REVIEW | Em sua versão mais caprichada, ‘UFC 3’ é diversão garantida!

Wilson Spiler

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24 de março de 2018

Dominante na área de esportes, a EA Sports é responsável por jogos memoráveis como “FIFA”, “Madden NFL”, “NBA Live” e “NHL”, que nos deixam esperando todos os anos por novas versões ainda mais espetaculares (para quem é amante do gênero, é claro). Não é diferente com o UFC. E podemos dizer que a empresa caprichou na edição 2018 do game de luta. Sem dúvidas, UFC 3 é o que todo fã do MMA esperava. Até quem não é muito conhecedor das regras ou grande adepto do esporte vai se divertir muitas horas, seja jogando no modo Carreira ou Ultimate Team, ou com amigos, em bons duelos com sangue jorrando por todos os lados.

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Embora as duas primeiras edições tenham sido bacaninhas, elas não foram tão bem recebidas pela crítica e pelos fãs. Com isso, a EA não poderia mais desperdiçar esse nicho tão grande e se esforçou muito para fazer de UFC 3 o jogo de luta mais revolucionário do planeta. Usar Conor McGregor como capa do game foi uma bela jogada de marketing, já que é considerado, por muitos, o melhor da atualidade, além, é claro, de conseguir render boas polêmicas com suas declarações provocativas (fato já destacado logo na introdução). Mas vamos ao que interessa: os quesitos.

GRÁFICOS

Bom, em termos de gráficos, UFC 3 é de encher os olhos. Jogamos a versão para PS4 e é impressionante o realismo dos jogos. Em vários momentos, a animação parece real, com os bonecos dando a sensação de serem os próprios lutadores. A movimentação – que já é destaque em vários jogos da EA Sports – é fantástica também. Os jabs, a reação do boneco ao sentir dor, tudo é realmente muito perfeito. Esse jogo é também um prato cheio para os amantes da violência. O sangue jorra à vontade no octógono. Seria um pecado também com tantos socos e pontapés termos um game voltado para crianças. Apesar disso, a classificação é 14 anos. Obviamente, não estamos falando aqui de um “Mortal Kombat”, né? Menos, menos.

JOGABILIDADE

Esse talvez seja o quesito que mais me desagradou. Não em relação a quantidade de golpes, mas à resposta dos comandos. Muitas vezes, enquanto apertava algum determinado botão, o lutador demorava um pouco a obedecer, o que nesse meio tempo poderia ser fatal para o resultado da luta. Isso foi algo que me irritou bastante. A quantidade de golpes e combos é interessante, mas muitas veze eles também não entravam e alguns são bem difíceis de encaixar durante os combates, o que acaba deixando as disputas, por diversas vezes, bem simples, com os mesmos sopapos de sempre.

DIFICULDADE

Não sei se eu sou ruim nisso ou se achei UFC 3 difícil para caramba. Mas consultando alguns amigos que também tiveram contato com o jogo, eles concordaram com a minha análise. Rapaz, em alguns momentos, a vontade é de entrar no game e dar um soco de verdade na cara do indivíduo. Como não dá, joguei meu controle diversas vezes na parede. Mentira. A crise está aí e não sou louco de desperdiçar meu dinheiro fora. Mas que estive por um triz, ah… Além de você ter que controlar muito o seu vigor, tome bastante cuidado para evitar que seu maldito lutador quebre a perna. Quantas vezes não pedi paz no meu coração nessas vezes… no modo Ultimate Team, que vou comentar mais para frente, por exemplo, quanto muda de nível, a diferença é gritante. Você começa a perder desesperadamente. No modo Carreira, ao pegar seu rival, é quase impossível ganhar do infeliz. #ÓdioDefine

SOM

No quesito trilha sonora, é aquela coisa de sempre, com o Hip Hop e o Rap se destacando no geral, afinal, são os ritmos preferidos dos competidos do MMA. Mas há espaço também para um bom Rock e Pop. Você pode escolher as músicas que quer ouvir, fato já bem frequente em jogos da EA, o que é bem agradável. Já em referência ao som, nada muito a declarar. A captação de áudio das pancadas é bem-feita, com os golpes sendo bem desferidos – e sentidos – no âmago do nosso coração. A parte mais legal vem da torcida. Quem é brasileiro vai logo se identificar com gritos como “O campeão voltou!” e “Uh, vai morrer!” (Huahuahuahuahuahuaha!). Ah, o Brasil… Aqui, não há espaço para dublagem ou legendagem durante as lutas, o que é ruim para quem não entende inglês. No entanto, durante o game, todos os diálogos têm legenda, não se preocupe.

MODOS DE JOGO

No UFC 3, há dois modos de jogo que valem comentários: Carreira e Ultimate Team. Em ambos, a diversão é garantida, mas de forma completamente diferente. O bacana é que em ambos você pode montar o seu bonequinho, inclusive escolhendo tatuagem, corte de cabelo e outras coisas mais. O modo Carreira, é de longe o que recebeu mais melhorias nesta versão. Diversas animações trazem um elemento a mais ao jogo, além de valorizarem o seu personagem como um astro fora do octógono.  A história é basicamente um lutador de MMA em uma empresa regional que impressiona os oficiais do UFC e recebe uma chance de lutar por lá. O seu objetivo é “apenas” ser o melhor de todos os tempos. Ele permite que o jogador controle um lutador existente ou então crie um novo em busca de se tornarem o maior de todos os tempos. Agora é possível moldar a personalidade de seu personagem. Ou seja, é possível criar um atleta que não se envolve com polêmicas e preza pela harmonia, ou criar um verdadeiro pupilo de Sonnen e McGregor, se tornando uma metralhadora de provocações para promover as suas lutas.

No modo Carreira, você escolhe um adversário e tem de três a quatro semanas para se preparar para o combate, com cerca de 100 pontos para gastar por semana com treinos para melhorar seus atributos, pequenas lutas com algum objetivo específico onde você ganha algumas habilidades e golpes novos, uma pequena simulação de luta que dura 1 minuto com seu colega de academia na qual ele imitará o seu adversário e, ao final do tempo, você receberá uma dica para derrotá-lo ou promover combates, aumentando a sua popularidade e a expectativa da luta, através de uma espécie de Twitter. É muito legal!

Já no modo Ultimate Team, você monta o seu time para encarar uma série de desafios e campeonatos. É possível fazer isso utilizando lutadores desconhecidos – personalizados pelo próprio jogador – ou investir e dar a sorte de encontrar alguns astros do UFC para complementar seu elenco, o que, convenhamos, não é muito fácil… Inicialmente, modo é bem divertido, mas, à medida com que avançamos, ficamos com a nítida sensação da necessidade de comprar mais e mais cartas. Bom, assim como o dinheiro real, o virtual também é escasso, então, acho que não preciso dizer mais nada, não é mesmo? 🙁

O VEREDITO

UFC 3 vai agradar àqueles que gostam do bom MMA raiz e aos que curtem apenas uma boa luta. O jogo peca um pouco no quesito jogabilidade, mas gráficos e a história no modo Carreira prometem divertir bastante aos fãs de esporte. Quem está apenas a fim de umas boas horas de passatempo com os amigos, esse é o título que pode promover essa oportunidade. Vale a pena a aquisição! Além disso, é impagável ouvir “Uh, vai morrer!” das arquibancadas do octógono! Diversão garantida!

Analise feita pela nossa equipe com código cedido gentilmente pela EA Sports do Brasil.

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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