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EXCLUSIVO: Pe Lanza abre o jogo sobre novos trabalhos e Restart

Ana Rita

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8 de maio de 2021

O cantor Pe Lanza, ex-Restart está com um trabalho novo: o clipe e a música “Deixa Estar”, lançada no dia 23 de abril. Com muita positividade e esperança, a canção nova faz uma reflexão sobre a pandemia, passando uma mensagem de força e fé.
Então, aproveitando as novidades, o ULTRAVERSO bateu um papo super legal com Pe Lanza sobre a música nova, o que vem por aí, uma possível volta ou turnê especial com a Restart. Confira!

ULTRAVERSO: Você compôs ‘Deixa Estar’ e traz uma mensagem de esperança e positividade. Como foi o processo de composição?

Pe Lanza: Em meio a toda essa loucura e a necessidade de se isolar por conta da pandemia, veio a ideia de fazer uma música que unisse todos esses sentimentos, e superasse tanto as frustrações que estamos vivendo trancados em casa, quanto as más notícias diárias da televisão. “Deixa Estar” é a força para não desistir, um grito de esperança por dias melhores e fé de que tudo isso vai passar. Somos parte de um todo e o amor e a esperança é o que nos move.
E nós temos que nos cuidar, a música diz isso, né? Mesmo a gente separado, trancado, cada um na sua casa e longe, a solução tá nisso. Mesmo longe, a gente tá junto, se cuidando, fazendo o bem maior. Isso tudo vai passar, essa força pra não desistir, a esperança de acreditar que dias melhores virão tá aí. A gente não pode desistir disso. Essa é a mensagem principal que a canção passa.

Dá pra notar que o clipe é bem pessoal. Tem imagens de você com a família, de shows da época do Restart.

Pe Lanza: Na verdade, a gente não tinha muito o que fazer por conta da pandemia. Não tinham muitas locações, lugares para fazer um videoclipe que fosse grandioso, com equipe grande e com atores, cenas. E eu já tinha essa ideia de fazer um vídeo clipe de estrada, que tivesse muitas cenas e que juntasse um tema da minha vida. Então uniu o útil ao agradável. O lance da pandemia também impôs essa condição pra gente, pra fazer um clipe com o pouco que a gente tinha na mão.
O clipe foi feito aqui em São Paulo, durante a fase roxa, que era a fase emergencial. Então a gente não podia gravar, a gente não podia sair, tava tudo muito limitado. Eu acabei falando com o Orelha, que era fotógrafo do Restart, que tinha todo o acervo de imagens nossas, de estrada, de bastidores, hotel, shows, todas essas paradas; e com o Twardowski, que é videomarker do Alok e também tinha feito uns vídeos meus mais recentes, de shows um pouco mais recentes que aparecem no clipe.
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E as imagens de arquivo?

Pe Lanza: Aí eu comecei a ver… não era para ser uma coisa tão forte, essa relação com as imagens de shows e bastidores. Mas eu comecei a ver as coisas no HD do Orelha e tinha muita coisa legal, muita coisa bacana. Dava pra fazer um documentário, não só o clipe.
E conversando com o Deivide, que foi o diretor desse vídeo, ele disse “cara, me manda tudo que eu vou analisar”. Quando ele começou a ver, ele falou que tinha muita coisa legal que dava pra gente usar. E aí acabou nisso, misturando cenas com a família, com alguns amigos, que eram pessoas que a gente esteve próximo em eventos especiais, datas comemorativas. E ficou um clipe bem bacana, bem intimista e bem alto-astral ao mesmo tempo. A ideia partiu disso, a gente fez com o que tinha na mão e acabou dando super certo.

E qual a importância disso?

Pe Lanza: Pra mim foi muito importante. Eu me sinto muito honrado porque a parte do Restart me orgulha muito. Durante um tempo, eu acho que de 2014 a 2015, quando a banda terminou, até praticamente o lançamento desse videoclipe, muita coisa faz a gente se questionar, as pessoas, a crítica, as piadas e tudo mais, faz a gente se questionar.
E assistindo ao documentário de Sandy & Junior, eu comecei a ver essas imagens e falei “caramba, as vezes a gente se coloca em prova, acaba esquecendo do qual grandioso foi a gente ter feito tanto sucesso, ter feito toda essa história ainda garoto, com 17 anos”. Da parte de quem assistiu ao clipe, os fãs que curtiram as imagens e da minha também.

Conta um pouco das suas referências. O que você mais gosta de escutar e que influencia na sua música?

Pe Lanza: No meu jeito de compor, principalmente hoje em dia, o Andy Grammer é um cara que me influencia bastante. Esse lance do Pop misturado com Rock, com pitadinha de Hip Hop, isso me influencia bastante hoje em dia. E o Andy Grammer fala muito sobre positividade, é um cara que mudou a minha perspectiva como artista. Do que eu escuto, eu sou um cara muito eclético (risos), eu gosto de muita coisa na verdade.
Eu era muito fechado há uns tempos, ouvia única e exclusivamente Rock, tudo que era de Rock, todas as vertentes, desde o Pop ao Metal. Mas hoje em dia, a minha mulher principalmente faz eu ouvir muita coisa. Ela curte muita coisa. Quando a gente faz churrasco aqui em casa, quando a família vem aqui a gente tá ouvindo Zeca Pagodinho. A gente gosta de música alto-astral, que tenha uma mensagem, sacou?
Então posso citar desde o samba ao metal, tem diversos artistas importantes pra mim, que acabaram mudando a minha vida, seja com alguma mensagem ou com alguma ideologia. Sou um cara que gosta de música boa, eu não tenho preconceito. Se a música for boa, se de alguma maneira bater legal, eu curto e levo isso pra vida. Eu tenho uma playlist muito bacana no Spotify, tem muitas referências minhas, eu recomendo (risos).

