Autor do mangá Astro Boy, Osamu Tezuka.

Osamu Tezuka

Do mangá ao anime: O surgimento

Vinícius Rodrigues

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11 de dezembro de 2015

Muitas pessoas desconhecem o mundo por trás dos mangás e animes, existe um caminho muito grande para uma obra ser publicada e posteriormente animada para a televisão.

Além de um mercado extremamente grande no Japão, os quadrinhos e desenhos japoneses estão fincados em suas culturas, assim como Machado de Assis está presente na nossa.

Uma cultura tão forte dessas não pode ficar desconhecida por nós, fanáticos por cultura. Por isso, a série de artigos “Do mangá ao Anime” trará o mundo por trás das obras que você compra nas bancas e nas lojas especializadas e que você assiste através dos mais diferentes meios.

Como surgiu? Como são feitos os mangás? Quais os principais títulos da história? Como são feitos os Animes? Quais são as principais editoras e revistas? Tudo isso e mais um pouco você verá nessa série de artigos. Então não percamos mais tempo, vamos nessa!

O surgimento dos Mangás

O termo mangá surgiu em 1814 através de um livro chamado “Hokusai Mangá”, que trazia em seu conteúdo obras como caricaturas e ilustrações sobre a cultura japonesa. Porém o mangá que conhecemos, o da era moderna, tem influência dos cartuns ocidentais, e o primeiro autor a fazer algo do tipo foi Osamu Tezuka, com a obra Shin Takarajima (“A Nova Ilha do Tesouro”), de 1947.

Nada seria possível sem Osamu Tezuka, ele é considerado o pai dos mangás e um gênio fora de série. Através de suas obras como “Jungle Taitei” (Kimba, o Leão Branco) em 1950; “Tetsuwan Atomu” (Astro Boy) em 1952; e “Ribon No Kishi” (A Princesa e o Cavaleiro) em 1953, Tezuka definiu o estilo de mangás com personagens magros de olhos grandes e brilhantes.

O autor marcou gerações no Japão e no mundo, aqui no Brasil sobretudo com o anime de “Astro Boy”, primeira série a ser animada, mas isso é assunto para outro artigo, voltemos aos mangás.

A palavra mangá surgiu da junção de outros dois vocábulos: “man”, que significa involuntário, e “gá”, imagem. Apesar de ter influência dos cartuns ocidentais, os mangás se diferenciam por se utilizar de uma representação gráfica completamente própria, se utilizando de ideogramas que não apenas representam sons, mas também ideias e onomatopeias.

Uma característica diferente também é que o mangá, mesmo nos países ocidentais, são lidos de maneira inversa, ou seja, “de trás pra frente” pois estão dispostos da direita para à esquerda. Além disso, as expressões exageradas dos personagens é outra característica diferente, isso porquê os japoneses têm uma tradição de humor baseado em caretas e expressões engraçadas. Podemos considerar também, os olhos grandes que transmitem os sentimentos do personagem de forma sem igual.

Segundo dados coletados da revista Mundo Estranho, a produção de mangás representa cerca de 40% do que é impresso no Japão e, em 2006, movimentaram mais de 4 bilhões de dólares. Os melhores mercados estrangeiros para os mangás são os Estado unidos, que movimentam mais de 200 milhões de dólares em vendas, seguidos de França e Alemanha.

Mais que uma simples obra o mangá está inserido na cultura japonesa, talvez isso explique o sucesso da indústria dos quadrinhos preto e branco. Todos leem mangás, pois existem diversos gêneros e classificações que abordam desde a criança até o idoso, porém falaremos sobre isso no nosso próximo artigo! Fique atento para não perder o próximo post da série “Do mangá ao anime”.

Vinícius Rodrigues

Graduando em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas. Fã de animes, mangás, música clássica e cultura em geral.
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