RESENHA | Scalene conquista fãs na Fundição Progresso

Gabriel Meira

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12 de outubro de 2015

A Scalene esteve de volta ao Rio para um show na Fundição Progresso, no último sábado (10). A banda subiu ao palco, com atraso, à meia noite e meia, já na madrugada de domingo. Os fãs, pacientes, souberam esperar e não faltou energia durante toda a apresentação, que contou com os sucessos do grupo, que ficou em segundo lugar no reality “Supesrtar”.

A banda iniciou com “Sublimação”, música do novo álbum ” Éter”, lançado no início do ano. O público bem diverso após a participação do grupo no Superstar, se dividia entre cantar a música e gritos histéricos pelos integrantes da banda. Após um banho inicial de energia, a canção “Nós>eles”, manteve a vibe la em cima com o rock pesado. A música de teor político arrancou os gritos em seu refrão ” nós somos a maioria, submissos e entorpecidos sim, nos falta coragem, de trocar nossa ração pela razão”. Uma canção que entra em harmonia com o atual momento político em que vivemos, afetando boa parte do público.

“Surreal”, uma das músicas de rock que melhor conectam letra e melodia, com uma introdução especial, que serve de base para toda a canção, deu uma acalmada no peso do Rock. Em contraposição, o público cantou durante toda a execução da música. ” Seja qual for o final, faça ser algo ideal, seja qual for o final faça ser real”, entoou o vocalista nos últimos versos da música, que indicava que era apenas o início de show.

Depois da surrealidade, era a vez de sonhar um pouco pela voz de Gustavo Bertoni. “Sonhador”, emendada com “Tiro Cego”, uma música cheia de conotações e analogias, fez o público cantar alto com suas interpelações melódicas . Já a música “Silêncio” entrou em conflito com a platéia, que não parou de cantar. Seguindo com “Náufrago”, a Scalene levantou intensamente a galera com sua pegada forte na letra e na melodia.

Gustavo Bertoni que agradecia após o término das músicas, feliz pela repercussão do trabalho da banda. ” Vocês ainda estão com energia? Quem gosta de dançar ai’?”, perguntou, iniciando os acordes de “Gravidade”, com ritmo dançante. Após 11 músicas autorais, o grupo entrou com a única cover da noite, “Out of The Black”, da dupla Royal Blood, e levou o ritmo lá no alto, mesmo para aqueles que não conheciam a canção e tentavam acompanhar o vocalista.

No meio de tantas melodias fortes – conduzidas pela guitarra de Tomás, pelo baixo de Lucas, pela bateria de Philipe – era hora de entrar o teclado. Com sua suavidade através de “Nunca Apague a Luz”, a Scalene conseguiu emocionar boa parte dos espectadores. Os fãs se entregaram e interagiram com a banda em “Amanheceu”, música feita por Gustavo Bertoni para sua mãe.

As canções “Alter Ego”, “Karma” e o “Peso da Pena” já anunciavam a aproximação do fim do show. A penúltima música, “Danse Macabre”, inspirada na série americana Dexter, arrancou novamente os gritos dos fãs. Gustavo chamou os fãs pra subirem ao palco, terminando em uma grande festa ao som de “Legado”, fechando a noite na Fundição Progresso e deixado os fãs com gosto de quero mais.

Gabriel Meira

Formado em cinema e apaixonado por todo tipo de arte, assiste de tudo, mas tem suas preferências pelos filmes que trabalham com o psicológico. Acredita na evolução do cinema nacional, assim como sua influência na educação.
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