Lonely Mountains Downhill

‘Lonely Mountains: Downhill’ | REVIEW

Felipe de Andrade

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27 de janeiro de 2020

É estranho como Lonely Mountains: Downhill nos faz lembrar da nossa infância e dos passeios de bicicleta e lógico, das piores quedas que sofremos com ela. Parece que nossa mente tenta se solidarizar com o boneco sem rosto que sofre na nossa mão ao tentar chegar ao final do percurso o mais rápido possível. Eu particularmente lembrei de uns tombos bem feios, mas o principal foi um em que estava na garupa da bicicleta de um primo meu e a gente desceu por uma ladeira que estava em obras para ser asfaltada, e eis que no meio do caminho o freio falhou. Resultado? Digamos que pareceu muito com os tombos que sofremos o tempo todo .

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Como o seu nome diz, em tradução livre, é descer montanhas isoladas ladeira abaixo, e é basicamente disso que se trata o jogo. Aqui devemos correr contra o tempo para completar o percurso pedalando da maneira mais perfeita possível, evitando quedas ao máximo e utilizando atalhos sempre que der para economizar tempo. Não existe um modo campanha, temporada ou torneios. Só existem os desafios que cada persurso possui, o que pode parecer ruim à primeira vista, mas na verdade não é bem assim, já que ele visa a diversão pura simplesmente sendo direto ao ponto.

SEM MULTIPLAYER

O jogo é constituído por 4 montanhas que se subdividem em pistas que trazem desafios com 4 níveis de dificuldade. Sempre que um desafio é concluído recompensas serão liberadas como acesso a novas pistas, trajes, pinturas ou peças para montar novas bicicletas. Quando parecer que o jogo está ficando difícil demais para concluir os desafios, é melhor deixar para tentar concluí-los após montar uma bike nova, pois todas elas possuem características únicas com níveis diferentes de habilidades, como aderência, aceleração, amortecimento de quedas etc.

A falta de conteúdo é o ponto fraco pois o jogo não traz nem um multiplayer local ou coisa do tipo, que possa garantir uma sobrevida ou importância ao título, deixando o jogo com cara de mais um de vários passatempos jogados em smartphones do que um jogo de console em si. A única interação que temos com outros jogadores se dá pelo placar de líderes, onde é possível disputar colocações em um ranking online, mas que não adiciona nada de novo à experiência.

VISUAL SIMPLISTA

O visual é bem simplista e estilizado, onde todo o cenário e o ambiente são retratados com poucas cores e formas poligonais que retratam as árvores, pedras e montanhas ao longo das pistas. Até mesmo o personagem que controlamos é construído dessa mesma forma minimalista, sendo que nem mesmo rosto nosso piloto tem.

Praticamente não existem músicas, mas mesmo assim a parte sonora é muito bem feita. Assim sendo, o mérito fica para o som ambiente incrível que traduz a sensação de estar em qualquer uma das montanhas presentes no jogo, como o som do vento soprando e batendo nas árvores e o barulho de animais que remetem a natureza ao redor, tudo isso em prol da imersão do jogador.

Assim, a Megagon caprichou na física e refinou bastante a jogabilidade em seu jogo, garantindo diversão ao descer as montanhas fazendo uso de apenas 3 botões, divididos em pedalar, acelerar e frear. Ademais, talvez se fosse incluído um para pular ou realizar manobras o jogo ficasse mais divertido e com uma cara de esporte radical a mais.

VEREDITO

Lonely Mountains: Downhill foca em simplicidade e diversão e justamente essa escolha e a falta de conteúdo decretam a vida curta do título. O jogo diverte mas a falta de um multiplayer ou de modos de jogo diferentes o faz ficar parecendo com mais um jogo de celulares do que para os consoles de hoje.

Felipe de Andrade

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