como Galina “Red” Reznikov, Uzo Aduba como Suzanne “Olhos Loucos” Warren, Danielle Brooks como Tasha “Taystee” Jefferson, Natasha Lyonne como Nicky Nichols, Taryn Manning como Tiffany “Pennsatucky” Doggett, Selenis Leyva como Gloria Mendoza, Adrienne C. Moore como Cindy “Black Cindy” Hayes, Dascha Polanco como Dayanara “Daya” Diaz, Yael Stone como Lorna Morello, Lea DeLaria como Carrie “Big Boo” Black, Elizabeth Rodriguez como Aleida Diaz, Nick Sandow como Joe Caputo, Jackie Cruz como Marisol “Flaca” Gonzales, Jessica Pimentel como Maria Ruiz.

Everton

Paulista, jornalista em desenvolvimento, amante do mundo geek, co-fundador e editor-chefe do Ultraverso. Busco sempre o melhor em tudo o que me proponho a fazer.
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