Nanno acústico

Nanno mostra o seu pop orgânico em novo EP acústico

Rafael Vasco

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16 de setembro de 2021

O carioca Nanno lançou nesta sexta-feira (17) o EP ‘Meu Mundo Orgânico’, trabalho que reúne versões acústicas de cinco faixas que estão no seu álbum de estreia ‘Meu Mundo’, disponibilizado no início deste ano. Porém, o novo projeto traz também a canção inédita ‘Mapa do Tesouro’, uma parceria com a cantora pop Lary, que já conta inclusive com um videoclipe.

Aliás, é bom saber que Nanno tem boas credenciais. O jovem é conhecido no meio musical como um excelente compositor, tendo escrito letras para a banda Melim, Pedro Sampaio, Ralk e 3030. Ou seja, vamos ficar de olho no trabalho autoral que o cantor tem feito, ele é uma das apostas da Universal Music para a cena Pop nacional.

Portanto, o ULTRAVERSO convidou o artista para uma conversa sobre o novo trabalho, raízes musicais e parcerias. Sendo assim, acompanhe o nosso bate papo: 

ULTRAVERSO: Nanno, você tem uma história bem sucedida como compositor, com canções gravadas pela Melim e Pedro Sampaio. Mas, quando decidiu mostrar o seu lado intérprete?

NANNO: No início de tudo comecei sempre escrevendo, meio sem saber muito o que estava fazendo, mas me descobrindo como músico. E durante esse caminho, acabei conhecendo o Jhama [cantor e compositor], que é um amigão de infância do meu irmão, e começamos nessa história de composição, de canetar e as oportunidades foram surgindo, com letras gravadas pela banda Melim, Pedro Sampaio e pelo próprio Jhama.

Mas, eu sempre quis ser intérprete, e acredito que quando existe esse objetivo, é importante compor para outros artistas, estar ali no meio aprendendo também, essa foi a minha escola. Nesse sentido, como compositor, você tem que incorporar o artista, pensar sobre o que ele falaria, gírias etc. Porém, como intérprete acabo fugindo um pouco disso, ali eu sou o Nanno mesmo, é onde falo sobre a minha vida, meu jeito de ser.

Eu fiquei sabendo que a sua família já tem um envolvimento com a música. Logo, como isso te influenciou a querer também fazer parte desse universo? 

NANNO: O meu pai tocava baixo e tinha uma banda de rock, no estilo Elvis Presley. Aliás, a família toda dele era de seresteiros. Eu também tenho uma tia que toca muito bem piano, outro tio que canta, até a minha avó canta. Assim, quando tem aniversário da minha avó, todo mundo se reúne e cantamos Roberto Carlos [risos]. Portanto, nascendo no meio disso tudo, não tinha como escolher outro caminho.

Nanno é uma das apostas da nova cena Pop brasileira (Foto: Divulgação)

O seu novo EP, chamado ‘Meu Mundo Orgânico’, traz canções que estiveram presentes no seu disco de estreia ‘Mundo Mundo’, só que agora chegam em versões acústicas. Como foi o processo de escolha das faixas?

NANNO: Foi muito louco, eu sempre tive vontade de fazer um trabalho acústico, com mais violão, a voz limpa e sem muitos efeitos. E aí me apresentaram o Juliano Cortuah, um super produtor musical, que já fez diversos trabalhos muito bons. Nós tivemos uma conexão muito grande logo de cara. Assim, já começamos a escolher as músicas que entrariam no EP, agora em versões acústicas das faixas que eu mais me identificava do meu álbum de estreia. Além disso, nesse projeto também tem uma música inédita, um feat especial.

Falando nisso, a faixa inédita é o single ‘Mapa do Tesouro’, parceria com a cantora Lary. Sendo assim, como surgiu o nome dela e fale um pouco sobre o videoclipe que fizeram para a música?

NANNO: Eu conheci a Lary na época em que fui gravar uma participação no DVD do grupo 3030, em que ela também era uma das convidadas. A partir daí começamos a trocar ideias sobre música, eu também já tinha escrito para a Bárbara Dias, que é amiga da Lary. Por fim, acabei convidando ela para fazer uma música nossa, que super topou e finalmente gravamos.

