Esther Williams, famosa atriz e nadadora, morre aos 91 anos

Stenlånd Leandro

Após brilhar dentro e fora das piscinas, inovar o cinema com um novo estilo de filme e marcar seu nome no atletismo, como exímia nadadora, morreu nesta quinta-feira (6) Esther Jane Williams, a mais famosa nadadora dos musicais da MGM.

A atriz estava com 91 anos e, segundo seu empresário, morreu enquanto dormia. Devido a idade avançada da atriz, sua saúde estava frágil. Esther é lembrada principalmente por seus filmes na MGM, os quais sempre envolviam o ballet aquático, a atriz era nadadora profissional e participava inclusive de competições. No cinema ganhou uma própria editoria para os seus filmes, os então nomeados “aqua-musicals”.

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“Tudo o que eles fizeram por mim na MGM foi mudar o meu “leading man” e a água da minha piscina.” Esther Williams

Natação
Desde cedo Esther decidiu seguir a carreira de atleta. Aos 16 anos já era três vezes campeã nacional de natação. A atriz entrou para o cinema somente após vencer os cem metros de estilo livre e outras disputas em campeonatos nacionais em 1939. Neste mesmo ano participou da Feira Mundial de São Francisco, em uma exibição de natação. Willians havia conquistado sua vaga nas Olimpíadas, mas com a chegada da Segunda Guerra Mundial nos anos 40, os jogos foram cancelados.
Williams fazia parte do time do “Los Angeles Athletic Club”. Em seu tempo livre, nadava ao lado de Johnny Weissmuller, ator conhecido por interpretar “Tarzan” nas telonas. Weissmuller era conhecido como um dos nadadores mais ágeis e rápidos, por isso a escolha de Williams para o acompanhar.

Mickey Rooney and Esther Williams

Com Mickey Rooney em “Andy Hardy’s Double Life” (1942).

Cinema
Esther Williams entrou para MGM em 1941 e possibilitou uma inovação nas telas, a junção de natação cinema e música. Os primeiros trabalhos de Williams para a MGM foram “Andy Hardy’s Double Life” (1942), ao lado de Mickey Rooney e em “A Guy Named Joe” (1943), ao lado de Van Johnson. Os anos 40 e 50 foram os auges de seus filmes, que ficaram conhecidos como “aquamusicals”, sendo musicais na água exibidos em Technicolor. Os filmes uniam música, comédia, romance e números na água. Sempre que o assunto em um filme envolvia cenas aquáticas, chamavam Williams para participar.
Entre seus filmes se encontram, “Bathing Beauty” (1944), “Easy to Wed” (1946), “Ziegfeld Follies” (1945), “Till the Clouds Roll By” (1946), “Fiesta” (1947), “Take Me Out to the Ball Game” (1949), “Duchess of Idaho” (1950), “Million Dollar Mermaid” (1950), entre outros em uma longa lista que incluem três décadas de cinema.

Sua piscina

Em seu auge na MGM, Esther Williams ganhou uma piscina só para a gravação de seus filmes. A piscina era equipada com elevadores hidráulicos e vidros que facilitavam as filmagens dentro da piscina

Segunda Guerra Mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial, Williams foi uma das “Pin Ups” favoritas dos soldados. A atriz tinha vantagem por usar sempre maiôs e as câmeras captarem os melhores ângulos de seu corpo atlético, além do fato de estar usando traje de banho em muitas de suas fotos promocionais. No período da guerra a atriz colaborou com viagens e apresentações a fim de arrecadar bonus para a guerra. Também colaborou em hospitais, fazendo visitas aos soldados feridos em combates. Nesta época Williams se tornou uma das atrizes mais rentáveis da MGM.

Esther Williams in Million Dollar Mermaid
Entre os atores e atrizes que atuaram com Williams em filmes estão Gene Kelly, Frank Sinatra, Lucille Ball, Red Skelton, Ricardo Montalban e Howard Keel.
Os musicais estavam em baixa nos anos 60, mas foi nesta década que Williams casou-se com seu co-star em “Dangerous When Wet”, Fernando Lamas. Após sair da MGM, atuou em dois dramas na Universal, “The Unguarded Moment” e “Raw Wind in Eden”. Lamas foi o diretor do seu último filme.
Sua última aparição em vídeos foi no documentário “That’s Entertainment!” (1994), no qual são relembrados filmes e profissionais da época de ouro do cinema. Em 1999 publicou sua autobiografia, “The Million Dollar Mermaid”.

O ano de 2013 se mostra um ano de perdas para os amantes do Cinema Clássico Americano, considerando que há poucas semanas a atriz Deanna Durbin deixou um legado de filmes juvenis e um marco no mundo da ópera. Poucos atores e atrizes da “época de ouro do cinema” ainda estão vivos. Estes são memórias vivas, representam história e conhecimento de uma época a qual as maiores produções cinematográficas foram colocadas em prática. Uma época que a então chamada Fábrica de Sonhos, Hollywood, foi berço dos maiores talentos como Esther Williams, Deanna Durbin e muitos outros que por lá passaram.

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Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN