Lobisomem na Noite crítica do filme da Marvel do Disney Plus 2022

Foto: Disney Plus / Divulgação

‘Lobisomem na Noite’ é uma boa introdução do universo de monstros da Marvel

Bruno Oliveira

|

8 de outubro de 2022

Muito se fala que a Marvel tem sempre o mesmo tipo de filme e mesmo estilo de narrativa. Isso já ganhou até o apelido carinhoso de “A Fórmula Marvel”. O que mais fugiu desse modelo foi Wandavision, por mostrar (pelo menos no início) uma narrativa bem diferente do usual. O filme Lobisomem na Noite chega ao Disney Plus com uma estética muito diferente do habitual. Considero esse o grande ponto positivo desse média-metragem, pois, de resto, realmente temos todos os resquícios de que estamos vendo um produto do estúdio.

Sinopse

Jack Russel, vivido por Gael García Bernal (Diários de Motocicleta), é o Lobisomem no universo de monstros da Marvel. Após o portador da joia Bloodstone morrer, um grupo de caçadores de monstros se reúne para saber quem será o próximo guardião da relíquia. Entre eles, o próprio Jack Russel e Elsa Bloodstone (Laur Donnelly), filha do portador original. Eles criarão um vínculo de amizade para manter a joia segura e para salvar um grande amigo do nosso protagonista.

Leia também:

Precisamos conversar sobre ‘Uma Garota de Muita Sorte’

‘A Vida de Togo’, um ‘John Wick flanelinha’ que não convence

‘100 Medos’ levanta debate importante da geração atual

Universo de Monstros da Marvel

Depois de a Marvel retratar os heróis urbanos, deuses e místicos, chegou a hora do universo dos monstros. Nada melhor do que um especial de Halloween para isso. Lobisomem na Noite possui um pouco menos de uma hora de duração e pode até mesmo ser considerado como um episódio de alguma série. No caso, o piloto de uma série que não está nos planos e que, possivelmente, nunca veremos. O importante era apresentar esses novos personagens e achei dessa forma uma boa ideia.

O que mais me fascinou no filme foi o fato de toda a sua fotografia remeter aos clássicos de terror do início do século passado. Aquele preto e branco escuro que faz referência a uma época que poucas pessoas vivas hoje presenciaram na tela. Isso acrescenta algo realmente novo ao gênero e me animou bastante. As atuações dos vilões também são todas caricatas, remetendo a tudo feito nesse mesmo período.

Durante a projeção, ainda se pode notar aquelas duas bolinhas pretas piscando no canto da tela que indicam o momento certo para trocar o rolo do filme na sala de projeção. Como se estivéssemos em uma sala antiga de cinema. Um detalhe mínimo que não deixei passar e que deu mais valor à obra.

Direção inspirada

A direção de Michael Giacchino também está bastante inspirada. Ele é mais conhecido por ser o compositor de filmes como Up – Altas Aventuras, Ratatouille, Star Trek e Rogue One: Uma História Star Wars. Aqui, o cineasta arrisca em sua maior produção na função de diretor e não decepciona. Um take que achei fantástico foi quando o Jack se transforma no Lobisomem e a câmera foca apenas no rosto de Elsa com muito terror, ao mesmo tempo que, no fundo, observamos a sombra do monstro aparecendo.

Por incrível que pareça, temos algumas mortes bem brutais se considerarmos o padrão Marvel/Disney. Confesso que não esperava por isso e me surpreendi de forma positiva. Não chega a ser algo proibido para menores por um detalhe genial. Isso porque, nos Estados Unidos, quando temos muito sangue em tela, a classificação indicativa sobe. Então eles resolveram isso com o PB da produção, deixando o sangue com a cor preta, permitindo que ele apareça aos montes. Em um desses momentos, a câmera fica cheia de manchas de sangue para indicar a brutalidade da cena. Mas se acalme: lembre-se que isso ainda é Marvel e não Jogos Mortais.

A fotografia se mantém preto em branco em quase todo o longa. Apenas em duas cenas conseguimos ver cores: o vermelho da pedra Bloodstone, que dá um efeito lindo e mostra que esse é um artefato poderoso; e no final, quando as coisas se resolvem e podemos ver que o mundo tem cor. Eu cheguei a ficar na dúvida se essa história se passava nos dias atuais ou se era contada no passado. Mas creio ser no presente, pois os soldados possuem um armamento mais modernos.

Conclusão

Lobisomem na Noite não é perfeito, afinal, têm seus ‘cacoetes’ Marvel. Aqueles momentos de piadinha e a aura de grande aventura estão presentes. Mas só por mostrar uma forma de narrativa nova, já me deixou bastante contente. E que venham mais obras dos monstros da Marvel. Conhecemos o Lobisomem, Elsa Bloodstone e o Homem-Coisa, que achei simplesmente fantástico.

Esta é uma obra que, certamente, vai agradar os fãs da Casa das Ideias. Mas vale lembrar que o filme não é um divisor de águas e sim apenas uma nova aventura agradável de se ver.

Onde assistir ao filme Lobisomem na Noite?

A saber, Lobisomem na Noite estreou nesta sexta-feira, 7 de outubro de 2022, no catálogo do Disney Plus.

Aliás, está de olho em algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando pelo nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.

Não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do ULTRAVERSO:

https://app.orelo.cc/uA26

https://spoti.fi/3t8giu7

Trailer do filme Lobisomem na Noite, do Disney Plus

Lobisomem na Noite (Disney Plus): elenco do filme

Gael García Bernal

Laura Donnely

Harriet Sandom Harris

Carey Jones

Kirk r. Thatcher

Ficha Técnica do filme Lobisomem na Noite, do Disney Plus

Título original do filme: Werewolf By Night

Direção: Michael Giacchino

Roteiro: Heather Quinn e Peter Cameron

Duração: 54 minutos

País: Estados Unidos

Gênero: aventura, terror

Ano: 2022

Classificação: 14 anos

Bruno Oliveira

4

Créditos Galáticos: 4

O que sabemos sobre Wicked Boa noite Punpun Ao Seu Lado Minha Culpa Lift: Roubo nas Alturas Patos Onde Assistir o filme Lamborghini Morgan Freeman