Pelanza Restart single Deixa Estar capa

Foto: David Gouveia / Divulgação

E sobre escutar de tudo…

Pe Lanza: Não ter preconceito com a música é uma coisa que a gente lutava contra. De pessoas que acabavam tendo esse tipo de comportamento preconceituoso sobre a gente na época do Restart. “Ah, eles não são Rock, isso aí não é uma banda de Rock”. Isso acabava julgando a nossa capacidade e até mexia com questões banais envolvendo até sexualidade, uma coisa que, pra gente, nunca fez o menor sentido. E como a artista a gente repugnava muito.
A gente como sofreu e passou por esse lance preconceituoso. Seria até hipócrita também ter esse preconceito com qualquer gênero musical que seja. É obvio que eu tenho as minhas preferências, eu escuto muito mais Rock and Roll, muito as bandas dos anos 90, desde Red Hot Chilli Peppers à Sublime. As bandas da Califórnia, principalmente, são muito referência pra mim, até no jeito que eu faço música.

As pessoas sempre perguntam sobre o Restart. Como é sua relação com a banda?

Pe Lanza: Na verdade, o lance com o Restart, a gente decidiu por encerrar as atividades até pra ter novos desafios. A gente se conheceu na escola, montou a banda, tocou junto desde os 12 anos de idade. Com 17 anos a gente teve a oportunidade de assinar um contrato, gravar um disco com um grande estúdio, com bom investimento e tivemos muito sucesso, ainda adolescente, nessa transição da adolescência pra fase adulta. Então, a gente nunca teve nenhum outro desfio, outra oportunidade de fazer alguma coisa sozinho, de correr pelas próprias pernas e amadurecer mesmo de uma outra maneira no meio musical.
A gente decidiu encerrar as atividades em 2014, começo de 2015, pra embarcar em novos desafios. E acho que a gente ainda tá nessa vibe.

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Foto: David Gouveia / Divulgação

Já houve alguma conversa para a volta da banda?

Pe Lanza: É obvio que a gente não descarta, ainda mais depois desse sucesso todo que foi a turnê de Sandy & Junior e tal, mas não almejando algo tão grandioso.
A gente curte muito a ideia de fazer uma parada nova, de relembrar os sucessos que a gente teve com o Restart e, enfim, voltar a excursionar. Mesmo que seja por um período curto, fazer uma turnê de um ano. Mas, por enquanto, é uma ideia descartada. Até porque tem esse lance da pandemia.
O Restart funcionava muito em cima do palco, a gente tinha um show muito enérgico, era muito legal a conexão que a gente tinha com o público. Então voltar agora só por voltar e não poder fazer show, não poder encontrar os nossos fãs e celebrar essa união novamente, é melhor ficar em casa.
Num futuro, até num futuro próximo, eu não descarto essa probabilidade, até porque a gente ainda é muito amigo, a gente terminou a banda talvez no melhor momento da nossa amizade em todos esses anos, e deixamos essa porta aberta. Acho que tudo pode acontecer, a gente se respeita muito, a gente se gosta muito. Respeitamos muito a história que a gente fez, quem sabe daqui um tempo. E com certeza a nossa intenção é fazer alguma coisa, alguma turnê e sair pelo país durante um período curto.

Você acabou de lançar ‘Deixa Estar’. A gente pode esperar por mais trabalhos por aí? Mais singles, ou até mesmo um álbum?

Pe Lanza: A gente tem praticamente um álbum pronto, mas tem se adaptado a esse ‘novo normal’ das mídias digitais, principalmente nesse momento que a gente tá vivendo, que tá todo mundo conectado e tem novidade muito rápido. Temos feito dessa nova maneira, aproveitando pra lançar single por single. Acabei ficando cinco anos sem lançar nada, de 2015 a 2020. Aí lancei “Tô Vivão” no ano passado e mais um período de um ano sem lançar nada.
Assinei contrato com a Olga e a gente tem um planejamento bem bacana de lançar praticamente um single a cada dois, três meses, lançar uma música nova. Vamos ver como as músicas vão performar.
Faz uma semana que a gente lançou “Deixa Estar” e tá performando super bem. A galera tem comentado positivamente sobre a música. Assim, a nossa perspectiva é lançar uma música a cada dois, três meses, até pra dar novidade para o público que gosta do meu trabalho. E até passar um pano em todo esse tempo que eu fiquei afastado, sem lançar nada. Mas o que posso garantir é que tem muita música nova, muito clipe, muita novidade. A galera pode ficar conectado que tem muita coisa boa.
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Ana Rita

Piauiense, nordestina e estudante de Arquitetura, querendo ser cinéfila, metida a crítica e apaixonada por cinema, séries, arte e música. Siga @trucagem no Instagram!
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