Indivisible Análise 1

‘Indivisible’ | REVIEW

Leandro Stenlånd

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16 de novembro de 2019

Enfim, Indivisible chegou. Após estar em modo beta com alguns bugs bem comuns, agora o título chega aos consoles da atual geração entupido de trambolhos, quinquilharias e penduricalhos. Apesar de soar pejorativo, o que neste caso não o é, o game é bastante convidativo quanto aos seus personagens.

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Inicialmente, o título se mostra algo que mistura plataforma com RPG por turnos. Indivisible é um jogo de RPG de ação e plataformas com artes e animações desenhadas à mão. Além disso, há uma mecânica de combate em tempo real exclusiva. Existe um mundo fantástico com dezenas de personagens jogáveis, uma experiência narrativa rica, jogabilidade fácil de aprender (mas difícil de dominar) e a alta qualidade característica da Lab Zero Games!

A TRAMA

Nossa história gira em torno de Ajna, uma garota destemida e um tanto rebelde. Criada pelo pai nos arredores de uma cidade rural, a vida dela vira uma caos quando seu lar foi atacado e um poder misterioso desperta dentro de si.

Durante sua busca, ela encontrará várias ‘encarnações’, pessoas que ela pode absorver e invocar para lutar ao seu lado. Ao unir pessoas de terras distantes, Ajna aprenderá sobre si mesma, o mundo em que vive e, mais importante, como salvá-lo.

A JOGABILIDADE

Jogar Indivisible chega ser gostoso. O que mais convida o jogador a entrar nesta aventura são seus personagens carismáticos. O game é baseado em sistema meio a meio. Metade plataforma, que foi o foco durante a fase beta do título. Então, ao se aproximar de um vilão, ele entra em modo de turnos.

Há uma infinidade linda e bem criativa de combos. A escolha de sua equipe, que pode ser alternada durante a partida se faz muito necessária. Você pode ter até 5 personagens selecionados na linha de frente em combate. Outros personagens ficam aguardando serem substituídos pelos ”titulares”. Aí é que mora o perigo, pois, para cada tipo de vilão, seja ele um boss ou alguns lacaios no caminho, é necessário uma equipe com combinações corretas de combo e heal.

Indivisible 2

Existe aquele personagem que irá lhe curar – inclusive até mais de um. Esses personagens possuem dano físico bem aquém do esperado. Então, ter dois ‘curandeiros’ na equipe não é uma boa ideia. Já os ”guerreiros”, os que possuem maior dano, também têm calcanhar de Aquiles. São muito fortes, mas nem tão rápidos como deveriam de ser. Para isso, em algumas batalhas, os arqueiros se fazem muito mais úteis, pois não geram contato físico imediato.

Também, enquanto estiver vagando por aí, nos moldes plataforma, você pode usar o arqueiro para atingir os inimigos à distância e dar dano neles antes de entrarem em combate por turno. Assim, o vilão já estará com um bocado de life removido e a batalha será menos enfadonha e com maior chance de êxito.

UMA APOSTA QUE DEU CERTO

Foram aproximadamente quase cinco anos de espera desde o anúncio na Anime Expo de 2015 até a conclusão da campanha de financiamento coletivo. Indivisible foi praticamente esquecido pela maioria. Relançamentos de “Skullgirls”, como “Encore” e “2nd Encore”, mantiveram o interesse em alta, afinal, tratava-se do RPG dos mesmos criadores do excelente jogo de luta. Ainda assim, não era a mesma coisa.

Ajna é aquela adolescente tipicamente descompromissada com tudo. Revoltadinha, aparentemente mimada e que leva uma vida simples, tranquila, mas, ao mesmo tempo, tétrica. Todavia, como no maior dos clichês, sua vila é tomada de assalto pelo exército de um reino vizinho. Casas são incendiadas e seu pai morre em seus braços. Não vamos querer exigir muito, pois raramente trama de jogos indies deixariam de ser clichês.

E é isso que o jogo tem de maior predicado ao seu lado. Não é só uma questão de fundir dois gêneros como RPG e Plataforma, muito bem quistos pela galera, mas saber lidar melhor com o público infanto-juvenil que estará jogando o game. Indivisible alia tudo do bom e melhor que um Metroidvania possa ter. Os mapas possuem um caminho principal, mas também abrem margem para o jogador explorar mais dos cenários e procurar por colecionáveis e inimigos mais desafiadores. Aliás, os mapas no início são bem simples, mas, logo depois, em uma jornada em um navio supostamente voador, tudo fica mais complicado.

A EXPERIÊNCIA

Os designs dos personagens, cenários e inimigos remetem a culturas diversas, dando ainda mais vida ao jogo e potencializando a variedade de conteúdo que é pra lá de vasto. A experiência final proporcionada ao jogador é de nunca saber qual será o próximo aliado ou inimigo, ter que reaprender as características e padrões deles, além de sempre ficar surpreso ao encontrar novos elementos pelos cenários.

Indivisible

Também precisamos dizer que de um lado temos personagens com centenas de animações e muitos detalhes. Do outro, localizações povoadas de corredores muito despidos e repetidos com um ou dois inimigos. A mistura de lindos sprites e detalhadíssimos 2D, juntamente com cenários 3D, por vezes, transmitiu um efeito artificial, mas aceitável.

Para avançar na narrativa, Indivisible contou com still shots e algumas cenas animadas pelo Studio Trigger, que, como já vai sendo habitual, não desiludem e assentam como uma luva em algumas das cenas mais importantes do jogo.

O VEREDITO

Indivisible se mostrou uma surpresa além do aguardado para um ano recheado de jogos excelentes. É uma experiência imperdível para fãs de uma boa história, de bons gráficos e que amam jogos indies de potencial. O título junta-se ao hall de melhores indies dos últimos tempos, ao lado de Sundered, Hollow Knight, Blasphemous, entre outros. A jogabilidade traz uma boa mistura de metroidvania e RPG, com um sistema de batalha bem dinâmico. Por fim, a direção de arte é um show à parte.

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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