Olivia de Havilland completa 97 anos

Stenlånd Leandro

Olivia de Havilland, a Melanie Halmiton de “E o Vento Levou”, completou seus 97 anos de idade no último dia 1° de julho. Entre o elenco principal do filme, composto por Vivien Leigh, Clark Gable e Leslie Howard, Havilland é a única que ainda vive, embora sua personagem tenha sido a única dos quatro a morrer na trama. Havilland com toda certeza conquistou a todos através de sua doce e amável Melly, porém, embora esta seja sua personagem mais marcante, a atriz permaneceu por décadas no cinema, tendo seis décadas de filmes e as personagens mais diversas. A lista é quase interminável.

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A atriz nasceu no Japão no ano de 1916. Sua mãe a colocou o nome de Olivia por causa da heroína de Shakespeare em “Twelfth Night.” Seus pais eram britânicos, mas seu pai, Walter Augustus de Havilland, formado na Universidade de Cambridge, era advogado e professor universitário em Tóquio. A influência de Havilland veio de sua mãe, Lilian Augusta, a qual estudou artes cênicas em Londres, na Royal Academy of Dramatic Art, e seguiu carreira de atriz no Japão. Havilland tem ainda uma irmã mais nova também famosa no cinema, Joan Fontaine, protagonista de variados filmes, como “Rebecca”, de Alfred Hitchcock, ao qual atuou ao lado de Laurence Olivier. Joan é apenas um ano mais nova que Olivia. Com o divórcio dos pais quando Havilland tinha apenas três anos, ela se mudou com a mãe e a irmã mais nova para California.
Em 1934, Havilland assinou contrato com a Warner Bros e, em 1935, apareceram seus primeiros filmes, entre eles, Captain Blood, ao lado de Errol Flynn. A parceria dos atores deu tão certo que a Warner decidiu colocá-los juntos mais nove vezes em filmes durante o contrato. Entre estes filmes, o mais famoso é “The Adventures of Robin Hood”, 1938. O último filme da dupla foi “They Died with Their Boots On”, 1941. Segue a lista dos nove filmes: “As Aventuras de Robin Hood” (1938), “Capitão Blood” (1935), “A Carga da Brigada Ligeira” (1936), “Uma Cidade que Surge” (1939), “Amando Sem Saber” (1938), “Meu Reino Por um Amor” (1939), “A Estrada de Santa Fé” (1940), “Graças à Minha Boa Estrela” (1943) e “O Intrépido General Custer” (1941).

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Com Errol Flynn em “As Aventuras de Robin Hood”, 1938.

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Durante seu contrato com a Warner Bros. nos anos 30, Havilland interpretou diversas mocinhas, nunca vilãs. Nas palavras de Havilland, “interpretar boas moças na década de 30 era difícil, pois a moda era interpretar vilãs. Na verdade, eu acho que interpretar vilãs é um tédio. Eu sempre tive mais sorte com mocinhas porque tais papéis exigem mais de uma atriz”.
Em 1943 seu contrato com a Warner se encerrou, mas a atriz logo deu continuidade nos filmes, desta vez na Paramount. Em 1946, ganhou seu primeiro Oscar de melhor atriz no filme “To Each His Own”. Em 1949, recebeu mais um Oscar por “The Heiress”. Ela e a irmã, Joan Fontaine, foram as primeiras irmãs a serem nomeadas ao Oscar no mesmo ano, em 1941. Fontaine ganhou com “Suspicion”, 1941, o que deixou Havilland um pouco enciumada. A rivalidade comum entre irmãs se deixou transparecer neste episódio histórico do Oscar.

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As duas irmãs famosas em um momento família.

Nos anos seguintes, Havilland também apareceu nos palcos da Broadway. No cinema sua carreira foi intensa até 1979, quando fez seu último filme, “The Fifth Musketeer”, e se aposentou das telonas. Após o cinema a atriz fez apresentações em programas de TV dos anos 60 aos 80.

Olivia de Havilland hoje
Havilland foi casada duas vezes e tem dois filhos. Hoje vive em París e raramente se apresenta em público. Em 2003 foi a apresentadora do 75th Annual Academy Awards, recebendo longos aplausos em sua entrada. Nos 65 anos de “E o Vento Levou”, foi entrevistada pelo TCM para o documentário “Melanie Remembers”. Aos 92 anos recebeu das mãos do presidente George W. Bush uma medalha, National Medal of Arts. Em 2009 a atriz narrou o documentário “I Remember Better When I Paint”, sobre a importância da arte contra o Alzheimer. Sua última aparição pública foi em 2011, na César Awards, na França, onde mais uma vez foi recebida com longos aplausos.

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Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN