Resenha | A competência de Robert Plant no RJ

Leandro Stenlånd

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25 de março de 2015

*** Texto e fotos: Graciellen Alves ***

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Após o show de abertura de St. Vincent (leia a resenha) no aquecimento para o Lollapalooza Brasil que acontece em São Paulo nos dias 28 e 29 de março, o dono da noite entrou no palco batendo palmas e se divertindo com seu público ensandecido. Com sua típica calça jeans preta, blusa de manga comprida da mesma cor e cabelos grisalhos desgrenhados, Robert Plant e a banda The Sensational Space Shifters receberam muitos aplausos e gritos ensurdecedores em seu retorno à cidade após dois anos na noite desta terça-feira (24), no Citibank Hall (RJ). Amanhã (26) as atrações se apresentam no Chevrolet Hall (MG), último show antes do festival.
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A escolha do repertório, como era esperado, trouxe uma mistura interessante entre a sua carreira solo e sete interpretações de covers da banda lendária do vocalista. O show começou com “No Quarter” (Led Zepellin) pela primeira vez na turnê, seguida de “Rainbow” (Led Zepellin). Todos os integrantes da banda e o próprio Robert Plant tocaram um tambourine e esta foi uma das cenas altas da noite. O público cantou e bateu palmas durante toda a música. Após o êxtase das duas primeiras canções, Plant pediu para que todos se divertissem nessa “grande noite”.
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Sua simpatia e interação a todo o tempo chamaram atenção. O show segue com o hit “Black Dog” (Led Zeppelin), “Embrace Another Fall” e “Going to California” (Led Zeppelin). Durante a apresentação de toda a banda, o vocalista elogiou o trabalho feito até aquele momento e ressaltou a importância de cada músico ao seu lado na turnê.
Após tocar “Little Maggie”, Robert Plant, sempre muito bem humorado, conversou com o público novamente. Ao comentar a hospitalidade dos cariocas, ele brincou sobre o “Amazing traffic” (trânsito incrível), arrancando gargalhadas. Então foi a vez de outro clássico do Led, a música “Lemon Song”, e, inusitadamente, revisitar o seu 8º álbum da carreira solo “Mighty ReArranged” (2005), com a paradoxal “Tin Pan Valley”.
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Os fãs receberam mais um presente nesta noite memorável: o mítico cantor realizou uma sequência perfeita de covers. Com a plateia animada, a banda emendou “Hoochie Cockie Man” (Muddy Waters), a clássica “Whole Lotta Love” (Led Zeppelin) e “Who Do You Love” (Bo Diddley). A plateia estava em puro frenesi musical. Após longa ovação, o cantor se despediu e saiu do palco.
Para a alegria dos mais saudosos, Robert Plant e The Sensational Space Shifters retornaram ao palco para consumar os pedidos de bis ao som de “Rock and Roll” (Led Zeppelin). Após a despedida, ficou a sensação do público ter presenciado uma performance sólida – e melhor do que a passagem anterior – de um artista que soube se reinventar com muita maturidade e singularidade, características que apenas os mais experientes músicos detém, e, em se tratando de Robert Plant, estas qualidades até sobram.

Outras resenhas da semana:

Setlist – Robert Plant e The Sensational Space Shifters , dia 24/3/2015 no Citibank Hall (RJ):

  1. No Quarter (Led Zeppelin)
  2. Rainbow
  3. Black Dog (Led Zeppelin)
  4. Embrace Another Fall
  5. Going to California (Led Zeppelin)
  6. Little Maggie
  7. The Lemon Song (Led Zeppelin)
  8. Tin Pan Valley
  9. What Is and What Should Never Be (Led Zeppelin)
  10. Fixin’ to Die (Bukka White)
  11. Hoochie Coochie Man (Muddy Waters) / Whole Lotta Love (Led Zeppelin) / Who Do You Love (Bo Diddley)Bis:
  12. Rock n Roll (Led Zepplin)

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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