Pipocast

Pipocast | Entrevista com Marco Ribeiro

Pedro Marco

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1 de dezembro de 2020

Muitas qualidades permeiam a indústria audiovisual brasileira e nesse episódio do Pipocast, você entenderá o motivo.

A saber, temos vários clássicos no hall do cinema mundial, atores e diretores que ganharam o mundo com o nome do nosso país nas costas, uma produção industrial de novelas com alta qualidade gráfica, e claro, a melhor dublagem do mundo.

Assim, desde os primórdios do cinema e da TV, a dublagem brasileira vem ganhando grande destaque e amor entre os entusiastas que tremiam ao ouvir um “versão brasileira, Herbert Richers”. Mas quem são de fato as vozes que nos trazem tantas emoções nostálgicas e nos fazem apertar os olhos pensando “Da onde eu conheço a voz desse cara? ”

Bem, pensando em compartilhar todo nosso amor entusiasta por este universo, a equipe Pipoca de Pedra inaugura sua nova série: Pipoca Dublada. Uma sequência longeva de especiais e entrevistas com dubladores brasileiros para compreender e relembrar este tesouro nacional.

Sendo assim, para iniciar, o convidado da semana é o gigante Marco Ribeiro!

Além de ser o responsável pelos estúdios Audio News e Wan Marc, Marco nos ilustra com sua voz inconfundível desde 1985, quando estreou em A Gata e o Rato.

Sendo assim, para conhecer melhor esta voz, listamos abaixo um as 10 vozes mais marcadas por Marco Ribeiro.

Mas, primeiro! Marco Ribeiro veio ao Pipocast para uma entrevista incrível onde relembramos vários destes personagens, contamos histórias e divagamos sobre a boa dublagem. Não deixem de curtir lá.

Top 10 do Pipocast

10 – Raphael e a benção dos Ribeiro

Santa Tartaruga! Sim, vamos voltar lá no início quando as tartarugas adolescentes mutantes e ninjas recheavam a televisão com uma das animações mais icônicas da história. E encarnando nosso querido Raphael, estava lá Marco Ribeiro em uma sequência que se tornaria histórica.

Acontece que Marco assumiria o casco de Raphael a partir de 1987 na primeira dublagem feita pelos estúdios da Herbert Richers. Numa sequência que durou até 1996, seu primo Duda Ribeiro assumiria durante a redublagem pela VTI. Marco e Duda alternariam a voz da icônica tartaruga ainda nos filmes de live action, até que em 2014, o casco passaria para Renan Ribeiro, filho de Marco, a atual tartaruga comedora de pizza nas versões brasileiras.

Ademais, apesar da grata coincidência, todos os casos vieram mediante de testes, sem qualquer envolvimento familiar, e Renan inclusive foi recusado em sua primeira tentativa, conseguindo apenas no segundo take.

9 – Flik

A formiguinha mais querida das animações da Pixar ganharia uma voz insegura e perfeitamente encaixada por Marco na animação Vida de Inseto em 1998. Com direção de Garcia Júnior, nosso eterno He-man, o filme foi magistralmente dublado nos estúdios da Double Sound e se tornou mais um grande momento na carreira de Marco, e na infância dos aficionados por animação. Originalmente, a voz era dada pelo humorista Dave Foley.

8 – Michael Richard Kyle

Em 2002, o patriarca maluco de Eu, a patroa e as crianças também ganhou vida com a voz do Marquinho. Quem nunca repetiu os bordões ééééé… Não, ou Hmm, é mesmo? Tem sempre de agradecer à Marco Ribeiro, que assumiu o personagem a partir da metade da terceira temporada, e Paulo Vignolo que o fez na primeira metade do seriado. Você notou a diferença na mudança das vozes?

7 – Motorista, Ralf, Provolone, Gilmar e o eterno Castilho na TV Colosso

Exibido entre 1993 e 1997, a TV Colosso foi um grande fenômeno na TV brasileira e na dublagem. Trazendo nomes como Gárcia Júnior, Márcio Simões, Mauro Ramos e nossa eterna Priscila Mônica Rossi, o programa infantil apresentava também o galante e apaixonado Castilho, na voz, é claro, de Marco Ribeiro.

Além de Castilho, Marco ainda daria voz à vários cachorrinhos secundários no programa, que vez ou outra ainda passava os desenhos também protagonizados por sua voz.

6 – Mike Myers e o Austin Powers

Indo para um público mais adulto, Marco estaria por trás da redublagem de Austin Powers e do perverso Dr. Evil na segunda dublagem dos filmes Um agente Bond Cama e Um Agente Nada Discreto. Substituindo a voz original de Cássius Romero, Marco acompanharia o ator Mike Myers por 8 longa-metragem, se tornando assim a mais recorrente voz do ator no Brasil. Isto inclui obras como: Quanto mais idiota melhor, O Gato, Guro do amor e o recente Bohemian Rhapsody.

