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Festival Internacional de Artes do Rio estreia virtualmente

Wilson Spiler

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22 de junho de 2021

Imaginando novas possibilidades de mundo através da criação de artistas contemporâneos, a primeira edição do FIAR – Festival Internacional de Artes do Rio acontece entre os dias 23 e 27 de junho.
O festival, que, aliás, é gratuito e totalmente virtual, é composto por mais de 50 artistas da América Latina distribuídos em duas mostras não competitivas de artes integradas. Idealizado por Bem Medeiros e Douglas Resende, o FIAR 2021 reúne expressões artísticas como teatro, dança, performances, poesia, cinema, fotografia, desenho e música.
A saber, recursos foram aprovados através da Lei Aldir Blanc por meio do Governo Federal, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.

Potencial inventivo da arte

Ao longo de cinco dias, os 24 artistas selecionados em meio aos 700 inscritos apresentarão atividades multidisciplinares. As performances apostam no potencial inventivo da arte como um instrumento para discutir, questionar e imaginar realidades alternativas.
“Dentre os critérios das convocatórias, a diversidade foi a palavra chave. Nosso desejo era ter uma programação composta por uma diversidade de regiões do Brasil e do mundo, diversidade de corpos e vivências e também de linguagens artísticas. Ficamos muito emocionados em perceber que tantos artistas, tão diversos, tinham inquietações parecidas com as nossas”, relembra Carolina Caju, curadora do Festival Internacional de Artes do Rio ao lado de Bem Medeiros e Renata Sampaio.

Remuneração para os selecionados

O FIAR 2021 está remunerando todos os trabalhos selecionados. Assim, além de proporcionar distribuição de renda aos trabalhadores da arte em meio à pandemia, também possibilita aos artistas a exposição de seus trabalhos de forma independente relacionando a sua própria experiência às realidades possíveis.
“Buscamos refletir sobre as dificuldades que a pandemia trazia, mas também chamar atenção para aquilo que já existia de desigual e que ela apenas reforçou. Mas, principalmente, queríamos um festival que usasse a arte para planejar e almejar o futuro. Vemos a arte como uma ferramenta transformadora para sociedade, não necessariamente só para os artistas”, pondera Renata Sampaio.
Então, as exibições trarão à tona temas como: responsabilidades individuais e sociais; bem como identidades múltiplas; os impactos da sociedade nos sujeitos; a importância do meio ambiente; a arte como discussão de valores éticos; e, por fim, a necessidade de olhar com mais cuidado as relações sociais e a vida das pessoas.

Defesa de futuros melhores e mais justos

O Festival Internacional de Artes do Rio acredita, sobretudo, que a prática artística pode fornecer diferentes perspectivas e maneiras de entender a realidade. Além disso, pode ser um catalisador para a imaginação coletiva e a defesa de futuros melhores e mais justos.
“Desde o início da pandemia ficamos imaginando como a arte tem sido propositiva. O que conseguimos imaginar a partir das nossas vivências de agora? Para mim, o potencial de reunir artistas nessas mostras é proporcionar diálogo e encontros frente ao momento que estamos vivendo, imaginar e desejar futuros, sempre levando em consideração tudo que estamos vivendo agora”, reflete Bem Medeiros.
“Eu penso que estreias são sopros de esperança, como os nascimentos. Um novo projeto que vem ao mundo renova a força de transformação positiva. O Festival tem a diversidade como conceito – faz parte da trajetória de todos os envolvidos. É quem somos. Acreditamos na convivência entre diferentes como potência, especialmente minorias em direitos que carregam em si o brilho de uma vida de luta e perseverança, que repercute na arte que é feita. De muita qualidade. A arte transforma, a arte perdura, a arte esteve e sempre estará!”, encerra Douglas Resende.
Portanto, para conferir a programação completa do evento em 2021 acesse o site do FIAR.
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Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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