Nunca estamos sozinhos
Danielle Meniche
O apoio veio do mundo invisível. Ampararam os braços e entorpeceram a mente. O choque foi inevitável, o corpo tremia, mas de repente, surpresa, calmaria. Todos os amigos que não se podem ver estavam lá para acalmar minha alma que por minutos sofreu a dor da perda, mas depois foi suficientemente anestesiada e pôde ultrapassar esse momento difícil.
Às vezes parece que a morte é uma mentira, só uma brincadeira do destino que insiste em mostrar que não somos eternos. O corpo com certeza não é, ele é apenas uma embalagem com a data de validade estampada no fundo da caixa. Vamos engrandecer o conteúdo, nossa alma, com toda a experiência de vida possível para assim evoluirmos.
Nunca estamos sozinhos, na dor ou na alegria, na saúde ou na doença, até que a morte nos separe desse invólucro que chamamos corpo, sempre somos amparados pelo invisível, pois eles vêm ao auxilio da alma que é eterna.