REVIEW | ‘Battlefield V’

Leandro Stenlånd

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7 de fevereiro de 2019

Battlefield V é aquele jogo que havia sido aguardo por muitos no final de 2018 como a promessa de um game excepcional. Como tudo na vida, o gênero tem seus prós e contras. Por exemplo: quase todo mundo já jogou um First Person Shooter (FPS). Na hora, rola aquela adrenalina de jogar mais um título recém-lançado de uma franquia que há anos faz a cabeça da galera.

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O título em questão tem um apelo fan service um tanto incomum e precisamos dizer algumas razões. A principal é que os mais dispostos já se preparam para botar a mão no controle e seguir o caminho de mais uma história sobe tiro, porrada e bomba. Pegam a arma, a munição, uma granada aqui e ali e começam a tarefa, que pode não parecer, mas para muitos é cansativa.

Desde que foi mostrado pela primeira vez, a expectativa não foi das melhores e, por mais que haja razões opostas, sendo a redundância focada apenas na primeira e segunda guerra mundial, o total desinteresse falou mais alto. Isso aconteceu porque, a partir do momento em que foi lançado, alguns vídeos com gameplays, cinematics e outros detalhes mostravam uma possível falta de originalidade, mas como não se julga livro pela capa, o que nos restava era testar o game.

Nestes tempos em que gráficos contam muito, ninguém está afim de perder uma boa narrativa, exceto quem é envergado para títulos de corrida e, em alguns casos, luta. O triunfo dos jogos de FPS está justamente não em somente mostrar bons gráficos, mas sua trama que se faz fundamental. Battlefield V é de pouca conversa e – como sempre – focado no multiplayer. Claramente utiliza a campanha genérica apenas como trampolim para que os jogadores conheçam seu verdadeiro poder.

O concorrente de peso, neste caso, Call of Duty decidiu separar o modo multiplayer do campanha ao dividir a franquia entre Black Ops e Modern Warfare. Neste caso, se você é um amante de battle royale ou títulos com foco em modo cooperativo, é praticamente impossível não recomendar Battlefield V. Temos uma das experiências mais envolventes graças ao seu foco no trabalho em equipe e à extensa variedade permitida no jogo. Caso, ainda assim, não seja suficiente a quantidade de tiroteio para lá e para cá, o jogo ainda vem com alguns penduricalhos que vão permitir esquecer por um tempo a jogatina e poder fazer alterações ao seu bel prazer antes de iniciar o combate.

Battlefield V recebeu alguns incrementos que precisam de ressalva e o principal deles foi a inclusão de personagens femininos em plena era do empoderamento. Tanto na campanha, como no on-line, a experiência ou narrativa não será alterada em absolutamente nada por causa do sexo. A narrativa mantém-se incólume e, como muitos sabem, o mesmo é feito em FIFA, por exemplo. A adição do campeonato feminino, por exemplo, é tão mediocremente explorada quanto aqui. Parece que o foco é criar cotas para que as mulheres ganhem espaço de forma esdruxula e pouco explorada apenas para dizer: ”Temos um time feminino no jogo”.

O modo campanha single player foi eliminado de muitos títulos do formato de tiros. Enquanto o PUGB faz sucesso, Battlefield V seguiu as influências de diversos outros títulos congêneres, como indica sua própria campanha para um só jogador. A intensidade está lá, mas ainda precária e dependente de alguém que acredite que a trama é autêntica. É preciso frisar que o título, assim como em qualquer franquia, tem o um ambiente tomado por uma quantidade quase que infinita de players querendo se matar. Aqui temos à nossa disposição o que chamamos de ‘War Stories’, com narrativas que não se encaixam em momento algum. As principais – e com melhor resolução da trama são: Under No Flag, Tirailleur e Nordlys.

Um detalhe bem interessante é que a inteligência artificial dos inimigos também ganhou melhorias. A primeira coisa que seus inimigos fazem ao te ver é atirar. E a segunda é tentar correr para se proteger antes que você atire. É algo muito comum nos jogos da franquia Gears of War. Não tem essa de ficarem em pé na sua frente de esperando que seu tiro seja o balaço a levarem-no a óbito, dificultando bastante o objetivo de acertá-los.

Outra novidade no jogo é que seu personagem tem a habilidade de melhorar suas defesas mesmo sendo uma delas a trincheira. Nela, você poderá aumentar a quantidade de sacos de areia ao seu redor e terá locais para se curar ou coletar armamentos. É preciso saber onde ‘construir’ para não ter de andar para um local muito distante e correr um risco desproporcional. Precisa ser um lugar onde seu grupo possa se sentir protegido e, ao mesmo tempo, consiga dar apoio aos outros membros, levando em conta que este sistema de melhorias é bem mais útil no modo online.

É notável que Battlefield V mais parece a sequência direta do primeiro título. Quando o assunto é a mecânica de jogo, aí mesmo que tudo fica ainda mais evidente. O foco na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, lhe transportará para uma era onde as armas não são similares, assim como o ambiente onde seu personagem está. Os armamentos, por exemplo, têm seu manuseio melhorado e a taxa de resposta é muito mais satisfatória que games anteriores da franquia.

Se o modo história é bom, bonito e barato, o calcanhar de Aquiles está nos problemas de conexão. Com uma internet de 50/50mb de fibra, testamos o jogo e a experiência com desconexões foi frequente e nossos parceiros (quase que a todo momento) estavam desconectando, mas não intencionalmente. Em alguns momentos, nossa equipe passou por circunstâncias desagradáveis que forçaram a volta ao menu principal quando estava por terminar um embate, o que foi – para dizer o mínimo – frustrante.

O VEREDITO

Apesar de problemas, o jogo é o melhor até então, com single player curto, mas com quatro narrativas distintas, tendo uma campanha bem divertida. A engine Frostbyte ganhou melhorias e, com isso, tanto os gráficos quanto a fluidez tiveram um desempenho além do esperado. Claro que os gráficos são extremamente mais avançados na versão para PC. As versões de Xbox One e PlayStation 4, na verdade, nem se comparam com o que é visto no Battlefield V de computadores.

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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