Ghost Recon Breakpoint

‘Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint’ | REVIEW

Felipe de Andrade

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17 de novembro de 2019

A franquia Ghost Recon Breakpoint atualmente, sofre do mesmo mal que a série de jogos Destiny, da Bungie. Com os jogos não tendo um grande lançamento, bem como sendo duramente criticados pela comunidade e pela crítica especializada. Entretanto, foram ganhando melhorias com o passar do tempo, com lançamentos de expansões e a adição de novos conteúdos.

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Lançado em 2017, Tom Clancy’s Ghost Recon Wildlands também não fez um grande sucesso logo de cara. Principalmente pela falta de inovação e pelo excesso de missões parecidas. A francesa Ubisoft teve muito trabalho para deixar o jogo mais interessante, garantindo suporte à franquia até recentemente, com novos eventos, itens e equipamentos, missões e DLCs.

Lançamento morno

Após todo o trabalho para manter Wildlands vivo e rentável, a empresa conseguiria lançar a sequência sem problemas e fazer dela um sucesso instantâneo, correto? Errado! Antes do lançamento de Ghost Recon Breakpoint, o estúdio ainda lançou testes betas que mostrava claramente que o jogo não estava finalizado, contendo muitos e muitos defeitos. Mas também tinha outro problema. Era parecido demais com o primeiro jogo, gerando certa indiferença dos jogadores. Isso resultou em um lançamento morno, que ficou aquém das previsões de lucro, de acordo com o próprio estúdio francês.

A trama

Em Ghost Recon Breakpoint, assumimos o papel de Nomad, um ghost, soldado de elite das operações especiais dos Estados Unidos. Ele sobrevive a um ataque aos ghosts que estavam chegando à região de Auroa para investigar o que causou o cessar repentino das comunicações da ilha com o resto do mundo. Além disso, eles tentam descobrir também qual a causa do naufrágio de um navio americano que estava pela região.

Logo após o ataque, Nomad descobre quem está por trás dos ataques aos seus companheiros. Trata-se do coronel Walker – interpretado por Jon Bernthal, o Justiceiro da Netflix. Ele era anteriormente um ghost e parceiro de Nomad, mas agora é um líder militar que está tomando Auroa à força.

Atrás das linhas inimigas, Nomad junta o que sobrou do esquadrão e se alia a uma comunidade onde vivem membros da resistência para acabar com a tirania de Walker, bem como descobrir o que o fez mudar de lado, enquanto luta contra equipes paramilitares e também o esquadrão local Wolves. Ele ainda auxilia os habitantes locais e funcionários de uma megacorporação que funciona na ilha.

Dezenas de horas de exploração

O cenário onde se passa Breakpoint, a região fictícia de Auroa, é enorme e oferece dezenas de horas de exploração à procura de armas, documentos, bases inimigas e baús. Muitos baús! A jogabilidade lembra muito outros jogos da própria Ubisoft em alguns momentos ou aspectos, como Assassin’s Creed, Far Cry, Watch Dogs e The Division, por exemplo. Tanto que parece que o estúdio utiliza uma fórmula padrão que torna possível a criação de vários jogos em uma “linha de produção” que, por fim, acabam oferecendo experiências semelhantes ao jogador.Ghost Recon Breakpoint

Dadas às proporções e tirando a história da equação, jogar Far Cry, Assassin’s Creed e Breakpoint trazem um gameplay bem parecido, onde invadimos esconderijos inimigos – na surdina, se possível -, caçamos itens e equipamentos melhores por horas a fio, bem como exploramos um mapa gigantesco ao realizar os dois itens anteriores em jogos repletos de bugs. Esta fórmula já está ficando batida e começando a refletir nas vendas das franquias do estúdio.

Falta de carisma

Um problema gritante que existe aqui é que o game simplesmente não tem carisma. A história e o gameplay pouco fazem para manter o jogador na frente da tela por horas seguidas. Ou para seguir até o final. Principalmente se tiver jogado outro títulos de mundo aberto da empresa. A jogabilidade tática e o multiplayer constante são o diferencial, mas não há nada de inovador. Até mesmo explorar o mapa com algum veículo é complicado, visto que os defeitos que observamos nas primeiras impressões do beta continuam presentes.

A franquia Ghost Recon perdeu todo o estilo linear de realizar missões secretas por uma equipe militar especial tática da maneira mais eficiente que conseguisse, enquanto era possível – e até necessário – dar comandos aos demais membros da equipe. Agora, se tornou um jogo de exploração e caçada de loot constante genérico e lotado de missões repetitivas. Apenas para aumentar a duração da jornada, se assemelhando muito a The Division e Destiny. A franquia tem buscado uma nova direção, provavelmente tentando aumentar suas vendas, mas está perdendo a essência que a fez famosa no passado.

Recheado de bugs

A Ubisoft é tão famosa quanto a Bethesda, de Fallout, quando o assunto é lançar jogos bugados. E, infelizmente, Breakpoint é um dos campeões nesse assunto. Afinal, é muito difícil jogar uma partida sem que algo estranho aconteça na tela. São armas que somem, tornando impossível atirar, entrar em partes do cenário e não conseguir mais sair, bem como movimentos que não condizem com as ações que Nomad deveria tomar. Além disso, o jogo simplesmente fecha do nada durante uma missão, sendo necessário voltar desde o início. Esses são apenas alguns problemas que apareceram durante a análise. Mas a lista é enorme, o que é, no mínimo, triste.

Falando de bugs, um que afetou a versão de PS4 – que é a que testamos – tornava impossível o console reconhecer o pacote de idiomas dublados que eram baixados separadamente. Pois, como de costume, os jogos da Ubisoft são lançados apenas com dublagem em inglês. Entramos em contato com a assistência da empresa pelo site oficial do jogo. Entretanto, todos os procedimentos que mandaram não resolviam o problema, que só foi consertado quase 15 dias depois do lançamento, através de uma atualização.

Ghost Recon Breakpoint

A Ubisoft já fez um anúncio oficial no blog do jogo em que se compromete a ouvir todas as críticas da comunidade a fim de conseguir melhorar o título em todos os aspectos. O estúdio diz que a prioridade é consertar e aperfeiçoar tudo o que precisa de melhoras ou consertos dentro de Breakpoint. Através de atualizações constantes, bugs serão eliminados aos poucos, assim como atualização de balanceamento e dificuldade, novos itens, equipamentos e veículos, etc. O estúdio também já anunciou um calendário de eventos que ocorrerão até o mês de janeiro, com atualizações, campeonatos e raids, tudo com o intuito de manter o jogo vivo após seu lançamento.

VEREDITO

Ghost Recon Breakpoint está perdendo seu brilho, assim como outras franquias da Ubisoft. Breakpoint traz mais um mapa gigante, com missões chatas ou repetitivas, tirando uma ou outra que se destacam, apesar de uma jogabilidade sólida e que força o gamer a ser criativo. Existe um multiplayer online constante que pode não fazer diferença se você quiser aproveitar a campanha sozinho.

Felipe de Andrade

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