5 – Charlie Sheen

Por nada menos do que 21 vezes, Marco emprestou sua voz para Charlie Sheen nos cinemas e séries de TV. Mesmo tendo sido substituído na segunda temporada de Dois Homens e meio por conflitos de agenda (dando espaço para Jorge Lucas), Marco foi a voz de Charlie desde 1985 em clássicos como: Top Gang, Todo Mundo em Pânico, Tudo por Dinheiro, e muito mais.

4 – Xerife Woody e Tom Hanks

Claro que quando juntamos marco Ribeiro e Tom Hanks na mesma frase, é difícil não pensar no boneco de xerife mais querido do cinema. Com o falecimento precoce de Alexandre Lippiani, Marco assumiu o chapéu de Woody a partir do segundo filme e seguiu em frente com Buzz, Bala no alvo e companhia.

Mas é claro que não apenas nas animações Marco encarnaria nosso amado Tom hanks. Clássicos como Náufrago, Um dia a casa cai, Forrest Gump, Espera de um milagre, Código da Vinci… Enfim. Foram 44 vezes de 1985 até hoje nos adaptando um dos maiores atores de Hollywood. E por falar em grandes atores…

3 – Máscara e Jim Carrey

Por 20 vezes Marco Ribeiro teve a dificílima tarefa de localizar ao Brasil o espalhafatoso jim Carrey. Dividindo espaço ocasionalmente com gigantes como Guilherme Briggs e Tatá Guarnieri, Marco foi o responsável por encarnar O Máscara e ainda dar vida à clássicos de Carrey como o Charada de Batman Eternamente, Débi & Lóide, O Mentiroso e Eu, Eu mesmo e Irene.

Mas é claro, que não apenas no cinema Marco e Stanley Ipkiss fizeram história, como também repetiram a parceria na icônica animação de 54 episódios entre 1995 e 1997.

2 – Yusuke Urameshi

Falar de boa dublagem brasileira é quase sempre lembrar de Yu Yu Hakusho. Um dos mais queridos animes da Rede Manchete foi protagonizado e dirigido por Marco em duas dublagens inacreditáveis. Cheias de cacos icônicos, frases eternizadas e um time dos sonhos na dublagem, a história do detetive sobrenatural deu um banho de qualidade em qualquer outra representação no mundo, e fez por merecer o amor que os brasileiros têm pelo anime.

1 – Robert Downey Jr. E o Homem de Ferro

“Eu sou o homem de Ferro”. Dentre tantas frases eternizadas pela voz de Marco Ribeiro na história da dublagem brasileira, quem diria que a Top 1 viria de um ator que ele acompanhou da Ascenção ao óscar em Chaplin, até o decaimento no mundo das drogas nos anos 2000. Ainda assim, Marco deu a voz para Robert em 28 filmes, sendo os primeiros Air América e Segredos de uma novela. Com o passar dos anos, clássicos como Zodíaco, trovão tropical e Sherlock Holmes selariam ainda mais esta parceria que dura até hoje.

No entanto, o gênio, bilionário e filantropo Tony Stark sempre terá um lugar especial em nossos corações com a ironia e irreverência que somente esta sinergia que a dublagem permite, poderia nos abrilhantar.

Sendo assim, estes foram apenas alguns dos papéis mais icônicos da carreira de Marco Ribeiro, que também dublou vários filmes de Rob Schneider, Keanu Reever, Chris Rock, foi Hancock, Enzo de Vampire Diaries, Funhus de Monstros S.A e até o Tico Raposo de Dora, a Aventureira. Uma carreira impecável e louvável que deve ser exaltada, assim como a de vários de seus companheiros.

Portanto, não se esqueçam de seguir a campanha iniciada pelo próprio Marco e Prestigiem a Boa Dublagem!

Contudo, para ouvir mais dessas histórias contadas pelo próprio Marco, não esqueça de segui-lo nas redes sociais, e claro, ouvir sua maravilhosa entrevista no Pipocast.

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Pedro Marco

Pedro Px é a prova de que ser loiro do olho azul e com cabelos e barbas longas, não te garantem ser parecido com o Thor. Solteiro, brasiliense e cozinheiro, se destaca como autor de 7 livros, host do Pipocast, membro da Academia de Letras de sua cidade, fundador de Atlética universitária, padrinho da Helena, e nos tempos livres faz 40h semanais como engenheiro civil. Escreve sobre cinema desde que tudo aqui era mato, sendo Titanic seu filme favorito
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