Sobre o clipe, é um trabalho que sempre quis fazer, está muito na minha vibe. Eu chamei meus amigos para produzirem esse vídeo, acabou sendo uma parada toda nossa, do nosso jeitinho.

A saber, o disco que serviu como base para o EP teve a produção do Bruno Martini, enquanto o trabalho acústico foi produzido pelo Juliano Cortuah. Nesse sentido, fale da experiência em trabalhar com profissionais tão renomados?

NANNO: É muito louco estar no meio dessas pessoas, porque é uma galera muito experiente e sábia. Eu sou novo, estou aprendendo muita coisa ainda, então tudo o que puder absorver deles é algo surreal. Estar ali com o Bruno, que já ganhou diversos álbuns de ouro, poder escutar ele falando, te dando dicas, isso é muito maneiro. Além disso, ele é um cara que me escuta.

Agora falando do Cortuah, ele é uma pessoa que desde o primeiro dia que conheci parecia que já erámos amigos há muito tempo. Logo de cara produzimos cinco faixas em apenas seis horas, nossa conexão foi muito rápida.

Nanno, seus últimos singles, ‘Mais Ninguém’ e ‘Apaga a Luz’ falavam de relações amorosas. Com isso, pode dizer se ‘Mapa do Tesouro’ também vai seguir nesse caminho, se sim, podemos dizer que esse é o seu tema preferido de escrever?

NANNO: Cara, dependendo da vibe que eu estiver na minha vida, sempre vai ter um assunto que gosto de falar ali no momento. Mas sim, ‘Mapa do Tesouro’ vem numa pegada ‘love song’ próxima dos singles anteriores. Porém, no novo EP a gente vem falando de outras coisas, para não ficar só nas letras sobre relacionamentos.

Contudo, o seu som tem muitas misturas, dá para notar um pouco de rap, pop, trap e até samba. Afinal, você consegue definir qual é o seu estilo musical?

NANNO: Eu acredito que é mais para o Pop, mas tem uma mistura grande, tem muita levada de rap com flow, de samba ás vezes. Mas acho que estou encontrando a minha sonoridade no caminho do pop, focando em fazer as coisas mais nesse estilo, uma espécie de pop rap.

Nanno e Lary em cena do clipe de ‘Mapa do Tesouro’ (Foto: Divulgação)

Aliás, é verdade que já participou de batalhas de rap? Como foi essa experiência?

NANNO: Pô, já! Eu participei de algumas, como a ‘Batalha do Troco’, em Volta Redonda, também de ‘batalhas do conhecimento’ em escolas, dando o papo na ‘rapaziadinha’. Assim, não vou dizer que eu era o melhor nas batalhas, mas botava a cara e ia [risos]. Ter feito parte disso foi importante para mim, eu treinava, lia bastante e me esforçava, por que os caras ali eram realmente bons.

Por fim, existe algum artista que você admire muito e sente vontade de fazer uma parceria musical?

NANNO: Cara, são muitos artistas, essa pergunta é a mais difícil, tem muita gente. Eu gosto muito do Rael, do Vitão, Melim, Zeeba, Filipe Ret. É até complicado para escolher, eu poderia falar dezenas de nomes que sou muito fã.

Ouça ‘Meu Mundo Orgânico’, de Nanno

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Então você é artista e acha que não tem muito espaço? Fique à vontade para divulgar seu trabalho na coluna Contra Maré do ULTRAVERSO! Não fazemos qualquer distinção de gênero, apenas que a música seja boa e feita com paixão!

Além disso, claro, o (a) cantor(a) ou a banda precisa ter algo gravado com uma qualidade razoável. Afinal, só assim conseguiremos divulgar o seu trabalho. Enfim, sem mais delongas, entre em contato pelo e-mail guilherme@ultraverso.com.br! Aquele abraço!

Rafael Vasco

Um viciado em informação, até mesmo as inúteis. Com dois minutos de conversa, convenço você de que sou legal. Insta: _rafael_vasco
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