Deanna Durbin morre em segredo aos 91 anos
Stenlånd Leandro
Morreu há alguns dias a atriz e cantora Deanna Durbin, a garotinha soprano de voz doce e sorriso meigo que por anos encantou um grande público, abraçou o povo americano em tempos de guerra e com seu imenso talento salvou a Universal Pictures de um colapso nos anos 30. Durbin marcou o cinema em filmes como “One Hundred Men and a Girl” (1937), “Christmas Holiday” (1944), “Spring Parade” (1940), “Lady on a Train” (1945), entre outros.
A causa da morte não foi divulgada, sendo a mais provável a considerável idade da atriz. Durbin, que por opção se afastou cedo das telas, não tinha sua vida particular divulgada pela mídia. A atriz empre preferiu levar uma vida tranquila e no anonimato após o sucesso em Hollywood, tendo se afastado de repórteres e jornalistas por toda sua vida.
Esta vida particular reservada ao extremo causou um certo atraso na informação de sua morte, que foi revelada por um antigo fã clube da atriz apenas na tarde de ontem. Ninguém sabe ao certo nem mesmo o dia do falecimento da atriz, apenas sendo confirmado que aconteceu “há alguns dias”.
Deanna Durbin iniciou sua carreira nos anos 30, sendo o auge do seu sucesso também os anos 40. Sua voz é um grande nome entre as cantoras de ópera e Durbin conseguiu mostrar este seu talento em filmes musicais. Seu primeiro trabalho no cinema foi ao lado de Judy Garland, com o curta Every Sunday (1936), para a MGM. Em seguida Durbin assinou contrato com a Universal Pictures, aonde sua carreira decolou. Seu primeiro trabalho para a Universal foi Three Smart Girls (1936).
Em 1938 Durbin recebeu junto com Mickey Rooney seu Academy Juvenile Award, aos 17 anos.
Nos anos 40 Durbin assumiu uma posição mais adulta nos filmes, como no noir “Christmas Holiday” (1944), ao lado de Gene Kelly, no qual Durbin viveu uma mulher cujo o casamento é regido por instabilidade e violência. No filme sua personagem acaba fugindo e consegue um emprego como cantora. Durante a Segunda Guerra Mundial, assim como todos os grandes atores, Deanna Durbin teve grande importância nos filmes.
Embora tendo recebido diversos convites para voltar a atuar nos anos 50, incluindo na versão da Broadway de My Fair Lady, em 1956, Durbin abandonou a carreira de atriz e de cantora em 1948, quando resolveu mudar para França e se casar novamente. Seu último trabalho no cinema foi em 1948, no filme “For the Love of Mary”.
Durbin nunca gostou do sistema de Hollywood e sempre deixou claro que nunca se identificou com a imagem que a mídia criou sobre ela. Quando falava de Deanna Durbin, a atriz, sempre usava em terceira pessoa, como se referisse a alguma personagem criada e moldada, não a ela mesma.
Durbin não foi a primeira a reclamar das pesadas rotinas e cobranças de Hollywood em cima dos atores mirins e não foi a única a abandonar o cinema em busca de uma vida tranquila e comum. Mas seu nome sempre será identificado entre os maiores talentos do cinema e da música.