‘G-Darius HD’ vale pela nostalgia dos arcades dos anos 90

Quem nunca jogou títulos Shmups no passado que levante a mão. Pois era muito comum e corriqueiro ter acesso tanto a Darius quanto ao Raiden. Enquanto um título era totalmente na horizontal como o primeiro, o segundo tinha o formato vertical.

Sempre foi muito mais difícil jogar títulos nesse modo horizontal, por causa da dificuldade em movimentar a alavanca do flipper para cima e para baixo nesse tipo de game. Tentando ser um ‘plataforma’ shooter, o título G-Darius HD é convidativo aos iniciados no formato.

No game, há dois modos para ser jogado, porém nenhum deles possui diferença muito gritante entre eles. Enquanto um está num formato em Alta Definição (HD), o outro roda o formato arcaico do mesmo título.

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Tiro e bomba, mas com porrada

Em jogos do gênero, não há muito o que se fazer a não ser encher suas vistas de tiros e mais tiros. Além disso, tomar cuidado para não ser acertado, o que é praticamente uma missão impossível. Isso porque, até hoje, sempre foi uma tarefa árdua demais enxergar um enxame de tiroteio em sua volta fazendo com que a morte seja iminente. Eu desafio quem tentar, por exemplo, terminar este jogo sem que haja a destruição de sua nave nem que seja por uma única vez.

Em G-Darius HD, as possibilidades de fases a serem escolhidas mudam um bocado dependendo do que acontece em seu futuro. Matematicamente são mais de 20 possibilidades de fases. Então, se você terminou o jogo de um jeito, seguindo um caminho, poderá repetir o game visitando veredas antes não navegadas.

Navegando mar adentro

Eu disse navegadas? É isso mesmo! Apesar do jogo se passar no espaço, todo e qualquer chefe tem formato de algum peixe ou fruto do mar. Um dos chefes mais bonitos, diga-se de passagem, é uma Lula que é muito parecida visualmente com a lula-vampiro-do-inferno. Apesar da cor não ser a mesma do parente do polvo, há muito o que se aprofundar, literalmente falando, neste jogo. Não há como saber ao certo quais são os peixes que originaram visualmente os demais peixes que aparecem.

Um detalhe legal do jogo é a possibilidade de usar uma bola imã onde sua nave, intitulada de Silver Hawk, possa capturar determinados seres inimigos e fazê-lo aceitar comandos. Um deles é, obvio, atirar sem parar no inimigo, enquanto o outro é auto destruição, causando um dano ainda maior. Alguns desses inimigos tem propriedade particular. Alguns cospem fogo, outros geram ataque kamikaze contra quem estiver por perto, mas você também poderá utilizar essa bola para agarrar pedaços dos chefes que são jogados em sua direção e, assim, poderá criar um escudo para reduzir o impacto que vão ao seu encontro.

Essa mecânica de captura veio do game Darius Gaiden e foi melhorado aqui, mas é claro que não vai conseguir usar isso a todo instante. Nem todos os inimigos você terá essa possibilidade. Há também uma limitada quantidade de bolas para que isso seja feito.

Visual HD, mas nada demais!

Visualmente falando o jogo teve pouca melhora e, claro, estamos falando de um título arcade da década de 1990 . Então, não espere muita coisa senão o lindo saudosismo. Apesar de mencionar que visualmente o jogo não teve melhora significativa, tratando-se de um port relançado para PS4 e Switch, fica clara a limitação ainda do motor gráfico do jogo.

Quando há muitas naves e tiros na mesma tela, o jogo decai para quase 15 quadros por segundo e, por vezes, até menos. Isso independe do console, pois jogamos num Playstation 5 e espera-se que essa limitação fosse corrigida. Porém, ao jogarmos Raiden V, essa limitação aconteceu também. Ou seja, parece que os consoles atuais ainda não possuem culhões para rodar esse tipo de jogo sem nenhum tipo de travamento, o que nos deixou bastante frustrados. Afinal, de que adianta ser HD, vir para um console da atual geração e, no final, travar como outrora?

Série Darius

A série Darius sempre foi conhecida pelo seu grau de dificuldade e para sua época. Por volta de 1995, o jogo era muito lindo graficamente. Estamos falando de gráficos 32/64 bits da era Sega Saturno e Nintendo 64, ainda que este jogo não tenha visitado ambas as plataformas muito queridas no Japão. Ainda assim, a Taito fez um bom trabalho que até hoje é visto como atemporal, do contrário não trariam à tona o jogo.

Os botões para atirar são um bocado confusos. Você atira com triângulo e captura os inimigos com o X, o que não tem sentido nenhum. Isso faz com que você logo perceba que é uma estratégia japonesa para dificultar ainda mais seu esquema de jogo. Há um menu rápido para saves e loadings que você pode fazer durante o jogo. Se ficar chateado e quiser salvar e voltar a jogar depois, há essa possibilidade graças a esse menu rápido que mais parece um emulador.

VEREDITO

G-Darius HD pode não parecer algo surpreendente, mas admira ao voltar da década de 90 para a atual geração e mostrar que nem de jogos AAA um console que custou quase R$ 5 mil vive. O título faz um trabalho exemplar ao revisitar o passado. Claro que muita gente vai virar a cara, mas são quase 25 anos desde seu lançamento e isso precisamos frisar.

PRÓS

Pura Nostalgia em jogar um Shmup horizontal

CONTRAS

Muita informação na tela
Há queda constante de FPS
Melhoria visual não é tão grande!

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