Doze filmes para repensar uma realidade
Giselle Costa Rosa
|9 de maio de 2016
Aqui estão 12 filmes que poderiam deixá-lo sentado no cinema após os créditos, repensando como seria a sua realidade seria se…
1) Quero ser John Malkovich (Spike Jonze, 1999) – E se fosse possível saltar para a cabeça de outro alguém e ver, ouvir e sentir o que ele(a) experimentam? Especificamente, como seria estar na pele do personagem/ator John Malkovich?
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2) Madrugada dos Mortos (George A. Romero, 1978) – E se houvesse um apocalipse zumbi? O que você faria? Onde você iria? Este filme dá-lhe uma resposta razoavelmente boa: ir ao shopping! Embora este filme incite um debate interminável entre amigos e familiares de quais são as melhores estratégias de sobrevivência, todos devem admitir o shopping tem um certo apelo.
3) Dente Canino (Yorgos Lanthimos, 2009) – Como seria ser mantido fora do convívio da sociedade por pais totalmente insanos? Os jovens neste filme não acreditam em nada que existe além das paredes da sua casa. Acreditam que o avião que veem passando ao longe no céu é um simples brinquedo, e zumbis são flores pequenas e amarelas. Você aceita essas coisas porque isso é o que seus pais lhe disseram. Por que eles iriam mentir?
4) Donnie Darko (Richard Kelly, 2001) – E se o mundo fosse melhor sem você? A conclusão é que o mundo, ou pelo menos para a família e entes queridos de Donnie (Jake Gyllenhaal), seria melhor sem ele.
5) Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (Michel Gondry, 2004) – E se você pudesse apagar uma memória dolorosa ou desativar uma parte de seu cérebro? E um relacionamento inteiro? Todo mundo já teve que a memória dolorosa e pode pensar que poderiam estar melhor sem. As perguntas para um relacionamento que não dá certo são infinitas, mas no final do dia o que resta é uma história de amor mal sucedida.
6) O Anjo Exterminador (Luis Buñuel, 1962) – Um casal da elite da sociedade aristocrata convida um grupo de amigos para um jantar em sua luxuosa mansão. Mas, depois do evento, eles descobrem que estão presos em uma sala. Não há nada físico, como grades, que os prenda ali mas, ao mesmo tempo, ninguém consegue sair ou entrar daquele local: algo os faz de reféns. Enquanto os dias passam, todas as máscaras e convenções sociais vão desaparecendo, dando lugar aos instintos mais primitivos de cada um.
7) Feitiço do Tempo (Harold Ramis, 1993) – E se você estivesse preso vivendo o mesmo dia repetidamente? Nenhum filme tinha capturado a crise existencial que alguém pode ter se estiver preso revivendo o mesmo dia sem causa aparente. As pessoas têm dado muitas interpretações sobre o filme ao longo dos anos, o que resta são essas perguntas persistentes sobre o que você faria em um mundo sem qualquer consequência duradoura.
8) Vidas em Jogo (David Fincher, 1997) – E se a sua vida foi um grande jogo da qual não pudesse escapar? É um conceito paranoico. Ninguém é digno de confiança, nem mesmo alguém que você conheça ou ame. Você não pode nem mesmo ter certeza de quem é mais até que termine. Em algum momento tentar lutar contra o jogo. Talvez se deixe levar por ele. Não importa. É o jogo que está levando você.
9) Her (Spike Jonze, 2013) – E se houvesse uma inteligência artificial demasiadamente humana? Poderia ter amor entre homens e máquina? A questão da inteligência artificial se tornar humana em seu pensamento tem sido explorada constantemente, mas talvez nunca tão artisticamente e realisticamente processado como neste filme. Não só retratam AI, na forma como atinge sua singularidade em que se sente como uma forma realista, mas também lida com a maneira com o que os seres humanos amam as AIs e como se sentem ao cerem avançarem para além de nós.
10) Invasores de Corpos (Philip Kaufman, 1978) – E se todos à sua volta fossem substituídos por algo que se assemelha a eles quase completamente? Quase… Os invasores não querem só dominar o mundo, eles também desejam assumir seus amigos, sua família; você.
11) Matrix (Andy e Lana Wachowski, 1999) – E se toda a vida que você conhecia fosse apenas uma realidade virtual feito para deixá-lo em uma falsa complacência? Matrix faz com que os espectadores se sintam como se eles fossem fazer a grande escolha que o personagem principal faz: viver a vida confortável que você conhece ou abrir os olhos para a verdadeira realidade.
12) O Show de Truman (Peter Weir, 1998) – E se a sua vida fosse um programa de TV, onde você é a estrela e não soubesse disso? É uma espécie de hipótese perfeita para o narcisista paranoico. Parte da genialidade de direção de Peter Weir é fazer o filme parecer desconfortavelmente real.
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Giselle Costa Rosa
Integrante da comunidade queer e adepta da prática da tolerância e respeito a todos. Adoro ler livros e textos sobre psicologia. Aventuro-me, vez em quando, a codar. Mas meu trampo é ser analista de mídias. Filmes e séries fazem parte do meu cotidiano que fica mais bacana quando toco violão.
