Festival Visões Periféricas: uma seta para novos caminhos

Alan Daniel Braga

A partir do próximo dia 15 de agosto, o Festival Visões Periféricas aporta no Rio de Janeiro para sua 7ª edição. O objetivo é o de sempre: misturar, confundir o centro e a periferia e dar mais espaço à imaginação e à diversidade.

Este ano, o festival recebeu cerca de 600 inscrições. São, em sua maior parte, curtas-metragens de realidades, estéticas e locais diferentes que privilegiam os primeiros passos de novos cineastas. Entre as produções, filmes indígenas, quilombolas, de moradores das favelas, da área urbana e rural, das grandes e pequenas cidades, de diversos pontos do país e da região ibero-americana.

YukaA edição de 2013 presta também uma homenagem ao músico, compositor, poeta e ativista social, Marcelo Yuka. Na abertura do festival, será exibido o curta-metragem “O filme do filme roubado do roubo da loja de filmes”, co-dirigido por Yuka, que em 2007 marcou presença na primeira edição do Visões Periféricas. Na época, o filme foi divulgado como a primeira produção da Companhia Brasileira de Cinema Barato, composta por realizadores cariocas da periferia, com a qual o compositor lançou um manifesto que declarava que qualquer pessoa tinha o direito de fazer um filme. A Companhia não seguiu, mas os mandamentos do movimento se mantêm atuais e fazem parte da essência do festival. Além de fazer parte do júri oficial, o homenageado também terá o documentário sobre sua vida, “Marcelo Yuka no Caminho das Setas”, exibido em uma sessão especial no próximo dia 17 de agosto, sábado, no Centro Cultural da Justiça Federal. Haverá um debate após a exibição do filme.

O Festival Visões Periféricas acontece até o dia 22 de agosto, no Oi Futuro. No entanto, as atividades também serão estendidas a outros espaços, com o II Seminário Deseducando o Olhar na UERJ Maracanã (veja matéria aqui), exibição de filmes e debates no CCJF, exibição de filme no NAVE Madureira e uma ocupação do festival na Praça General Osório, com exibição de curtas, performances e poesia.

Para conferir a programação completa, acesse o site do festival.

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Alan Daniel Braga

Publicitário e roteirista de formação, foi de tudo um pouco: redator, produtor, vendedor, clipador, operador de som e imagem, divulgador, editor de vídeos caseiros, figurante e concursado. Crítico, irônico e um tanto piegas, é conhecido vulgarmente como Rabugento e usa essa identidade para manter um blog pouco frequentado (Teorias Rabugentas). Também mantém uma página no Facebook (Miscelânea Rabugenta), com a qual supre a necessidade de conhecer músicas, artistas e pessoas novas. Está longe de ser Truffaut, mas gosta de dar voz aos incompreendidos. (Acesse http://teoriasrabugentas.blogspot.com.br/ e curta https://www.facebook.com/MiscelaneaRabugenta)
NAN