Felipe Reznik

Felipe Reznik lança projeto Reluz

Guilherme Farizeli

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27 de janeiro de 2021

O músico e pesquisador de cultura popular Felipe Reznik lança o projeto “Reluz”. Nele, promove o encontro inédito de rainhas e reis da música brasileira com a sonoridade da panela de mão. Nesse sentido, o instrumento também é conhecido como “handpan”. Reznik escolhe a ciranda como base de estudos e encontros e recebe Lia de Itamaracá e As Filhas de Baracho, na faixa “Quem Me Deu Foi Lia / No Alto Mar” (Antônio Baracho).

A saber, o nome do projeto faz referência à luz de mestras e mestres da cultura popular, que atravessa gerações e encurta as distâncias entre passado e futuro. Essa luz ganha reflexo no brilho sonoro e visual da panela de mão que, com suas possibilidades percussivas, melódicas e harmônicas, se integra com delicadeza e frescor às obras já consagradas da abrangente cultura brasileira.

Clipe acompanha lançamento

Antes de mais nada, o vídeo de “Quem Me Deu Foi Lia / No Alto Mar” foi filmado em Pernambuco, em agosto de 2020, nas cidades de Recife e Abreu e Lima e na Ilha de Itamaracá. As irmãs Dulce e Severina formam a dupla As Filhas de Baracho. Ambas são filhas do cirandeiro Antônio Baracho da Silva, conhecido como “O Rei sem Coroa”. Além disso, ele é autor das duas canções que formam o medley que sai dia 22 de janeiro. O percussionista Emerson Santana também acompanha Felipe Reznik e a nobreza da ciranda no primeiro single e clipe da série.

Raízes da música brasileira em destaque

O segundo clipe, programado para fevereiro, é com Aurinha do Coco, representando este outro ritmo-chave do Nordeste do Brasil. Posteriormente, Reznik vai reverenciar o jongo, o maracatu, bem como o samba. Primeiramente no Rio de Janeiro. Com Tia Surica da Portela e Zé Luiz, do Império Serrano. Logo depois, na Bahia. Com Graça Onasilê, primeira mulher do Brasil a cantar em um bloco afro – o Ilê Aiyê.

Em outras palavras, a série de clipes se encontra na interseção das duas grandes vertentes atuais do trabalho de Felipe Reznik. O de músico “panelista de mão” e o de pesquisador das raízes da cultura popular. A panela de mão é um instrumento recente, criado em 2000, na Suíça, a partir de uma adaptação do steel drum, instrumento tradicional de Trinidad e Tobago.

Sobre Felipe Reznik

O músico é conhecido, primordialmente, pelo trabalho que desenvolve como diretor e mestre de bateria do Bloco do Sargento Pimenta. Portanto, ele é um dos responsáveis por transformar Beatles em carnaval, ao unir as músicas da banda britânica aos ritmos do Brasil. De acordo com o músico, o novo projeto também reforça a cultura nacional. “Reluz fala do meu desejo de usar a panela de mão – que é uma escultura sonora feita de chapas de aço – como um espelho: uma superfície musical que reflita o brilho das realezas da nossa cultura. Poder começar o projeto com esses nomes é uma enorme honra para mim“, finaliza Felipe Reznik.

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Felipe Reznik e Lia de Itamaracá (Foto por Alcione Ferreira)

Guilherme Farizeli

Músico há mais de mil vidas. Profissional de Marketing apaixonado por cinema, séries, quadrinhos e futebol. Bijú lover. Um amante incondicional da arte, que acredita que ela deve ser sempre inclusiva, democrática e representativa. Remember, kids: vida sem arte, não é NADA!
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