Motivos para assistir ao espetáculo ‘Doidas e Santas’, em cartaz em São Paulo

Felipe Gatto

Chegou recentemente a São Paulo, a montagem Doidas e Santas, um projeto idealizado por Cissa Guimarães e que, por meio de leveza e bom humor, faz com que o público se divirta e, também, se emocione com as inquietações de Beatriz, uma típica mulher moderna, casada e bem sucedida profissionalmente.

O BLAH CULTURAL separou alguns motivos para você conferir a peça, que ficará na capital paulista até o final de setembro.

Texto inspirado

O livro de Martha Medeiros foi a base para o roteiro do espetáculo. A obra “Doidas e Santas” foi lançada em 2008 e trata-se de uma coletânea de crônicas sobre a mulher atual. A vida contemporânea exige que a mulher seja mãe, esposa, profissional e ainda exemplo de beleza e felicidade. Compreender o cotidiano dessas milhares de guerreiras faz com que o conteúdo do espetáculo priorize a reflexão íntima e o entendimento amplo sobre o outro.

Enredo simples e direto

Ágil e sagaz, o enredo foi construído por Regiana Antonini, que ainda acrescentou algumas experiências divertidas que ela mesma viveu. A dramaturga consegue provocar no público uma identificação imediata com relação a essa mulher moderna. O texto é interpretado com uma dose de cumplicidade com o espectador, que se sente participando da trama, e se envolvendo rapidamente com seus desdobramentos.

A entrega de Cissa Guimarães

Depois de perder o filho em um acidente fatal ocorrido em 2010, Cissa Guimarães já revelou que conseguiu dar a volta por cima por meio deste trabalho. Ela, literalmente, defende a personagem com garra e passa por suas diversas nuances com bravura. Conseguiremos rir com Beatriz, chorar, torcer e até se apaixonar por ela. Fora do palco, a atriz também aproveita a oportunidade de trabalhar com os filhos, João e Thomaz Velho, responsáveis pela direção e o design gráfico da montagem.

As personagens de Josie Antello

A única do elenco a interpretar mais de um personagem, a atriz Josie Antello ainda é um rosto desconhecido para a maioria das pessoas, mas, em “Doidas e Santas”, ela consegue se sobressair e brilhar em diversos momentos. Vivendo três fases distintas da mulher: a adolescente mimada, a adulta problemática e a idosa sarcástica, a artista talvez consiga arrancar as melhores risadas da plateia.

 

Felipe Gatto

NAN